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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

A utilidade das Escrituras no aconselhamento

Por Wayne Mack

O que a Bíblia nos ensina? A Bíblia nos ensina a respeito da vida; ela nos ensina a própria verdade (João 17.17). A Bíblia nos ensina a verdade de que precisamos saber para começarmos a viver a vida que honra e glorifica a Deus. Ela nos ensina o que é certo e o que é errado; o que é proveitoso, o que é sábio e o que é estultice. A Bíblia nos ensina como podemos escapar da corrupção que existe no mundo e em nosso coração. Ela nos ensina como podemos ser eficientes no ministério cristão; como ser bons esposos e esposas, pais e filhos; como podemos ser bons cidadãos, como amar a Deus e ao próximo (2 Pedro 1.3,4). A Bíblia nos ensina como resolver nossos problemas à maneira de Deus (1 Coríntios 10.13; Romanos 8.32-39). Ela nos ensina como ter alegria, paz, gentileza,paciência, bondade, amabilidade, autocontrole e dignidade (2 Pedro 1.5-7; Gálatas 5.22,23). A Bíblia nos ensina a respeito da Divindade, do céu, do inferno, da vida presente e da vida por vir. Na verdade, a Palavra de Deus nos ensina (pelo menos na forma de princípios) tudo oque necessitamos saber para que tenhamos uma vida eficaz e bem-sucedida, conforme Deus mesmo define esse tipo de vida (2 Pedro 1.8,9;1 Timóteo 4.7;João 10.10).

As Escrituras são o nosso padrão infalível e inerrante em assuntos de fé e de prática. A Palavra de Deus é "perfeita e restaura a alma"; é "fiel e dá sabedoria aos símplices"; é correta e alegra o coração; é pura e ilumina os olhos". Seus ensinos são "mais desejáveis que o ouro, mais do que muito ouro depurado". Por meio deles, o povo de Deus é advertido, protegido do erro e das angústias, e,"em os guardar, há grande recompensa" (Salmos 19.7-11).

O Salmo 119, o capítulo mais longo da Bíblia, refere-se totalmente à Palavra de Deus. Neste salmo, em quase todos os seus 176 versículos, o autor exalta a utilidade dos ensinos encontrados na Palavra de Deus. Conhecer e praticar os ensinos da Palavra de Deus produz uma vida abençoada, um coração agradecido, livramento do opróbrio, pureza do coração, libertação do pecado, alegria e gozo incomparáveis, livramento da reprovação e do desprezo, vigor e fortalecimento interior, ousadia e coragem, conforto e refrigério, liberdade e segurança e muitos outros benefícios. Não devemos nos admirar destas palavras do salmista:

"Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra" (versículo 16).

"Também os teus testemunhos são o meu prazer, são os meus conselheiros" (versículo 24).

"Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo"- (versículo 47).

"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, é luz para os meus caminhos" (versículo 105).

"Por isso, considero, em tudo, retos todos os teus preceitos e detesto todo caminho de falsidade" (versículo 128).

"A minha alma tem observado os teus testemunhos; eu os amo profundamente" (versículo 167).

Que bênção é possuirmos o ensino infalível do Deus infinito e inerrante, desfrutando deste ensino como um guia para nossa vida e um auxílio para entendermos nossos problemas e as soluções para eles!

Este ensino se tornou especialmente real para mim há algum tempo, quando estava em meus estudos universitários na área de psicologia. Enquanto estudava na universidade, ouvi muito a respeito de teorias e opiniões de muitas pessoas supostamente eruditas no que diz respeito ao homem e seus problemas. Depois de apresentar as várias e habitualmente conflitantes teorias a respeito do homem e seus problemas (teorias ensinadas por líderes respeitados no campo da psicologia), um dos professores disse:
"Não podemos ter certeza se qualquer destas teorias é completamente verdadeira. Mas, se vocês têm de aconselhar outras pessoas, estudem estas teorias e decidam qual delas lhes parece mais sensata. Vocês têm de fazer isso porque, quando as pessoas vierem para aconselhamento, elas desejarão ouvir algo que lhes esclareça a razão dos problemas pelos quais elas estão atravessando". 
Apreciei a sinceridade deste homem, mas fiquei triste por reconhecer que pessoas estariam procurando ajudar outras a entenderem seus problemas e a encontrarem qualquer razão consistente que lhes daria a certeza de que as coisas em que estavam crendo tinham algum valor genuíno. Ao mesmo tempo, eu me regozijei em saber que a Palavra de Deus é proveitosa para nos ensinar, de maneira infalível, "todas as coisas que conduzem à vida e à piedade" (2 Pedro 1.3).

Em outro curso de psicologia, a questão dos valores estava sendo discutida. Havíamos aprendido que a única maneira de alguém determinar o certo e o errado é agir de conformidade com esta máxima: "O certo é tudo aquilo que é significativo e satisfatório para você e não machuca as outras pessoas". Em meu papel de respostas daquela aula, afirmei que isto nos deixa em um dilema terrível, relativista e incerto no que se refere a determinar o certo e o errado. De maneira tão respeitosa e gentil quanto possível, escrevi:
"Esta maneira de determinar o certo e o errado é bastante relativista e subjetiva, pois aquilo que eu penso ser significativo e satisfatório pode ser muito diferente daquilo que outra pessoa pensa ser significativo e satisfatório. Além disso, como eu posso saber que algo é realmente e satisfatório? Visto que eu sou um ser humano limitado, aquilo que eu penso ser ser significativo e satisfatório pode não ser, de maneira alguma, uma avaliação exata."
No mesmo papel de respostas, escrevi as seguintes perguntas a respeito da declaração de que o certoé aquilo que não machuca as outras pessoas:
"Que padrão devo utilizar para determinar se algo realmente não machucará outra pessoa? Como posso ter certeza de que outra pessoa não será ferida por aquilo que eu faço ou não faço? Sou finito e falível, e meu entendimento daquilo que machuca os outros pode ser total ou, pelo menos, parcialmente errado". 
Quão infeliz é a situação daqueles que, trabalhando em ajudar outras, não têm uma base sólida que lhes capacite a entender as pessoas e seus problemas e a encontrar soluções para eles. Quão agradecidos e humildes nós deveríamos mostrar pelo fato de que temos a Palavra de Deus, a qual é proveitosa para nos ensinar. Posso dizer, não com orgulho, mas com ousadia, que realmente temos respostas!

Temos a verdade na Palavra de Deus. Neste livro,a Bíblia,o Deus Todo Poderoso nos revela o que é certo e o que é errado. Quando fundamentamos nosso entendimento nesse livro, não precisamos perguntar: "O que eu estou fazendo é certo ou errado?"

Os ensinos deste livro são inspirados por Deus, podemos ter paz, confiança e segurança, se aquilo em que cremos, o que dizemos, o que fazemos está de acordo está de acordo com o que a Bíblia diz. O Deus Todo Poderoso, onisciente, totalmente sábio nos ensina, então o que nos importa as coisas ensinadas pelo resto do mundo? Assim sendo, qualquer coisa que contradiz a Palavra de Deus é expressamente falsa (Isaías 8.20).

Se uma pessoa não tem a certeza resultante de que reconhecer que aquilo em que ela crê é o ensino de Deus, tal pessoa passa a vida toda como um navio sem âncora. Ela é constantemente jogada de um lado para o outro, sem qualquer ensinamento verdadeiro para ter certeza a respeito de qualquer coisa. Quando tal pessoa medita realisticamente a respeito de sua situação, o resultado é incerteza, temor, ansiedade, depressão, confusão, perplexidade e várias outras experiências desagradáveis. Ao contrário disso, quando uma pessoa reconhece que os ensinos da Bíblia foram inspirados por Deus, e tal pessoa entende, crê e aplica esses ensinos à sua vida, ela possui fundamentos sólidos para desfrutar de paz, confiança, certeza, contentamento, ousadia, coragem, gozo, gentileza, bondade, amabilidade, autocontrole e dignidade.

Fonte: Fé para Hoje, ano 2004, número 24, páginas 16-19, São José dos Campos/SP (Editora Fiel).

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