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terça-feira, 3 de junho de 2014

Copa das copas 2014 Brasil


A Seleção Brasileira, numa partida amistosa em Goiânia, goleou hoje o Panamá em 4 a 0, no estádio Serra Dourada quase lotado.

Na próxima sexta-feira, dia 6 às 16 horas, em outro jogo amistoso, o Brasil enfrentará a Sérvia no Estádio do Morumbi, cidade de São Paulo.

Para Fábio Pannunzio e Renata Fan, da Band, numa entrevista exclusiva, Dilma Roussef declarou que não admitirá badernas durante a Copa do Mundo, que começará no próximo dia 12. É claro que ela não comentou que o fator gerador de protestos da população é a insatisfação com sua atuação como presidente.

E.A.G.

O ministério de mestre ou doutor

Por Eliseu Antonio Gomes

Encontramos no Novo Testamento a palavra mestre em referência a João Batista (Lucas 3.12); a Jesus (Mateus 8.19; 12.38; 17.24; Marcos 5.35; 14.14; João 11.28); ao apóstolo Paulo (1 Timóteo 2.7); e a outros cristãos do primeiro século (1 Corintios 12.28-29).

Nas Escrituras, a palavra mestre geralmente é uma indicação para uma pessoa que é superior a outras, em autoridade, conhecimento, poder ou em algum outro aspecto. O termo hebraico mais frequente para mestre é "'adon", que significa soberano ou senhor. No idioma grego encontramos "didaskalos"/instrutor (Mateus 10.24); "epistates"/professor ou superior (João 4.31); "rhabbi"/meu mestre ou meu professor e "kathegetes"/líder (Mateus 23.8-10).

Existe também a definição negativa: "despotes"/tirano, aquele que abusa de autoridade (1 Pedro 2.18),

O exemplo e a determinação de Jesus

Jesus era o mestre por excelência, o mestre da Galileia, reconhecido  tanto como o Mestre Divino quanto como o Mestre da humildade. Para ensinar acerca da humildade, "levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois, pôs água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido" (Mateus 4.23-25; João 13. 4, 5).

O ensino de Jesus não era mero discurso, mas "espírito e vida". E assim, resta-nos fazer o mesmo, pois entre suas orientações ensinou que é importante aos adoradores de Deus que o adorem em espírito e em verdade (João 4.24).

As últimas palavras de Jesus aos discípulos antes de ascender ao céu apontam que é essencial o ministério de mestre (Mateus 28.19, 20; Marcos 16.15, 16; Lucas 24.46-48; João 20.21-23). Ele ordenou aos seus discípulos que "ensinassem todas as nações (...) a guardar todas as coisas" que Ele tinha ordenado.

O discípulo autêntico

O alvo supremo de toda instrução ministrada na igreja não é o conhecimento bíblico em si mesmo, mas uma transformação moral interior da pessoa, que se expressa no amor, na singeleza de coração, numa consciência pura e numa fé sem hipocrisia. A evidência da aprendizagem cristã não é apenas aquilo que a pessoa sabe, mas como ela vive, se há a manifestação da prática da caridade, da pureza e da piedade sincera.

A importância do aprendizado

Paulo apresentou a lista de dons ministeriais, e entre eles há o ministério do ensino (Romanos 12.6-8; 1 Corintios 12.28-29; Efésios 4.11-13).

Os vocacionados para o ministério de ensino são essenciais ao propósito de Deus, são chamados para edificar a Igreja de Cristo. A igreja que rejeita ou descuida do ensino dos mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica não se preocupará com a autenticidade e qualidade da mensagem bíblica e nem pela interpretação correta da doutrina de Cristo.

Sempre será necessário a igreja investir na figura do mestre cristão. Quando o cristão é ensinado a estudar a Bíblia para compreender o mundo e a cultura bíblica, relacioná-la com o mundo do século 21 e aplicá-la à vida das pessoas de maneira competente, o risco de sofrer o engano é reduzido.

Aprendendo de Jesus

O mestre cristão pode produzir condições ideais para uma decisão sincera de fé através do exemplo de técnicas de ensinamentos do Mestre dos mestres. O princípio do ensino de Cristo se pautava na busca das pessoas pelo amor, interesse de ser compreendido, preocupações do cotidiano (Marcos 13.11; Lucas 12.6, 7; 12.24).

Na sociedade de Israel, Jesus, profundo conhecedor das Escrituras Sagradas, ensinava citando o Antigo Testamento. Frequentemente, mencionava as profecias, salmos e provérbios, conteúdos que constituía o fundamento da cultura dos judeus.  Nos dias de hoje se o ouvinte não tiver algum conhecimento bíblico terá dificuldade em entender as passagens veterotestamentárias. Assim sendo, além de observar o nível dos esquemas e das estruturas nas técnicas de ensinamentos de Jesus, é importante analisar o que estava por trás de suas ações e palavras.

Jesus era bem informado sobre as circunstâncias sociais, políticas e espirituais de sua época. Empregando bem as palavras, ensinou sobre a política, as prevenções contra o materialismo e confrontou os discípulos a respeito do verdadeiro sentido da vida humana. Ele não ensinava uma doutrina abstrata, teórica e distante do cotidiano das pessoas com quem se comunicava, era específico e interpelava os ouvintes de forma extremamente direta com instruções claras.

Não podemos forçar ninguém a ouvir e querer aprender e crer, não temos condições de convencer ninguém e de modo logicamente inatacável a necessidade de seguir a doutrina de Cristo. Porém, assim como Jesus, o mestre cristão do século 21 pode ensinar com amor em benefício do outro, adotar em suas correlações sociais o ensino bíblico eficaz, sem visar interesses próprios, atingindo urgências existenciais do dias contemporâneos.

A matéria de ensino é a Palavra de Deus, poderosa em si mesma, totalmente capaz de produzir resultados benéficos em quem queira recebê-la (Jeremias 23.29; Hebreus 4.12-13).

Doutores na Igreja 

Na Igreja Primitiva, os apóstolos ensinavam e se mantinham em jejum e oração (Atos 13.1).

Os doutores ou mestres são aqueles que têm de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus, com a finalidade de edificar o corpo de Cristo, produzir crescimento integral aos novos crentes. (Efésios 4.12).

Em 1 Timóteo 1.5 lemos que o alvo da instrução cristã é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência e de uma fé não fingida.

Nos dias atuais, muitos pastores, dirigentes de igreja, missionários, pregadores da Palavra, e qualquer pessoa dedicada e disposta a ensinar as Escrituras Sagradas são portadores do ministério de mestre.

A responsabilidade do mestre 

A doutrina dos apóstolos tratava-se do conjunto de ensinos de Cristo ministrados por eles, eficazmente.

A missão dos mestres é defender e preservar, mediante a ajuda do Espírito Santo, o evangelho que lhes foi confiado. Têm o dever de fielmente conduzir a igreja à revelação bíblica e a mensagem original de Cristo e dos apóstolos e nisto perseverar (2 Timóteo 1.11-14). No juízo, os mestres cristãos serão julgados com maior rigor e mais exigência do que os demais crentes. Quem ensina, precisa compreender que ninguém na igreja tem uma responsabilidade maior do que quem leciona sobre a Palavra de Deus ((Tiago 3.1). 

Doutores sem entendimento (1 Timóteo 1.6, 7) 

O mestre na Palavra de Deus deve ser uma pessoa cuja vida seja uma demonstração de perseverança na verdade, na fé, e na santidade (1 Timóteo 3.1-13). Nem todos são doutores da Palavra e alguns são falsos doutores cristãos, pois seus ensinamentos não são os de Cristo (Efésios 4.11-13; 2 Timóteo 4.3).

Conclusão

Para quem pensa ser prejudicial à vida espiritual estudar a Bíblia com seriedade deveria pensar na elaboração das traduções bíblicas, por exemplo, disponíveis no Brasil. Se não houvessem homens e mulheres levantados por Deus e versados na erudição (línguas hebraica, grega, aramaica, egípcia e outras; a cultura oriental; a arqueologia para se achar manuscritos dos mais antigos possíveis), por certo, nã
o teríamos a Bíblia traduzida em nosso idioma. Por isso, valorize quem se esmera por conhecer mais as Escrituras.

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Pentecostal, páginas 1816, 1864, 1929, impressão 1996, Flórida / USA (CPAD).
Conquistando como o Mestre, Dr. Gerhard Scheibel, página 85, 86, edição 2000, Curitiba, (EFE- Editora Evangélica Esperança). 
Ensinador Cristão, ano 15, nº 58, página 41, abril-junho de 2014, Rio de Janeiro (CPAD)
Lições Bíblicas-professor, Elinaldo Renovato, 2º trimestre de 2014, páginas 69-76, Rio de Janeiro (CPAD). 
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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Para ouvir a voz de Deus



O mundo, sistema de rebelião contra Deus, tem seu estilo próprio de conduta. Portanto, não é possível amar ao Senhor de verdade e ao mesmo tempo ser parte do estilo de vida mundano.

 A ação de ouvir ao Pai Eterno não se consiste em fazer uso do aparelho auditivo. É ter a disposição de conhecer o que Ele deseja e atender ao que propõe. Sua vontade está registrada nas Escrituras Sagradas. Dar ouvidos, é o mesmo que abrir a Bíblia Sagrada para ler com a intenção de conhecer e obedecer ao conteúdo escrito.

Para ser agradável a Deus não basta ser religioso, e preciso ser espiritual

E.A.G.

Então e assim - reflexão no livro de Jó, capítulo 42.10-12

Ao conversar ontem pela manhã com uma pessoa muito estimada, senti a necessidade de mostrar textos bíblicos referentes a relação de dar e receber. Citei Jó e Jesus Cristo.

"E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. Então vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram acerca de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e um pendente de ouro. E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas" - Jó 42.10-12.

O cativeiro

Por cativeiro, podemos considerar um lugar ou o tempo que uma pessoa permanece sem liberdade. Esta é a descrição que o escritor do Livro de Jó faz da situação em que Jó se encontrava.

No primeiro capítulo, o escritor do livro escreveu: "Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente" - Jó 1.1-3.

Sobre cativos, temos a seguinte profecia: "Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios. Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas" - Isaías 42.5-7.

Jesus Cristo identificou-se com esta profecia: "E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos" - Lucas 4.17-21.

Todos os dias restantes de Jó

"Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando" - Salmos 90.10.

Notamos que o termo cativeiro é usado em Jó 42.5-7 de maneira figurada. O patriarca não estava dentro de uma cela, sofria com grave doença, pela perda da família e perda da condição financeira privilegiada. Mesmo nestas condições, tinha forças para orar em favor dos amigos. Depois da oração, todas as amizades que o conheciam antes do seu sofrimento foram visitá-lo em sua casa, e em sinal de comunhão todos comeram pão juntos. Após a refeição, os visitantes sentiram compaixão de Jó e tomaram a decisão de agir para ajudá-lo, e essa ajuda aconteceu através de compartilhamento de bens ao ponto dele ficar em condição financeira melhor do que antes das aflições que o acometeram e o empobreceram.

A narrativa bíblica não revela como Jó recuperou-se da doença, mas mostra que experimentou novo vigor físico, pois voltou a casar-se e teve dez filhos, sendo que três eram mulheres muito bonitas e faleceu em idade avançada, aos  cento e quarenta anos, tempo de longevidade em dobro de anos considerados normais ao ser humano. Em sua velhice, teve plenas condições de ver o crescimento de sua família até os tataranetos. E o livro termina com essas palavras: "Então morreu Jó, velho e farto de dias."

As bênçãos que Deus te dá

Não cabe ao cristão ter a esperança de ser abençoado apenas no plano desta vida, como também desprezar as bênçãos de ordem material.

Para instruir sobre as bênçãos que Deus nos dá, Jesus Cristo usou como ilustração as figuras do agricultor e do cesto de sementes usado como forma de medir porções no mercado. O agricultor generoso, no momento da compra de grãos recebe o produto de maneira extremamente generosa. "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo" - Lucas 6.38.

As bem-aventuranças em dar e receber

"Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" - Atos 20.35. Lucas, relatou uma exortação do apóstolo Paulo, em que ele discursa sobre coisas da esfera material, e nesta exortação relembra as palavras de Cristo sobre bem-aventurança. E fica claro que são felizes tanto quem dá quanto quem recebe.

Escrevendo aos crentes da cidade de Filipos, 4.13, Paulo afirmou ter condições de viver bem, espiritualmente, tanto passando necessidade quanto tendo sobras, ser alguém pobre ou rico. Nós também devemos ter a mesma estrutura espiritual dele. São muitas as vezes na vida em que podemos servir de instrumento de Deus para abençoar outros, tal qual fizeram as amizades de Jó. E poderá existir vezes em que estaremos em posição parecida com a do patriarca, em que será preciso ter o coração humilde para receber a bênção que o Senhor quer nos entregar por intermédio de pessoas perto de nós. Assim sendo, estejamos prontos para dar e também para receber. Na primeira e na segunda condição somos pessoas bem-aventuradas.

Ninguém, mesmo que esteja longe do estado de extrema necessidade, deve dizer "eu não preciso", porque o Senhor é bondoso e muitas vezes não se satisfaz com o nosso cesto cheio, quer que seja recalcado (espremer o produto para baixo e colocar mais), sacudí-lo, e fazê-lo transbordar.

E.A.G.