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segunda-feira, 22 de junho de 2015

6 Diferentes Tipos de Oração




Por: Frederick K.C. Price
Tradução e versão: Carla Ribas

A oração pode tornar-se frustrante se não entendermos a Palavra de Deus e Seus caminhos.

A maioria dos cristãos não estão cientes de que há vários tipos de orações discutidas na Palavra de Deus, e se você usar um tipo quando deveria estar usando outro, ela não será eficaz. 

Você estaria aplicando a ferramenta espiritual errada para suas necessidades ou pedidos. Deus diferencia cada uma das seis formas de oração mencionadas na bíblia que têm funções diferentes, como descrito abaixo.

1. A Oração de Concordância

Em Mateus 18:19, Jesus introduziu a oração de concordância quando Ele disse: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu."

Logo de inicio, você pode notar que, para que a oração de concordância seja eficaz, as pessoas envolvidas na oração precisam concordar! Você não pode saber o que outra pessoa quer - no que ela anseia - e Deus não pode responder a sua oração por alguém contra a sua vontade. Para usar a oração de concordância, você deve ter certeza de que a pessoa com quem você está concordando está alinhada com o que você está pedindo.

Se alguém me pede para orar em concordância com ele, eu pergunto: "Pelo que especificamente você quer que eu ore?" É absolutamente necessário certificar-se de que você está em perfeito acordo com o que o seu pedido de oração antes de juntar-se a outro crente na oração de concordância.

2. A Oração da Fé

A oração da fé, também conhecida como oração de petição, é a oração que a maioria das pessoas pensa quando usa o termo "oração". Oração de petição é entre você e Deus. É você pedindo a Deus um resultado determinado.

O versículo chave para a oração da fé é Marcos 11:24, onde Jesus diz: "Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.”
A regra a considerar aqui é quando você orar, não depois de orar, não quando você sentir alguma coisa, não quando você vir algo. Quando orardes (no momento em que ora) você deve acreditar que recebe o que pediu.

Hebreus 11: 1 diz: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e”a prova das coisas que se não vêem." Sua fé é a substância é algo real, algo tangível. É a prova das coisas que você não pode ver.

Observe que Marcos 11:24 não diz quando você realmente verá o resultado da sua oração. Não fala quanto tempo vai demorar para que o resultado da oração apareça, e é ai que muitos cristãos se complicam.

Deus vive em um eterno agora. Não há passado ou presente para Ele. Mas nós somos seres temporais que vivemos no contexto do tempo.
Quando você ora com fé, Deus imediatamente concede o seu pedido - no reino espiritual. Mas, no mundo natural, devido a uma série de fatores, pode levar algum tempo para a resposta se manifestar.

Deus responde às orações, e Ele vai responder a sua oração específica de acordo com a Sua Palavra, mas é sua fé que traz a resposta do mundo espiritual para o mundo físico. Quantas vezes nas Escrituras que Jesus diz a alguém, "segundo a vossa fé"?
Ele se referiu a fé dos povos constantemente, e apesar de ter sido o Seu poder que os curou, Ele sempre creditou sua fé como sendo o catalisador. De fato, quando Jesus foi à sua cidade natal, somos informados de que Ele "não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles" (Mat. 13:58).

Será que Jesus de repente perde seu poder durante essa visita a Nazaré? Não!
Seu poder nunca mudou. O que mudou? Foi nível de fé do povo misturado com Seu poder
Há uma explicação espiritual simples para isso. Deus não vai fazer algo contra sua vontade. Deus não pode violar o seu livre-arbítrio. Se você não tem fé para fazer algo, Ele não vai arbitrariamente substituir a sua falta de fé.

3. A Oração de Consagração e Dedicação

Em Lucas 22: 41-42, vemos delineada a oração da consagração e dedicação: "E [Jesus]  apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.”
Ele estava orando, na verdade, "Se há alguma outra maneira de fazer isso, vamos fazê-la." 

Mas a chave para Jesus, e para nós, é: "Todavia não a minha vontade, mas a Tua, seja feita".
Você ora para que a vontade de Deus seja feita quando você não conhece a Sua vontade e nem  um caminho alternativo que aparece é igualmente "correto" ou da "vontade de Deus”. Na ausência de instruções diretas, a oração de consagração e dedicação diz que você permitirá que Deus defina sua direção ou tome as suas decisões.

A oração de consagração e dedicação funciona quando você tem duas (ou mais) alternativas certas à sua frente, e você não está recebendo uma direção clara, nesse momento sobre qual opção Deus quer que você escolha. Quando a direção não é clara, mas qualquer uma das opções parecem ser legítimas, corretas - esse é o momento perfeito para dizer: "Senhor, se for da Tua vontade, eu estou escolhendo a opção A."
Acredite em mim, Ele irá alertá-lo se você estiver tomando a direção errada na estrada.

4. A Oração de Louvor e Adoração

Nesta oração, você não está pedindo que Deus faça algo por você ou para dar-lhe alguma coisa. Você não está mesmo pedindo direção e dedicando sua vida a alguma coisa que Deus o tenha chamado para fazer. Ao invés disso, você só quer louvar o Senhor, para agradecer a Ele por Suas muitas bênçãos e misericórdia. Você quer dizer a ele o quanto você O ama.

Um bom exemplo deste tipo de oração está em Lucas 2:20, que descreve a reação dos pastores que tinham visto o bebê Jesus: "Então voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.

Em Lucas 18:43, o homem cego curado foi descrito como "glorificando a Deus." O versículo também diz que todo o povo que testemunhou o milagre "deu louvores a Deus." Eles oraram orações de agradecimento.

Veja como Jesus orou em João 11:41: "Pai, graças te dou por me haveres ouvido", referindo-se a sua oração anterior sobre Lázaro. Na oração do Senhor, Jesus disse aos discípulos: "Quando orardes, dizei: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o teu nome" (Lucas 11: 2).
Paulo escreveu aos Filipenses: "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.(Filipenses 4:6) Isto quer dizer que, mesmo quando oramos a oração da fé, devemos sempre intercalar adoração e louvor.

5. A Oração de Intercessão

Intercessão significa que você está intercedendo  - agindo em oração - em favor de outra pessoa. A pessoa pode ser incapaz de orar por si própria. Talvez ela esteja nas drogas ou mentalmente confusa por doutrinas demoníacas. Talvez a pessoa esteja tão doente que não seja capaz de reunir a energia para se manter alerta, muito menos para orar.

A intercessão envolve orar pelos outros. Ela pode envolver orar de uma maneira geral por coisas tais como a igreja ou o governo, ou oferecer orações mais específicas com base em seu conhecimento sobre a necessidade de uma pessoa.

Em Efésios 1: 15-18, Paulo escreveu: "Por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos, não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus
Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos."

Aqui, Paulo deixa claro que ele orou regularmente para a igreja em Éfeso e para que as pessoas de lá recebessem estas bênçãos. Ele não se pôs de acordo com qualquer um, de modo que este parece ser um bom exemplo de oração de intercessão.

Da mesma forma, em sua saudação aos Filipenses, ele escreveu: "Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas" (Filipenses 1: 3-4.). O fato de Paulo dizer que fez pedidos por eles sugere que este também foi um exemplo de oração de intercessão.

6. A Oração de Ligar e Desligar

Esta oração é encontrada em Mateus 18: 18-19. Jesus diz: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus."

Existem vários pontos importantes nas declarações de Jesus aqui, sendo o primeiro que temos autoridade aqui nesta terra pela virtude de nossos direitos por meio do pacto que temos através de Jesus. A segunda coisa que notamos é a direção da ação. As coisas não começam no céu e vem para a Terra, ao contrário, a ação começa aqui na Terra. Observe que ele diz: "Tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu."

Como todas as coisas no sistema de Deus, este tipo de oração funciona apenas alinhada com a Palavra de Deus e Suas leis. Você não pode vincular as coisas à toa. 

Você pode, no entanto, vincular os espíritos imundos que estão agindo na vida das pessoas ou espíritos angelicais trabalhando em seu favor, por ordem de Deus, nas áreas em que Deus já prometeu-lhe resultados. Quando você ora dessa maneira, Deus afirma que no céu Ele coloca seu selo de aprovação em sua oração. Ligar e desligar tem que estar baseado na autoridade que Deus lhe concedeu na Escritura, não em algum desejo que você tenha.

Deus providenciou cada tipo de oração para uma finalidade específica. Embora você possa usar mais do que um em determinado momento, é importante ser claro sobre qual tipo você está usando e porquê, e estar ciente de suas limitações. Se você seguir os exemplos na Bíblia, certamente os usará corretamente.


Fonte: Charismamag.com
Trechos Biblicos: bíbliaonline.com

sábado, 20 de junho de 2015

Convertendo-se ao modo das crianças


Quando alguns adultos, que se consideravam os mais experientes para liderar outros adultos, brigaram entre si para ser o líder da turma que andava seguindo Jesus, então Jesus deu-lhes uma aula de humildade. Ele colocou no centro da roda de conversa uma criança - uma alma sem pretensões de ser mais importante que qualquer outra pessoa - e disse-lhes:

"Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus"
Mateus 18.3 


Salmos 148.1-14.


Louvai ao SENHOR. Louvai ao SENHOR desde os céus, louvai-o nas alturas.

Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos.

Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes.

Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus.

Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados.
E os confirmou eternamente para sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassarão.

Louvai ao Senhor desde a terra: vós, baleias, e todos os abismos; fogo e saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso que executa a sua palavra; montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; as feras e todos os gados, répteis e aves voadoras; reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra;

moços
e
  moças
,
  velhos
e
  crianças.

Louvem o nome do Senhor, pois só o seu nome é exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu. Ele também exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de Israel, um povo que lhe é chegado. Louvai ao Senhor.


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Alguns significados do silêncio na Bíblia Sagrada

Por João Cruzué

No livro de Eclesiastes está escrito que tudo tem seu tempo determinado e que há tempo para todo propósito debaixo do céu. Inclusive o tempo de falar e tempo de ficar calado. Também há outras formas de silêncio na Bíblia que merecem uma boa análise. Então vamos ver isso de mais perto.

O Salmo 115:17 diz que os mortos não louvam ao Senhor nem os que descem ao silêncio.

No Evangelho, em Mateus capítulo 26, também está escrito que Jesus guardava silêncio diante do sumo sacerdote judeu no dia do julgamento. O líder religioso perguntava, mas Jesus continuava mudo, talvez, admirado com a ignorância dele, tão fora de sintonia com Deus. Até que o sumo sacerdote fez uma pergunta mortal: Conjuro-te perante o Deus vivo que nos diga se tu és o Cristo, o filho de Deus.

Então Jesus abandonou o silêncio e produziu a prova oral que o condenou à morte. "Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu."

Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: "Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a blasfêmia!" Para um Judeu, Deus é único e não tem filho.

No Centro da Cidade de São Paulo as pessoas também fazem silêncio diante dos grupos de viciados da Cracolândia, dos loucos da Praça da República e dos moradores de rua da Praça da Sé. É o silêncio da desigualdade e da impotência. Se o próprio viciado não procura por ajuda, ele não pode ser forçado nem ajudado. O silencio das autoridades da Cidade diante de uma liberdade de escolha que leva à autodestruição.

Em Lucas 15, um pai amoroso também não disse uma palavra quando o filho mais novo pediu a herança e se foi embora de casa. Nada do que o pai dissesse teria valor. Foi o silêncio do amor e da sabedoria. Aquele pai aguardou em silêncio até o dia que avistou o filho retornando para casa. Então começou a falar sem parar: Trazei-me depressa a melhor roupa, ponde-lhe um anel na mão, sandálias nos pés, trazei-me o bezerro cevado e matai-o; comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha se perdido e foi achado!"

No Evangelho segundo São João, um grupo de fariseus levou uma mulher adúltera diante de Jesus. Eles queriam ver sangue; acusavam a mulher, e Jesus permanecia em silencio. Eles continuaram acusando enquanto Jesus escrevia na areia. Ele não disse uma palavra. Mas, quando os homens calaram-se Jesus disse: "Aquele que estiver sem pecado, atire a primeira pedra." Ele guardou silêncio diante da hipocrisia, quando esta se calou, ouviu uma crítica certeira. E foi em silêncio que os acusadores foram embora. Um silêncio de vergonha. Em Apocalipse 8, por quase meia hora se fez silêncio no céu. O silêncio da expectativa.

Existe também o silêncio dos covardes, que no tempo de falar preferem ficar calados. Há ainda o silêncio de um coração contrito cujas palavras e gemidos já se esgotaram em oração. E há o silêncio da dor, da opressão, onde a língua permanece muda, enquanto as lágrimas falam escorrendo pela face.

Para cada tempo e ocasião existe uma forma de silêncio, eu guardei a melhor para o final. Se você ainda não aceitou Jesus Cristo como Senhor da sua vida, ou está distanciado dele como o filho pródigo, não fique em silêncio diante da oportunidade quando você ouvir a voz de Deus falando a sua alma.

cruzue@gmail.com

Imagem: http://blackandwhiteflowerspictures.weebly.com/white-lotus-flowers-beautiful-images.html

A Chamada Ministerial do Pastor Martin Luther King, Jr.


"My call to the Ministry"

(1929-1968)

Martin Luther King, Jr.

Tradução de João Cruzué


Joana Thatcher, diretora de publicidade da Convenção Batista Americana, pediu ao Pastor Martin Luther King uma declaração sobre sua chamada ministerial. Em seu pedido, ela notou que "aparentemente a maioria de nossos jovens ainda pensam que a menos que vejam uma sarça ardendo ou uma luz ofuscante no caminho para "Damasco", eles não se consideram chamados."

E essa foi a declaração dada pelo pastor Martin Luther King, Jr:

"Minha chamada para o Ministério não foi nem dramática nem espetacular. Ela não veio através de uma visão milagrosa nem da experiência de uma luz ofuscante na estrada da vida. Também não veio de uma forma repentina. Pelo contrário: foi a resposta a um impulso interior que gradualmente veio sobre mim. Aquele impulso se expressava através de um desejo de servir a Deus e à humanidade e um sentimento de que meus talentos e meu compromisso poderiam ser melhor expressos através do Ministério.

No começo eu planejei ser um Médico. Depois, eu mudei minha atenção para a carreira de Direito. Mas, quando passei nos estágios preparatórios para estas duas carreiras, ainda sentia dentro de mim aquele impulso imortal de servir a Deus e à humanidade através do Ministério.

Durante o último ano da Faculdade, finalmente, eu decidi aceitar o desafio de entrar para o Ministério. Eu consegui ver que Deus tinha colocado uma responsabilidade sobre os meus ombros, e quanto mais eu tentava escapar, mais frustrado eu me tornava.

E alguns meses depois de pregar meu primeiro sermão, entrei para o seminário teológico. Isto é, em resumo, a História da minha chamada e  minha peregrinação para o ministério."

07 de agosto de 1959.

Fonte:  MLK/Stanford