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sábado, 2 de janeiro de 2016

Apologista cristão ou apologeta cristão, o que é isso?

As palavras enfáticas do apóstolo Paulo, dirigidas para  pessoas que agiam como apologistas no seio da congregação em Corinto, e o acusavam de apregoar heresias, sendo que os verdadeiros hereges eram seus acusadores: 


"Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor" -  1 Coríntios 4.3,4.

A Bíblia e o Espírito Santo na apologéticaValmir Nascimento Milomen escreveu o seguinte sobre este tema: "O ponto de partida para uma apologética sadia é o estudo sistemático das Escrituras. De pouco adianta dominar técnicas de argumentação e de raciocínio lógico se você não tiver conhecimento bíblico suficiente para embasar a sua crença. Infelizmente, muitos que se dizem defensores do evangelho acabam invertendo esses fatores, colocando a técnica na frente do conhecimento bíblico; o que resulta numa apologética espiritualmente deficiente, narcisista e  absolutamente racionalista." ¹

Postagens relativas ao assunto:

Como fazer apologia cristã de acordo com a Bíblia?  "Eu pauto meu comentário a partir da análise do exercício da apologia cristã, que está registrada no Novo Testamento. Lendo Atos dos Apóstolos, e as Cartas Pastorais, observamos a ação de crentes na Igreja Primitiva em duas etapas interligadas e ao mesmo tempo distintas. Eles atuavam como evangelistas e como discipuladores. Conforme os registros neotestamentários, o papel de apologetas ficou restrito às lideranças de apóstolos e pastores. Sim, a defesa do Evangelho (ensino/crítica aos hereges) era feita por pastores, nos limites de suas congregações. Os apóstolos Paulo, Pedro e Tiago foram fundadores de congregações, e realizaram ensinos e alertas contra propagadores de heresias dentro da área em que possuíam liderança. A ação apologética deles limitava-se aos cristãos que eles evangelizaram, era dirigida aos que se converteram por meio do trabalho evangelístico que empreenderam. Paulo não interferiu nas congregações sob liderança de Pedro ou João, e vice-versa. Timóteo não interferiu na congregação de Tito e Judas e não houve interferência de ambos na doutrina de Timóteo. Todos eles fizeram combates apologéticos contundentes em seus respectivos ministérios." ²

Apologia cristã ou denominacional? | "Sou um observador. E nessa característica, inerente, tenho pesquisado os alvos das críticas de alguns apologetas pentecostais... Por nenhum motivo especial, apenas para satisfazer a mim mesmo, estar por dentro do assunto. .Posso estar errado nas conclusões do que tenho encontrado. Até o momento o que pude notar é que os apologetas cristãos têm criado muitas terminologias: unção do leão, a unção do riso, a unção da queda, a unção do paletó, aviõezinhos... São termos inventados pelos próprios críticos, não são invenções dos criticados. Tem-se passado a noção errada de que essas coisas são novas doutrinas... E vi que não são. .Há, sim, alguns maneirismos, cacoetes, por parte dos alvos das críticas. Porém, é necessário levar em consideração se ferem a fé no Evangelho de Cristo ou apenas o código da etiqueta denominacional do apologeta. E, é preciso levar em alta consideração que não existe obrigação em seguir as regras exigidas, por parte de quem é alvo da crítica, se o mesmo não pertencer a denominação do crítico. Aliás, os apologetas erram quando apitam em terreno alheio, ferem a ética cristã, pois não possuem nenhuma autoridade para ditar normas de conduta quando não há árvore hierárquica." ³

Por que estudar apologética? | Alguns cristãos não se interessam em estudar as seitas, não busca conhecer as outras religiões, suas doutrinas, como surgiram e outras informações sobre elas. Quando são visitados por pessoas de outras religiões não sabem como responder, refutar suas afirmações e preferem não atender. Esquecem que tais pessoas também necessitam de conhecer a verdade e que nós cristãos temos a obrigação de procedermos devido esclarecimento dos assuntos espirituais da fé (1ª Pedro 3.15). . O que devemos fazer? Deixar que elas continuem no caminho que estão ou conversar educadamente sobre a Palavra de Deus mostrando a verdade que liberta. Para quem escolheu a segunda opção, existe um preço a pagar - estudar a Palavra do Senhor.**

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1. CPAD News, Valmir Nascimento, A Bíblia e o Espírito Santo na apologética,19 de janeiro de 2013 -  cpadnews . com . br/blog/valmirnascimento/enfoque-cristao/80/a-biblia-e-o-espirito-santo-na-apologetica.html
2. Belverede, Eliseu Antonio Gomes, Como fazer apologia cristã de acordo com a Bíblia?, 14 de janeiro de 2014, belverede.blogspot.com.br/2014/01/como-fazer-apologia-crista-de-acordo-com-a-biblia-sagrada-apologetas-de-internet.html 
3.  Belverede, Eliseu Antonio Gomes, Apologia cristã ou denominacional?, 22 de junho de 2008, belverede.blogspot.com.br/2008/06/apologia-crista-ou-denominacional.html 
4. CACP - Ministério Apologético, Alexandre Colares, setembro de 2009, www . cacp. org.br/por-que-estudar-apologetica/ 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Salmos: o livro de louvores e orações

Por Eliseu Antonio Gomes

Salmos é o livro de cânticos e orações da Bíblia Sagrada.

Talvez, entre os 66 livros que compõem o Cânon Bíblico, seja a obra das Escrituras que mais tem seus capítulos e versículos citados e decorados. O motivo de este livro ser para os cristãos alvo de maior preferência, em se tratando de citações e memorizações, é que o seu conteúdo serve perfeitamente como plataforma à devoção e como fonte de consolo e renovação das forças espirituais.

Objetivo

A mensagem contida no Livro de Salmos foi escrita calculadamente para tanger as cordas mais profundas do coração humano e assim indicar o ponto de equilíbrio espiritual. Ajuda o cristão a dar expressão aos seus sentimentos - alegria ou tristeza, paz ou angústia - quando se identifica com as emoções que os escritores revelaram ao compor as orações e cânticos.

O livro revela como Deus opera na vida interior dos seus servos. Em estilo poético, os temas abordados variam de louvor a lamentação, de guerra a paz, e de alegria a juízo, com o objetivo de expressar grandes verdades.

Os Salmos foram usados pelo povo de Israel nas suas reuniões de adoração a Deus. Servia de livro de orações (orações, louvores e instruções religiosas), para a liturgia do segundo templo (o de Zorobabel) e o de Herodes, e para uso nas sinagogas.

Autores

Os Salmos foram escritos por diferentes autores, durante um período de mais ou menos setecentos anos (de 1000 a 333 a.C.). Descreve-se o livro como Salmos de Davi, embora existam mais autores, porque ele foi o principal autor e compilador dos mesmos. Admite-se que uns poucos já existissem antes da época de Davi, constituindo o princípio de um hinário destinado ao culto. Este hinário foi muito aumentado por ele e foi se expandindo através das gerações, até que Esdras (segundo conta a tradição), o completou, tornando-o no conjunto que conhecemos hoje.

Davi, o rei mais célebre de Israel, além de ter sido pastor de ovelhas, matador do gigante Golias, também era compositor. A sua fama de músico é mencionada muitas vezes na Bíblia (1 Samuel 16.18; 2 Samuel 23.1; Amós 6.5). Ele era poeta (2 Samuel 1.19 a 27 - 3.33-34). Os livros das Crônicas são bastante explícitos ao relatarem que ele reuniu coros para uso no ritual do templo e compôs salmos para os judeus cultuarem a Deus (1 Crônicas 13.4-5; 25.1-5). E de acordo com os títulos dos salmos, atribui-se a Davi os créditos de autoria para a maior parte da coleção, um total de 73. Inclusive, Jesus Cristo atribuiu a Davi a autoria do Salmo 110  (Marcos 12.36,37; Lucas 20.42,44). Outras passagens bíblicas também o reconhecem como autor (Atos 1.16; 2.25; 4.25; Romanos 4.6; 11.9; e Hebreus 4.l).

Ainda de acordo com os títulos, os outros salmistas, são:
• Asafe, autor de doze salmos (50.1-23; 73.1 - 83.18), era sacerdote, um dos principais músicos de Davi, cuidava da música no templo e sua família era encarregada da música de geração em geração;
• Os filhos de Corá, contemporâneos de Davi, membros de uma mesma família de sacerdotes e poetas, faziam parte de uma associação de cantores e compositores, e compuseram onze salmos (42.1-11; 44.1 - 49.20; 84,1 - 85.13; 87.1-7);
• O nome de Salomão está relacionado a dois (72.1-20; 127.1.5);
• Moisés, compôs um (90.1-17);
• Hemã, um sábio (88.1-18);
• Etã, ezraita, um sábio, também é indicado como autor de apenas um salmo (89.1-52).  • Anônimos. 50 salmos são de autorias desconhecidas. Pensa-se que alguns desses salmos não assinados podem ser atribuído ao autor do salmo precedente.
A LXX acrescenta Ageu e Zacarias como autores de cinco salmos.

Data

O Livro de Salmos foi escrito e compilado durante gerações da história de Israel, um período que se estendeu desde os dias de Moisés até a reconstrução da nação, liderada por Esdras (1410 - 430 a.C.). Quase todos os salmos são do período áureo de Israel, isto é, por volta de 1.000 anos a.C.. Sem dúvida, alguns foram escritos mais tarde, mesmo no tempo do cativeiro, por exemplo o de número 137. O livro ganhou sua forma final pelas mãos de funcionários pós-exílicos.

Evidências dos manuscritos do mar Morto impedem situar qualquer um dos salmos em data tão recente quanto o II a.C. como fizeram alguns estudiosos do passado.

Esboço
• Cânticos de libertação (1.1 -  41.13);
• Juízos divinos (42.1 - 72.20);
• Hinos nacionais de Judá (73.1 - 89.52);
• O grande reino de Deus (90.1 - 106.48);
• Cântico de louvor e ação de graças (107.1 - 150.6).

O significado do nome

Em hebraico, O Livro de Louvores. Em grego, Poemas Adaptados à Música.

No século 1 d.C., era mencionado como Livro dos Salmos (Lucas 20.42; Atos 1.20) e Os Salmos (Lucas 24.44).

Conteúdo e estilo

Diferentemente de outros livros do Antigo Testamento, não segue uma narrativa contínua.

Os salmistas empregaram diferentes tipos de versos e recursos literários variados:
• Há salmos que precisavam de acompanhamento de instrumentos musicais;
• Poemas contemplativos;
• Acrósticos alfabéticos (37.1-40; 119.1-176);
• Salmos sobre a criação (8.1-9; 19.1-14);
• Uma narrativa do êxodo (78.1-72);
• Salmos de penitência (6.1-10; 25.1-22); 32.1-11; 38.1-22; 51.1-19);
• Salmos para a peregrinação (120.1 - 134.3); e,
• Salmos messiânicos.    
Os Salmos acham-se divididos em cinco livros:
• Livro 1: Salmos 1 a 41;
• Livro 2: Salmos 42 a 72;
• Livro 3: Salmos 73 a 89;
• Livro 4: Salmos 90 a 106;
• Livro 5: Salmos 107 a 150. 
Há vários tipos de Salmos: hinos de louvor a Deus; orações pedindo ajuda, proteção e salvação; solicitação de perdão; canções de agradecimento pelas bênçãos de Deus; orações em favor do rei; canções para ensinar as pessoas praticarem o bem; súplicas para que Deus castigue os inimigos; etc.

Quase metade dos salmos pode ser classificada como orações de fé em tempos de crise. As poesias capturam muitos momentos diferentes no relacionamento do crente com Deus. Salmos preciosos como o 23, o 91, o 121 e muitos outros, nos confortam nos momentos da mais profunda necessidade. As orações são pessoais ou nacionais: algumas mostram o sentimento íntimo da pessoa, enquanto outras representam as necessidades e o sentimento coletivo do povo de Deus.

A forma geralmente usada na poesia dos Salmos não consiste em rima, mas principalmente na repetição da ideia numa sentença paralela, com palavras diferentes, na mesma linha ou nas linhas seguintes, como, por exemplo, o uso dos termos "pecado" e "iniquidade" no Salmo 103.10: "Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas iniquidades". O paralelismo, em sua variedade de formatos, e a riqueza de comparações dão graça e beleza à poesia hebraica, além disso, pode de vez em quando a interpretar palavras obscuras por meio da palavra sinônima mais clara.

Aplicação pessoal

Devemos aprender a lição que este livro nos ensina:

1. Não era preciso estar feliz para compor um salmo. Os apelos dos salmistas para o resgate de Deus e o  deleite de cada um deles com relação à salvação vista e prometida, nos leva a saber que alguns compositores escreveram quando estavam muito aflitos e tristes. Eles sabiam que Deus quer nos ouvir em todos os tipos de situações. Em tempos de aflição, não tenhamos receio de se achegar ao Senhor com nossas orações e suplicas.
2. Todos os salmos nos ensinam que o conhecimento intelectual não é suficiente, o coração necessita ser tocado pela graça redentora de Deus. Portanto, que o nosso raciocínio esteja sempre submetido às determinações da Palavra de Deus.

Conclusão

É importante decorar os salmos e recitá-los frequentemente, com a finalidade de sermos fortalecidos pela Palavra quando experimentarmos os tempos de provação. Louvar a Deus com o conteúdo de dos salmos deveria fazer parte da respiração do cristão, ser parte integrante em nossas devoções diárias. Jesus cantou Salmos e os citou várias vezes. Eles foram citados mais de cem vezes pelos escritores do Novo Testamento. Através dos séculos, têm sido uma fonte de inspiração e devoção para os cristãos e para a Igreja, tanto nos seus cultos de adoração a Deus como no seu trabalho de evangelização.

E.A.G.

Bíbliaonlinenet - bibliaonline . net/dicionario/?acao=pesquisar&procurar=salmos&exata=on&link=bol&lang=pt-BR 
A Bíblia das Descobertas, página 513, edição 2008, Barueri/SP (Sociedade Bíblica do Brasil);
Bíblia com Anotações A.W. Tozer, página 661, edição 2013 , Rio de Janeiro (CPAD);
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual, Enéas Tognini, página 547, edição 2009, Barueri, (Sociedade Bíblica do Brasil);
Bíblia de Estudo Vida, página 831, edição 1998, São Paulo (Editora Vida);
Bíblia Sagrada Almeida Século 21, páginas 577, 578, edição 2008, São Paulo (Edições Vida Nova).
Manual Bíblico Halley, página 226, 4ª edição 1994, São Paulo (Vida Nova);
Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer, página 478, 30ª impressão, 2012, Rio de Janeiro (CPAD).

2016 - Mensagem referente a este ano que começa





Podemos dizer que nada é definitivo, com exceção da Palavra de Deus, que dura para sempre. Aliás, é motivo de satisfação lembrar que até os problemas têm prazos para expirar.

A saúde, a força e a fartura, são detalhes que podem ser encontrados em nossas vidas, como resultado da permissão de Deus e da nossa dedicação. 

De igual maneira, o Senhor permite a você manter seu coração esperançoso, grato e disposto a amá-lo e amando o próximo como a si mesmo - ou vivendo totalmente o contrário disso! Nem sempre será fácil oferecer amor ao seu semelhante, da mesma maneira que deseja e se esforça pelo seu próprio bem-estar. Dificuldades aparecem por faltar afinidades, escassez de tempo e ideias diferentes no modo de pensar e agir. Porém, tal esforço para praticar o bem, indistintamente, sempre será vantajoso ao seu futuro, pois a consequência de obedecer a Deus - que nos ordena amar a todos - é ser uma pessoa abençoada. Nem sempre a bênção, advinda da obediência, surge diante de nós no momento que pensamos que surgirá, mas sabemos que estará conosco lá no porvir, quando estivermos com o Senhor nas Mansões Celestiais.

Queira viver em 2016 aos pés de Cristo, não há lugar melhor para estar.

E.A.G.