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domingo, 9 de outubro de 2016

Abraão, a esperança do pai da fé

 Abraão, a esperança do pai da fé
Na cronologia histórica de Gênesis, nos capítulos 1 ao 11, temos o relato da criação da Terra e  a criação do ser humano. Esses onze capítulos são vitais para entender o restante da Bíblia. Da Criação ao Dilúvio, as datas aproximadas envolvem os anos 3975-2319 a.C.; e do Dilúvio até a Era Patriarcal, temos os anos 2319-1967 a.C.

Abraão, o patriarca da fé, cujo nome Deus mudou mais tarde para Abraão, nasceu em uma dos mais fabulosos povoamentos do mundo antigo, Ur dos Caldeus, ao sul da Mesopotâmia. Nos dias de Abrão, Ur dos Caldeus, era o centro de uma rica cultura, lugar que ostentava uma arquitetura monumental, possuía enorme riqueza, moradias confortáveis, música e arte. A cidade, localizada ao longo do rio Eufrates, desempenhava um papel pequeno na história do Antigo Testamento, entretanto, era muito considerável. 

Abrão sob vocação e promessa

Gênesis capítulo 12 relata o início da nação de Israel, por intermédio da vida do patriarca Abrão.

Abrão, Tera e sua família eram semitas ocidentais (ou amorreus), embora nessa época estivessem vivendo no sul da Mesopotâmia, dentro dos limites ou nas proximidades da cidade sumeriana de Ur.

Tera era o pai de Abrão e o chefe do clã da família de Abrão; tomou a Abrão, Ló e Sarai para sair  de Ur dos Caldeus a fim de migrar à Canaã, mas, antes da chegada ao destino final ele faleceu na cidade de Harã, uma importante cidade da Síria (Gênesis 11.31).

Em Ur do Caldeus, Tera servia a outros deuses (Josué 24.2). Porém, apesar da idolatria, Abrão já havia tido contato com Deus, que o exortou a sair da cidade e deixar sua parentela e partir rumo à região que lhe mostraria (Atos 7.2-4). Após a morte de seu pai em Harã, Abrão recebeu a segunda exortação para deixar Harã e partir à terra que lhe mostraria, Canaã (Gênesis 12.1-5). Então, Abrão seguiu em peregrinação, acompanhado de Sarai, sua esposa, de seu sobrinho Ló, que era órfão de pai, e de seus servos, foi em rumo à Canaã, onde viveram como nômades em tendas por quase cem anos (11.29, 31).

Em uma caravana em ritmo normal, que cobriria uma distância de 32 quilômetros ao dia, a viagem de Harã até Canaã, algo em torno de 800 quilômetros, teria levado pouco menos de um mês.

O Deus que provê

A respeito da provisão na vida de Abraão, é importante considerar os seguintes detalhes:

• O patriarca teve a disposição de deixar a sua cidade natal e ir para outro lugar que o Senhor o mostraria;
• Ele foi dirigido pela fé, embora demonstrasse ter uma fé viva, precisou enfrentar muitos transtornos em sua caminhada;
• Quando recebeu as provações, não questionou a Deus; 
a. A primeira prova foi ter que afastar-se de sua pátria e de sua gente;
b. A segunda provação era a infertilidade de sua companheira;
c. O terceiro teste foi a falta de alimentação na terra.

A fé que Abraão tinha em Deus fez com que ele vencesse todos os obstáculos.

Por que haveria fome justamente na terra para onde Deus havia chamado Abraão, se o Senhor havia prometido que ele seria abençoado? Por que a incapacidade de sua esposa engravidar, se Deus havia prometido que faria dele uma grande nação? Os episódios serviram de testes de fé.

A chamada e o exemplo de fé apresentada por Abraão

Na cronologia bíblica, quando Deus chamou a Abrão em Ur dos Caldeus, o patriarca tinha, aproximadamente, 75 anos de idade ano aproximado de 1892 a.C. Ele trocou a glória passageira deste mundo por um relacionamento pessoal com Deus, e ganhou fama imortal. Hoje, é reverenciado por adeptos de três religiões mundiais: cristianismo, judaísmo e islamismo. O Antigo Testamento o reconhece como patriarca do povo escolhido por Deus, os judeus. E o Novo Testamento o honra como o pai espiritual de todos que "andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai" (Romanos 4.12).

O pacto de Deus com Abraão manifesta que, desde os primórdios da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as nações da terra. Disse o Senhor a Abraão: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gênesis 12.3).

Abraão teve uma vida longa e além disso foi muito feliz com as riquezas que o Senhor lhe deu (Gênesis 13.2). Porém, a maior bênção na vida de Abraão foi ele vivenciar intimidade com Deus. 

A chamada do cristão

A promessa sobre a descendência de Abraão é a segunda profecia sobre a vinda de Jesus Cristo a este mundo. Refere-se à bênção espiritual por intermédio dos sucessores de Abraão.

Quando Deus resolveu escolher um homem e uma família como ancestrais da nação de Israel, esse homem foi Abrão e a família foi a família de Tera. Ao escolhê-lo, o Senhor não desejava favorecer apenas o patriarca e sua posteridade. Tinha um plano colossal para abençoar as nações do mundo inteiro. O projeto divino ao chamá-lo, era fazer da família dele um povo separado, e através da sua semente enviar Jesus Cristo, o Salvador toda a Humanidade, de todas as épocas.

Ter fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, não significa que não teremos obstáculos em nossa marcha rumo à Canaã celestial. Em nossa caminhada neste mundo, temos que enfrentar muitas crises. Sem fé não é possível transpor as barreiras de maneira equilibrada. Contudo, o mesmo Deus que chamou, guiou e abençoou Abraão, também nos guia e abençoa. Ele está conosco, não caminhamos sozinhos.

Para que seu coração se encha de fé, busque o conhecimento da Palavra de Deus e queira obedecê-la integralmente: "E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" - Romanos 10.17 (ARA).

Conclusão

Quando meditamos nos relatos bíblicos sobre Abraão, encontramos muitos princípios que podemos aplicar hoje para enriquecer nosso relacionamento pessoal com o Senhor. Por exemplo, é preciso ter fé e determinação para obedecer a Deus e cumprir a sua vontade. A confiança e a disposição em obedecer a Deus fazem com que o crente alcance vitórias.

Muitos crentes descobrem que, quando começam a realizar a vontade de Deus, imediatamente encontram grandes obstáculos. Quando você enfrentar um teste assim, não tente repensar a vontade de Deus para a sua vida. Use a inteligência que Ele deu a você e, como fez o patriarca ao se deparar com a crise de fome na região em que estava, mudou-se temporariamente para o Egito, onde havia o que comer. Não desanime perante às dificuldades. Não tema as crises e não permita  que venham a impedi-lo de caminhar, Veja as crises como uma oportunidade  para fortalecer a sua fé e conduzi-lo a uma provisão ainda maior com o Deus de toda a provisão.

Aprendemos com Abraão que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer lugar que estejamos, desde que haja em nós a disposição de reconhecer a sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em harmonia com as exigências divinas. 

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Arqueológica NVI, página 21, edição 2013, São Paulo (Editora Vida).
Ensinador Cristão, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, página 37, Rio de Janeiro (CPAD).
Gênesis - Introdução e Comentário, série cultura bíblica, Derek Kidner, página 104, reimpressão 2011, São Paulo (Vida Nova).
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 22-25,  Rio de Janeiro (CPAD).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 1ª edição 2016, página 32, 51, Rio de Janeiro (CPAD).

sábado, 8 de outubro de 2016

Aflições e esperança


Talvez, você diga sobre a sua vida: não está sendo fácil.

Não ore ao Senhor apresentando suas opções, pedindo que Ele escolha uma delas. Vá até Ele com a mente aberta, creia que através de sua imensa misericórdia tem a melhor solução para resolver os problemas que fazem você sofrer.

Se a sua vida está marcada pela dor, se tudo estiver de ponta-cabeça, permita que os dias que está vivendo sejam recheados de esperança em Deus.

Não permita que as dificuldades se transformem em fracassos permanentes. Deus tem condições de virar a página triste para outras felizes. Ele é a nossa fortaleza, bem-aventurado é aquele que repousa seu coração nEle, pois encontrará descanso para a alma e o coração. Ele é o Deus que trabalha para aqueles que nEle esperam (Isaías 64.4).

Lembre-se: a origem das suas lutas é o mundo e as suas vitórias vem de Deus; uma parte dos problemas nesta vida existe porque agimos sem pensar, e a maior parte das soluções acontece porque agimos pensando em Deus. As aflições deste mundo não duram para sempre, assim como as nuvens negras transformam os dias de sol em dias nublados, as mesmas nuvens trazem as chuvas com as águas limpas.

Cada um escolhe o seu próprio caminho e o futuro revela o resultado de suas escolhas. Não dê lugar para a ansiedade. Mantenha sua fé, não existe caso perdido para quem crê nas promessas do Senhor. Deixe-o escrever novos capítulos em sua vida; queira viver um dia de cada vez, para não perder as boas surpresas que o Senhor prepara para você.

Contrariedades podem ser transformadas em êxitos quando enfrentadas com dedicação e fidelidade a Deus.

E.A.G.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça

Donald Zolan. Menino sentado em pneu, com aparência enfurecida.
A mensagem de Jesus contraria o senso comum. Como pode alguém perseguido e maltratado ser feliz? Essa bem-aventurança é a única que trata de uma ação sofrida, não de uma escolha anterior. Mesmo assim, ela é causada  pela manifestação de caráter.

O que causa a perseguição? Jesus não trata dos que são perseguidos por causa de sua rebeldia, obstinação ou maldade. A causa da perseguição é a justiça. O contraste entre a vida de uma pessoa que pratica a justiça e outra que leva uma vida de pecados e egoísmo é suficiente para incitar perseguições. O contraste condena; é insuportável para os que amam a injustiça. Neste mundo, quem vive e pratica a justiça de Deus enfrenta o ódio do inferno.

Estar sob esse tipo de perseguição revela a capacidade de dizer "não" à pressão da maioria. É preciso força de caráter para permanecer fiel em meio a uma multidão  que já vendeu seus valores. É preciso também uma convicção muito forte para sofrer dano por causa do compromisso com Deus. A perseguição revela coragem para ser e fazer a diferença, bem como a certeza de uma recompensa maior, nem sempre imediata.

Os perseguidos são felizes porque a perseguição revela que eles não pertencem a este mundo, mas o Reino que Deus veio estabelecer aqui: um Reino que não tem fim, eterno.

Sua recompensa esta, tanto aqui quanto em sua morada eterna junto a Deus. Já nesta vida, em meio ao sofrimento, terão a alegria da companhia de seu Senhor e a promessa de que receberão cem vezes mais o que perderam por seu amor ao Reino de Deus. Mas sua verdadeira recompensa já está reservada num lugar de onde nunca lhes será roubada. Felizes são os perseguidos!

E.A.G.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de outubro, Curitiba (Luz e Vida).  

A prova da amizade verdadeira

Cavalo carrega cão em água de rio.

Grupo de amigos sentados à beira de lago.


E.A.G.