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Arquivo | 14 anos de postagens

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Bem-aventurados os famintos por justiça

Bem-aventurados os famintos por justiça. Formação de pessoas desenha a face estilizada de Jesus Cristo.
Normalmente, justiça significa exigir os próprios direitos. Jesus passa bem longe dessa ideia. Ele fala de uma ânsia violenta pela justiça divina, não pela nossa justiça falha, parcial, baseada em emoções que nos fazem ser benevolentes com os que gostamos ou duros e intransigentes com os que nos desagradam. A ênfase é a fome e a sede. Muitos daqueles a quem Jesus falou faziam uma única refeição por dia. A fome e a sede nos ocupa a mente até que a saciemos.

Devemos ter fome de sermos considerados justos diante de Deus, de sermos santos como Ele o é; que Ele nos santifique e purifique de dentro para fora. Para isso, precisamos chegar ao Senhor como mendigos e permitir que Ele nos transforme por completo.

Devemos ter fome de praticar a justiça com o próximo. Dar-lhes o respeito, a honra, a dignidade e os direitos que lhes são devidos. A justiça para com o próximo nos faz servi-los em amor.

Devemos ter fome de justiça social. Diante da pobreza, da miséria, da ignorância e da opressão, os famintos não se calam, mas se levantam em favor dos menos favorecidos.

Devemos ter fome de justiça de Deus, que busca arrependimento e resgate, não vingança e retaliação. Transformar pecadores em santos é justiça maior do que condená-lo ao inferno!

A felicidade está em que "eles serão fartos"! É o resultado natural para quem tem fome e sede dos caminhos do Senhor. Não devemos ter fome e sede de felicidade. Procuramos sempre felicidade, paz, realização. Pagamos um alto preço para alcançá-la, mas ela nunca chega até nós. A felicidade não está no caminho mais fácil, em se acomodar diante da injustiça, da miséria e do pecado, mas no caminho estreito de arrependimento, serviço e socorro ao próximo. Jesus é esse caminho, em que o nosso pecado foi castigado, e a quem devemos sujeita-nos para poder trilhar o caminho da felicidade.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de junho, Curitiba (Luz e Vida).

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Abraão - Obediência irrestrita

Abraão, obediência irrestrita - Celio Roberto - Jornal Nosso Setor, ano 14, nº 129, maio 2016.
Por Célio Roberto

Toda pessoa precisa decidir, em algum momento de sua vida, se quer confiar em Deus ou não. Até o momento da decisão, sua fé será o ponto de partida, conforto e encorajamento. Mas Deus com certeza testará nossa conduta, e o teste de Deus pode conter exigências aparentemente absurdas. A provação forçará a pessoa ou a seguir o raciocínio humano e abandonar a orientação divina, ou abandonar o raciocínio humano e seguir a orientação de Deus. Falo de um Deus e do teste que não tolera concessões. A pessoa tem que optar entre seu caminho e o caminho de Deus. Entre segui-Lo ou abandoná-Lo. Vemos isso também nas palavras do meigo Salvador quando disse: "Quem não é comigo é contra mim; quem comigo não ajunta espalha (Mateus 12.30). Com Deus não existe meio termo, ou se está com Ele ou contra Ele.

Chamado para obedecer

Quero citar o exemplo de Abrão, mais tarde chamado de Abraão pelo próprio Senhor, que enfrentou muitas provas, e na maioria das vezes exigia uma decisão radical. Quando tinha 75 anos, Deus pediu-lhe que saísse de sua casa, que deixasse para trás a casa de seu pai, sua terra e seus amigos e vizinhos. Deus ordenou-lhe que abandonasse o conforto de UR e viajasse sem roteiro definido para a terra que lhe mostraria (Gênesis 12.1). Com a ordem, veio também à promessa de muitos descendentes e a oportunidade de ser bênção para todo o mundo por meio dessa descendência que resultou no Salvador, a saber - Cristo Jesus. Sem a mínima hesitação, Abraão obedeceu. Deus conduziu Abraão e sua esposa para a terra à qual os havia chamado, porém pareceu tardar em cumprir a segunda promessa. Sara não podia gerar filhos quando mais jovem, pois era estéril. Agora tinha mais um obstáculo para o casal, a idade avançada. Quando Isaque milagrosamente nasceu, Abraão estava com cem anos de idade, e sua esposa, Sara, com noventa.

Crendo no impossível

Muitos anos se passaram, e Deus fez mais um pedido ao seu servo. Dessa vez, no entanto, conduziu Abraão ao inimaginável - sacrificar o próprio filho, Isaque, sobre um altar. À primeira vista, tal ordem parece proceder de um Deus desequilibrado e totalmente maluco. Mesmo assim, o velho e já cansado Abraão, obedeceu. Por quê? Porque ele cria que, oferecendo o filho sobre o altar, Deus de alguma forma ressuscitaria o menino (Hebreus 11.19). Deus já havia permitido que Sara gerasse Isaque em idade avançada. Abraão tinha em mente que, se Deus era capaz de produzir vida nova em corpos velhos como os de Abraão e Sara, podia também devolver de alguma maneira a vida de Isaque. Abraão tinha certeza que "(...) mas para Deus todas as coisas são possíveis" (Mateus 19.26).

Abraão, homem de fé

Sabemos que Abraão não chegou a cravar a faca no peito do filho. Em vez disso, Deus providenciou um cordeiro para o sacrifício (Gênesis 22.13). Por que então o Senhor disse a Abraão para construir um altar, amarrasse o menino e o colocasse sobre o mesmo? Para testar a fé de seu servo? Queria Deus saber se Abraão confiaria nEle quando a pessoa que mais amava estava envolvida? Não! Claro que não! Como o Senhor Deus sabe de todas as coisas, penso que Ele queria mostrar para o mundo todo como é ser obediente de maneira irrestrita, ou seja, sem limites. Como é de nosso conhecimento, Abraão passou no teste de obediência. De fato, sua confiança em Deus, levou o apóstolo Paulo, outro homem de fé e também obediente, a chamá-lo de homem de fé (Gálatas 3.9).

Aprendendo a ouvir a voz de Deus

Admirar a fé do patriarca Abraão é um coisa. Imitá-la é algo bem diferente. Seguir seus passos significa ouvir a orientação de Deus. Na mente de Abraão, estava claro o que Deus queria que ele fizesse. As pessoas de hoje, mais precisamente nós cristãos, inclusive nossos líderes, precisam aprender a ouvir a orientação de Deus na leitura diária da Bíblia e na oração.

Quanto ao aspecto moral, a instrução de Deus é geralmente muito clara. Ele nos diz o que devemos fazer. Para começar devemos amá-Lo, amar o próximo e honrar os pais. Perceber a orientação divina em outras áreas nem sempre é fácil e pode exigir muita oração e sensibilidade. Mas a pessoa que busca a orientação divina irá exercitar-se na disciplina necessária para sintonizar-se com a vontade de Deus.

Conclusão

Uma vez convictos da direção de Deus, não tenhamos dúvidas que enfrentaremos muitos testes. Como Abraão, devemos imediatamente seguir as orientações do Senhor. Quando Deus ordenou a Abraão que deixasse seus parentes e sua terra, onde vivia, ele deixou (Gênesis 22.2, 3). Qual o segredo do patriarca? O segredo era sua convicção de que o propósito de Deus para sua vida fosse qual fosse, seria sempre melhor que qualquer plano que ele , Abraão, pudesse conceber.

Nossas ações, mais que nossas palavras, revelam o que cremos a respeito de Deus. Abraão demonstrou sua fé em Deus por meio de suas ações. E nós? Estamos dispostos a fazer o mesmo? Será que nossa fé, nossa fidelidade, nossa convicção e nosso amor a Deus são capazes de nos fazer obedecê-Lo em qualquer de seus pedidos? Ou passar por testes que a mente humana jamais pensou?

Fonte: Jornal Nosso Setor, ano 14, nº 129, página 7, maio 2016 

Para não entrarmos na escuridão

1963. Marcha sobre Washington, Martin Luther King  profere seu mais famoso discurso, cujo título é I Have a Dream.
1963. Marcha sobre Washington, quando Martin Luther King
 proferiu  o famoso discurso  "Eu Tenho um Sonho".
Por Ronald Gimenez

Natural de Atlanta, nos Estados Unidos, Martin Luther King foi pastor da Igreja Batista e ativista. Foi o mais importante líder do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e em todo mundo. A campanha, liderada por ele, pregava a não violência e o amor ao próximo. Em 1963, ele comandou a Marcha sobre Washington, onde fez o discurso "I Have a Dream". Martin Luther King foi assassinado no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee.

Usei um pouco da biografia de um dos maiores líderes da história para balizar e jogar um ingrediente positivo naquilo que está por vir. Diante de tempos em que camisas amarelas e vermelhas provocam agressões mútuas; tempos em que amizades são desfeitas quando você descobre que a outra pessoa pensa diferente de você; tempo em que reuniões de família ficaram menores, já que você descobriu que "aquele" parente vai estar lá; precisamos de um sopro de esperança. E isso não está ligado a este ou aquele partido: não estou falando de um salvador da pátria ou um traidor; estou falando das nossas relações e no respeito às opiniões.

Confesso que, se não precisasse trabalhar, passaria os próximos meses ou anos num lugar com pouco ou nenhuma comunicação. Acho que envelheci algum tempo além do normal. Mas não dá para ser assim. O que vai sobrar dessa intolerância após mudanças que ficam cada vez mais próximas? 

Luther King disse: "o que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons". Será que podemos pensar numa saudável convivência ou os previsíveis tempos sombrios serão confirmados?

Tenho medo de que voltemos 40 anos na história, época em que defender as próprias teses custava a permanência em salas escuras e  "entrevistas" nada amistosas. E isso começa quando discórdia torna-se incontrolável. Quais serão esses novos tempos? Vamos andar para trás ou aproveitar as mudanças e evoluir?

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Folha Noroeste, ano 9, nº 187, editorial, 2ª quinzena de abril de 2016.