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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Chuvas de setembro de 2014 em Recife PE

Dia 2 de setembro, inteiramente chuvoso e frio. Clima atípico na região, que de setembro até maio costuma ser muito quente.

Bela imagem do Brasil no centro de Recife - Pernambuco! O bairro Boa Vista; o rio Capiberibe; a Rua da Aurora; o edifício Ébano, ladeado à esquerda pelo Recife Plaza Hotel e à direita por construções menores cujas fachadas são de arquiteturas em estilo mais antigo.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

José Nêumanne Pinto comenta comportamento estranho de Dilma, que atira em Marina e Collor, aliado petista

"O PT cospe no prato que está comendo."

José Nêumanne Pinto veio ao ar no Jornal da Gazeta, segunda a sexta-feira de 19 às 20 horas. e comentou sobre o estranho comportamento da equipe de campanha eleitoral de Dilma Rousseff, ao "bater" em Marina Silva. Há uma comparação depreciativa entre Marina com Fernando Collor de Mello, sem levar em consideração que Collor é aliado político de Dilma.

Além de citar Collor, os publicitários de Dilma fazem uma comparação entre Marina e Jânio Quadros. Nêumanne observou que nenhum eleitor votou neles para que renunciassem ou fossem impedidos de exercer suas funções. E diz que  tais ataques citando os dois ex-presidentes demonstra desrespeito aos eleitores que os elegeram, e que a atitude dos petistas parece ser "demofobia" (horror ou medo do povo).

Além disso, o comentarista aborda os comportamentos de Marina, reagindo a comparação com Collor. Segundo ele, Marina parece desconsiderar que o ex-presidente, antes do exercício presidencial e saída desastrada da presidência, foi prefeito de Maceió e governador de Alagoas e agora é senador por Alagoas.

Nêumanne também opinou sobre Aécio, reprova o candidato ao falar sobre Marina enfatizando que ela não tem apoio político, como se fosse necessário tê-lo para candidatar-se. Neste discurso contra Marina, Aécio estaria se assemelhando aos petistas. Ao criticar o político mineiro, lembra que a população brasileira foi às ruas nas manifestações de junho porque está cansada de conchavos, barganhas de votos por apoio no congresso federal.

Veja o vídeo no portal da TV Gazeta ou abaixo.




E.A.G.

Atualizado em 03/09/14 às 09h13 e 09h27.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O perigo da busca pela autorrealização humana

Por Eliseu Antonio Gomes

Todas as guerras começam com conflitos de interesses. Os principais tipos de guerra são:  guerra nuclear, guerra espacial, guerra civil, guerra de informação, guerra comercial,  guerra psicológica, guerrilha, guerra religiosa.

A guerra mais rápida da história durou 37 minutos. Uma esquadra inglesa decidiu ancorar no porto de Zanzibar, na África, em 1896, para assistir a uma partida de críquete. O sultão de Zanzibar não gostou e mandou que seu único navio atacasse os ingleses. Quando o navio abriu fogo, os ingleses o afundaram rapidamente e ainda destruíram o palácio do sultão, matando quinhentos soldados. Zanzibar se rendeu e o sultão fugiu para a Alemanha. A guerra mais longa da história é a do homem com Deus, que dura desde o pecado no Éden e só terminará no Dia do Juízo Final.

Há três guerras em andamento no mundo espiritual: a guerra entre irmãos ou uns com os outros; a guerra no coração do crente por causa das suas ambições egoístas e a guerra com Deus. Os três inimigos que trabalham para nos afastar de Deus, são: a carne, o mundo e o diabo (Efésios 2.1-3):

1. Carnalidade.
Na vida cristã temos o grande conflito entre o fazer a vontade de Deus ou a nossa. Paulo diz: "Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer" (Gálatas 5.17).
2. Mundanismo
No capítulo 4 e versículo 4, Tiago utiliza o termo feminino "moichalides" (infiéis), que em muitas traduções bíblicas brasileiras é vertido como "adúteros e adúlteras", deste modo ele caracteriza os leitores da carta de povo infiel de Deus. Jesus empregou adjetivo semelhante aos que o rejeitaram (Mateus 12.39; 16.4). 
O Antigo Testamento fornece a explicação para este tipo de tratamento. Deus se união ao povo de Israel ao elegê-lo graciosamente e ao colocá-lo numa relação de aliança consigo. Este relacionamento várias vezes é retratado com figuras matrimoniais (Isaías 54.1-6; Jeremias 2.2). O crente é casado com Cristo, então, não é possível servir a Deus e ao mundo ao mesmo tempo. Quando o crente divide o seu amor a Deus com qualquer outro, comete adultério espiritual (Romanos 7.4; Deuteronômio 5.9; 1 João 2.15).
3. Ação diabólica
O diabo é o grande adversário da igreja e do povo de Deus. Ele vive à procura de oportunidades para gerar confusão e conflito entre os irmãos, encontra espaço de ação quando o crente ao invés de consagrar-se age através da carnalidade.

No coração humano pecador há cobiça, ódio, inveja, egoísmo. A maioria das desavenças e tramas perversas é fruto da ambição, vontade de ver o desejo pessoal realizado. E qual é o objetivo dessa realização? O deleite.  "Deileites" é uma tradução da palavra "hêdonê", cuja conotação é negativa de prazeres pecaminosos e que busca apenas interesses próprios (dela vem a palavra hedonismo). A guerra entre irmãos tem origem no interior da pessoa, acontece quando ela cede à atração que o mundo exerce e quando aceita sugestões diabólicas e dá vazão aos deleites carnais.

Deus não governa pessoas que decidem desfrutar dos prazeres da carne, que são contrários à vontade divina (Tiago 1.14; 2 Timóteo 4.2-3).

Tiago inicia o quarto capítulo com uma pergunta: "De onde procedem guerras e contendas que há entre vós?"  Os termos "guerra" (polomoi) e contenda (machai) indicam polêmicas e discussões verbais violentas. O apóstolo responde qual é a origem da confusão: "sois invejosos e cobiçosos".

A grave consequência  espiritual de viver em guerra é a frustração de orar e não ser atendido. Quando os crentes estão brigando, Deus não responde às suas orações, pois Ele é santo e não aceita relacionar-se com quem é contencioso, portanto, todo crente deve vigiar para não cair na tentação de ser um instrumento de guerra na igreja (Mateus 26.41; Tiago 4.1-3; 5.16).

Tiago, ao escrever sobre a existência de desavenças entre os irmãos, aponta ao problema mas também mostra a solução. Ele informa que através da oração, da Bíblia, do Espírito e pela graça de Deus podemos vencer espiritualmente.

1. Oração: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á." - Mateus 7.7-8. O apóstolo lembra o discurso de Jesus no sermão do monte e explica: "Nada tendes porque não pedis" (Tiago 4.2) . Se o crente pede a Deus qualquer coisa em seu nome, está escrito que o Pai Celestial honra este pedido, principalmente se a solicitação for em busca da harmonia entre os irmãos (João 14.13-14; Salmo 122.6-9). 
Os crentes da geração de Tiago tinham uma relação com Deus não segundo a vontade divina, mas a sua própria, pois colocaram na cabeça que as bênçãos do Senhor existiam com o propósito de servir exclusivamente aos seus deleites. O apóstolo foi claro ao descrever a situação deles: "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" - Tiago 4.3-4.
2. Leitura Bíblica: "Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura..." - Tiago 4.5a. Tiago afirma que aquilo que Bíblia ensina não é vão ou sem razão. O apóstolo Paulo nos diz que ela é a espada do Espírito, instrumento de guerra para ataque e defesa espiritual, nos foi dada por Deus para o nosso aperfeiçoamento e capacitação para toda a boa obra (Efésios 6.17; 2 Timóteo 3.14-17). Portanto, seu conteúdo jamais deve ser desprezado.
3. Espírito Santo: "...o Espírito que em nós habita tem ciúmes?" - Tiago 4.5b. O Senhor habita em nós e se entristece quando pecamos e traímos a Deus (Efésios 4.30). O Espírito garante e sela a nossa redenção, produz o fruto espiritual, nos ilumina, capacita-nos com dons espirituais, nos induz a adorar a Deus, nos liberta do pecado, nos santifica, nos orienta a testificar que somos filhos de Deus, nos ajuda a orar (Efésios 1.13-14; Gálatas 5.22-24; 1 Coríntios 2.12-16; 12.7; Filipenses 3.3; Romanos 8.1-11; 14-17; 26-27). Deus exige fidelidade total em nosso relacionamento com Ele, assim sendo, é importante prezar pelo bom relacionamento com o Santo Espírito.
4. Graça: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes" - Tiago 4.6. Tiago reverbera os ensinos do livro de Provérbios, que nos diz que Deus abomina olhos altivos e o coração arrogante (6.17; 16.5): "

Conclusão

Deus concede bênçãos aos seus servos, porém, jamais para que elas sejam desfrutadas de maneira avarenta. Elas devem ser recebidas e compartilhadas (Salmos 37.4; Atos 2.45; 4.35).

O desafio de todo cristão é jamais considerar que o comportamento de satisfação carnal é uma atitude normal. É preciso expor a Palavra de Deus não apenas em discursos mas também em atos, diariamente, no seio familiar e na comunidade. Ainda que haja discordância entre irmãos, o que é normal, nunca pode haver dissimulação e desejo de praticar o mal. Tiago nos ensina que a omissão em fazer o bem, sabendo fazê-lo, é pecado (4.17). Todos nós devemos ser praticantes do bem, que em outras palavras é agir com humildade e valorizando a comunhão entre os irmãos.

A graça que Deus nos dá nos capacita a vencer o pecado e a crescer em santificação, ela é infinita e inesgotável, porém, reservada apenas aos pacificadores e humildes de coração, ou seja, está disponível somente aos que não projetam uma imagem simpática através da falsa modéstia, mas aos que de fato são modestos e praticantes da Palavra (João 1.16; 2 Pedro 3.18).

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, ano 15, nº 59, página 40, 41, julho-setembro de 2014, Rio de Janeiro (CPAD). 
Lições bíblicas - Mestre, Eliezer de Lira e Silva; 3º trimestre de 2014, páginas 70-74, Rio de Janeiro (CPAD).
Revista Exposição Bíblica - Liberdade, Fé e Prática - Gálatas e Tiago; Arival Dias Casimiro; páginas 55 -59; 3ª edição em julho de 2013; Santa Bárbara d'0este/SP (Z 3 Editora Ltda). 
Tiago - Introdução e Comentário, Douglas. J. Moo, páginas 137-139; 1ª edição 1990, reimpressão 2011, São Paulo (Edições Vida Nova).