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quarta-feira, 2 de março de 2011

Mateus 18.18-19 - bastam apenas que dois concordem na terra para ser feito por Deus no céu?

“Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” - Mateus 18.18-19.

Concordância: a etimologia dessa palavra remete ao coração, no sentido de pensar igual ao outro, com bastante união.

Mateus 18.18-19 é um texto bem específico e claro ao falar sobre unidade e comunhão fraternal entre os santos. A união que Deus se agrada é composta por aqueles que o amam acima de todas as coisas e pessoas, por quem ama o semelhante como a si mesmo.

Ao ler os versículos anteriores neste capítulo, encontramos a descrição de como são as pessoas agradáveis aos olhos do Pai que está no céu.

Jesus Cristo aborda a necessidade do cristão ser humilde como as crianças e amá-las (vers. 3, 4, 10); alerta sobre o cuidado para não provocar o tropeço do próximo (vers. 6, 7), sinaliza sobre a necessidade da renúncia e a não praticar desprezo e nem viver em ódio (vers. 8, 9); e ensina como tratar a ofensa de um irmão (vers. 15-17).

No Salmo 133, podemos ler que havendo união dos servos de Deus, ali o Senhor determina que haja a vida e bênção eternas. Deus tem prazer em abençoar quem é seu servo. A unidade dos santos em uma oração de concordância é atendida como de forma automática quando as pessoas que oram são tementes e fazem a vontade do Senhor voluntariamente (João 9.31).

O que é pretexto?

Diz um provérbio: texto sem contexto é pretexto para heresias.

Pretexto: razão aparente que se alega para encobrir o verdadeiro motivo por que se fez ou deixou de fazer alguma coisa.

Em Gênesis encontramos a primeira distorção da Palavra de Deus. Conversando com Eva, com pretexto de prejudicar mas se comportando como se tivesse intenções boas, encobrindo o objetivo que tinha em mente, a serpente distorceu o sentido do que Deus havia dito para Adão sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal, e assim induziu o primeiro casal da raça humana a pecar.

Jesus Cristo criticou escribas e fariseus por usarem desse subterfúgio. Eles iam às casas de viúvas, fingiam que o objetivo era espiritual e oravam, mas a intenção verdadeira de visita era devorar o que as mulheres tinham.

A importância do uso do contexto da Palavra

A Palavra do Senhor manda que façamos tudo em nome do Senhor, e também que não usemos o nome dEle em vão. Êxodo 20.7; Colossenses 3.17.

Existem associações boas e ruins neste mundo, ambas usando o nome do Senhor. É preciso ter discernimento espiritual para entender qual associação usa o nome de Deus fundamentada na vontade dEle e qual usa o nome do Senhor em vão.

Todos os dias, textos bíblicos descontextualizados são usados para fins nada espirituais. A Bíblia Sagrada é repleta de textos que são usados para pretextos fora da vontade divina. Para não cair nas ciladas do diabo, todo cristão precisa contextualizar a leitura bíblica e as mensagens de pregação, porque nenhum texto bíblico é de particular interpretação (2 Pedro 1.20).
 
Quando a unidade representa consenso para praticar o mal

Há quem se reúna para cometer atrocidades, e faz isso usando o nome do Senhor em vão.

Por muitos anos, uma igreja tradicional apoiou a escravidão e segregação racial nos Estados Unidos. Essa igreja tinha uma espécie de associação conhecida como Ku Klux Klan. Homens se vestiam com mantos e capuzes brancos e perseguiam os negros para torturá-los e matá-los. Antes das atrocidades, oravam, faziam uma oração da concordância.

Deus não volta sua palavra atrás, mandou amar, e jamais consentirá com quem se reúna e entre em consenso de oração para praticar o ódio, o mal contra os semelhantes.

Lembremos do Salmo 1 e de 1 Corintios 15.33. Todas as conversações (acordos) que contrariam o mandamento de amor ao próximo são acordos com o uso do nome do Senhor em vão.

Deus não ouve os pecadores. Por quê? Quem não é temente ao Senhor não tem em seu coração objetivos compatíveis com os planos divinos. Aqueles que oram por motivos errados, buscando satisfazer prazeres egoístas, são pessoas que não amam ao próximo, então não estão em condições de serem atendidas (Tiago 4.1-3).

Conclusão

Infelizmente, Mateus 18.18-19 é um texto que tem sido usado como base para ajuntamento de religiosos com objetivos de cometer muitas barbaridades e declarar ações nefastas como se fossem realizadas segundo a concordância de Deus.

Nem todo assunto que é concordado em oração aqui na terra é concordado por Deus lá no céu. Mas, na religião ao redor do mundo, durante séculos, existiram homens com a bíblia na mão produzindo situações perversas, e declarando que agiam em acordo com Deus. E isso ainda acontece nos dias atuais.

Quando um grupo ora ao Pai que está no céu, todos os presentes estão em pleno acordo, mas essa concordância não é compatível com a vontade divina expressada nas Escrituras Sagradas, tal unidade não pode ser considerada uma comunhão em torno do nome de Jesus Cristo. Em reuniões desse tipo Jesus não se faz presente em comunhão, e as orações não são atendidas pelo Pai.

E.A.G.

terça-feira, 1 de março de 2011

REFLEXÃO EM ISAÍAS 3.6-24: A VAIDADE DAS MULHERES EM SIÃO

A passagem é  uma sentença de juízo do Senhor contra mulheres orgulhosas. Trata da condição pecaminosa que existia no interior do coração de sete mulheres ricas, egoístas, que praticavam cultos ao Senhor e ao mesmo tempo a deuses estranhos.

Os capítulos 1 à 4 do livro de Isaías são complementares, possuem um raciocínio crescente, trazem a mensagem sobre o castigo divino e a glória futura sobre os israelitas..

Quando o profeta escreveu essas passagens, Sião era uma sociedade afundada em devassidão. O desprezo pelas coisas santas gerou a ira só Senhor contra a nação de Israel e então Isaías é levado a anunciar o juízo que viria em consequência da filosofia devassa que o povo vivia.

No capítulo 4.1, lemos: “E sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos do que é nosso; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio”

“Sete mulheres para um homem”: O contexto do versículo em foco, põe em vista a situação das mesmas mulheres, do capítulo 3, versos 6 ao 24. As tais mulheres possuíam recursos financeiros. A vergonha delas não tinha origem em escassez e pobreza.

Importante: o termo “cascavelando” (encontrado em 3.16 da versão Almeida Corrigida) é fruto de uma tradução falha de João Ferreira de Almeida. Não existe nos originais das Escrituras tal expressão.

Na cultura hebraica, não havia maior humilhação para as mulheres do que não gerar filhos. Não ter marido e filhos era humilhante e vergonhoso para a mulher judia nos tempos do profeta, elas eram tratadas vergonhosamente, ficavam sujeitas à opressão (Gênesis 30.23; 1º Samuel 1.6). Então, aparentemente, essas sete mulheres desejavam que os filhos desfizessem a imagem de opróbrio que se encontravam.

A guerra suscitou a revolta social, com o quadro dessas sete mulheres agarrando um homem só, Essa situação aconteceu porque o conflito com nações estrangeiras fez sobrevir e dizimar a população masculina de Israel subitamente (3.25; 13.12), deixando as mulheres com a dupla desonra de serem viúvas rejeitadas e destituítas filhos (54.4).

A nota de rodapé da Bíblia de Charles C. Ryrie, diz que as guerras eliminaram tantos homens que, em última análise, as mulheres se dispuseram a sustentar a si mesmas e com isso se casar e escapar da vergonha de não ser mães.

Em 4.2, é anunciando que depois do juízo viria a salvação. Após a caótica luta dessas mulheres, surge no livro de Isaías a primeira menção sobre Jesus Cristo. Ele é mencionado como o Renovo, aquele que é capaz de libertar o ser humano de suas vergonhas e pecados.
 
E.A.G. 

Gunnar Vingren - A brevidade da vida

Gunnar Vingren
Oh! como é tão curta a nossa vida aqui! Também, como é tão certo o comparecer em breve perante o tribunal de Deus, Juíz dos juízes!

Quem poderá afirmar com certeza que ainda amanhã estará com vida? Mais cedo do que possamos pensar, eis que a morte nos surpreende, mostrando-nos a eternidade.

Por que motivo, pois, não pensamos em tão importante assunto? Se o homem refletisse um momento sobre o destino da sua alma e na incerteza do dia do amanhã, é bem certo que em melhores coisas empregaria o seu tempo aqui no mundo.

Então saberia com mais diligência negociar com os "talentos" que Deus lhe confiou, não para enterrá-los, mas para com eles granjear outros para a honra e glória do seu Senhor.

Foi Deus quem nos deu a vida e que também no-la requererá um dia. Que tristeza será aquele que, rejeitando o propósito de Deus para consigo, ter que pronunciar depois entre lágrimas, a sua própria condenação com as seguintes palavras "desprezei a salvação oferecida por Deus; sou eu o único culpado".

Entretanto o que viver para Jesus e for fiel em todas as coisas que lhe foram confiadas, ceifará com gozo a vida eterna.

E.A.G.

Fonte: revista O Obreiro, nº 14, janeiro/março de 1981 (CPAD) via Bíblia de Modo Fácil. 
Nota do Editor: Bíblia de Modo Fácil foi uma comunidade que existiu na extinta rede social Orkut.