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quinta-feira, 3 de julho de 2014

As abelhas na Bíblia Sagrada

Apis Fasciata: abelha de faixas.
O nome "abelha" é aplicado hoje em dia a diversas famílias da ordem de insetos Hymenoptera, e inclui as "abelhas solitárias" e "mamangaba", como também as produtoras de mel.

A palavra hebraica "debbôrâ" provavelmente abrangia um escopo ainda maior de insetos dessa ordem.

No Brasil, as abelhas que conhecemos é da espécie Apis Mellica, enquanto que nas terras bíblicas são vistas a Apis Fasciata.

Na aparência e hábitos, a abelha da Palestina é muito semelhante à do norte da Europa, porém, menor e as faixas pretas do seu corpo são mais visíveis; por isso é classificada de espécie diferente.

Por causa de sua abundância produtiva, Canaã foi descrita como "terra que mana leite e mel", indicando que o produto da vaca e deste inseto eram os produtos domésticos mais comuns entre os israelitas (Êxodo 3.8, 17). É possível que a maior parte do mel fosse produzido por abelhas silvestres em árvores ocas ou nas cavidades das rochas (Deuteronômio 32.13; Salmo 81.16; 1 Samuel 14.25-26), ainda que desde os tempos mais remotos houvesse esforços em levar as abelhas a ocupar colmeias simples em cestas e receptáculos de barro.

Existem numerosíssimas referências bíblicas ao mel, tanto no Antigo como no Novo Testamento. As passagens indicam que o produto era comum e generalizado.

Sansão encontrou um enxame de abelhas na carcaça de um leão (Juízes 14.8). O mel era exportado para Tiro (Ezequiel 27.17).

Refira-se nas outras três passagens em que há a palavra "abelha", o destaque ao seu ânimo para a guerra: Deuteronômio 1.44; Salmo 118.12; e, Isaías 7.18-21.

E.A.G.

Bíblia Sagrada com Dicionário de Concordância, apêndice: Conciso Dicionário Bíblico - Ilustrado, D. Ana e Dr. S. L. Watson, página 215, edição 2013, Santo André (Casa Publicadora Batista / Geográfica editora). 
O Novo Dicionário da Bíblia, volume I, página 19, edição 1981, São Paulo (Edições Vida Nova). 
Pequena Enciclopédia Bíblica - O. S. Boyer, 19ª impressão, páginas 10 e 11, São Paulo, edição 1992 (Editora Vida). 

terça-feira, 1 de julho de 2014

Por que uma tradução da Bíblia em linguagem atual?

Por Esteban Voth

A pergunta chave, no que se refere à tradução da Bíblia, não é a de Shakespeare: "ser ou não ser"; mas sim: "comunicar ou não comunicar". Com relação a isso, quero chamar a atenção para uma realidade que é vivida na maior parte das igrejas cristãs. Eu me refiro à ideia subsistente nas igrejas de que a Bíblia foi escrita em uma linguagem especial, misteriosa, religiosa e complicada. Não obstante, esta apreciação generalizada é um grande equívoco que gera atitudes e compreensões errôneas.

A Bíblia foi, em primeiro lugar, uma tradição oral que podia ser entendida por todos. Logo, com o passar do tempo, a oralidade deu lugar a textos escritos à mão. Os idiomas que Deus usou para revelar a sua Palavra foram o hebraico, o aramaico e grego. Estes não são idiomas especiais, religiosos ou criados exclusivamente para se transmitir a Palavra de Deus. Estes idiomas vêm de grandes famílias de idiomas, que pertencem a culturas e sociedades deste mundo. Isto é particularmente acertado quanto ao grego, que foi utilizado para redigir o Novo Testamento. Naquele tempo, havia dois tipos de grego: um mais acadêmico, chamado de grego clássico, que era usado pelos filósofos e grandes pensadores; e o outro era o grego utilizado pelas pessoas comuns, chamado de koiné. O Novo Testamento foi escrito em grego koiné, para que a pessoa comum, sem uma grande educação, pudesse entender a mensagem de Deus com facilidade.

Na tradução cristã, muitas vezes, tem ocorrido um fenômeno ao contrário, no qual a tradução da Bíblia foi feita usando-se uma linguagem difícil e arcaica. As pessoas com poder na esfera esfera religiosa cristã preferiram estas traduções que não comunicam a mensagem de forma amena. É por isso que uma tradução com base no significado - e usando um vocabulário contemporâneo e simples - é muito importante para a construção do Reino de Deus. Da mesma forma que os idiomas originais eram de fácil compreensão para os primeiros ouvintes e leitores, hoje é muito importante oferecer, ao mundo, traduções da Bíblia que utilizem uma linguagem compreensível para a pessoa comum. Neste tipo de tradução, é necessário evitar palavras que são compreendidas apenas apenas pelos crentes, membros das igrejas.

É urgente que a mensagem de Deus chegue à pessoa da rua - e que esta pessoa possa entendê-la sem precisar que algum especialista a explique. Isto não significa banalizar a linguagem, nem usar palavras toscas, da rua. Mas significa, sim, oferecer uma tradução com um vocabulário simples e uma semântica fácil de ser acompanhada. Isto não sugere que seja uma tradução simplista; porém, que seja uma tradução de fácil compreensão para que a pessoa - sem preparo e estudos bíblicos - possa ter acesso à mensagem libertadora e de esperança da Palavra de Deus.

O mundo de hoje carece de traduções que "comuniquem" a mensagem poderosa da salvação de Cristo!

Esteban Voth é teológo, biblista e coordenador de tradução da Área das Américas das Sociedades Bíblicas Unidas.

Fonte: A Bíblia no Brasil, nº 240, julho a setembro de 2013, ano 65 (Sociedade Bíblica do Brasil).

O lixo e a lixeira

Há quem pense que o lixo descartado, irresponsavelmente no chão, ou em rios, desaparece como num passe de mágica. Não é assim. Caprichosa, a Natureza o devolve para nós transformado em problemas como entupimento de bueiros, enchentes, muita poluição, dores de cabeça e tristezas.