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quinta-feira, 3 de março de 2011

Bíblia - Deus dá e tira jóias de mulheres - o costume da igreja considerar o uso delas como pecado

Alguns cristãos radicais proibem mulheres de usar brincos, pulseiras, anéis, etc. Afirmam que isso é costume pecaminoso, coisa de gente do mundo.

Jóias não são do diabo porque, inclusive, Deus as aceitou como ofertas voluntárias para o Tabernáculo: "Então toda a comunidade de Israel saiu da presença de Moisés, e todos os que estavam dispostos, cujo coração os impeliu a isso, trouxeram uma oferta ao Senhor para a obra na Tenda do Encontro, para todos os seus serviços e para as vestes sagradas. Todos os que se dispuseram, tanto homens como mulheres, trouxeram jóias de ouro de todos os tipos: broches, brincos, anéis e ornamentos; e apresentaram seus objetos de ouro como oferta ritualmente movida perante o Senhor" - Êxodo 35.20-22 (NVI). 
  
O santuário provisório do Senhor, em parte, foi construído com as jóias do povo israelita. Imagine, então, o que ocorreu quando houve a construção do Templo, obra confiada à administração do rei Salomão, pois era maior e sabidamente mais luxuosa.

Os pregadores radicais, que proíbem uso de ornamentos, para basear suas proibições, utilizam o texto bíblico do livro de Isaías, capítulo 3, versículos 16 ao 24. Mas o caso das mulheres de Sião não tem paralelo com o nosso tempo.

Não é possível fazer nenhuma comparação. Àquelas mulheres eram de outra cultura, eram israelitas, não eram brasileiras. Os costumes dos cidadãos israelitas judeus, contemporâneos do profeta Isaías, não são iguais aos da igreja evangélica brasileira, situada abaixo da linha do equador, existente entre os séculos 20 e 21. Quem quiser usar tal passagem bíblica para defender a cartilha de podes-não-podes comete a famosa eisegese (erro de interpretação bíblica).

E mais:

• Em nenhuma parte do texto onde encontramos a citação das mulheres de Sião, é mencionado a questão delas promoverem sedução para sexo ilícito, como alguns pregadores equivocados dizem que elas faziam, com o pretexto de associar o uso de enfeites com mulheres de péssimo caráter. O texto bíblico diz que sete mulheres pedem um homem em casamento. Lemos em Isaías 4.1 elas pedirem para “ser chamada pelo seu nome”, isso significa pedido de casamento.

• Em nenhuma parte das Escrituras existe censura quanto às vestimentas dessas mulheres. Deus tira delas as roupas de luxo e os enfeites de valores porque a posse deles eram resultado de bênçãos recebidas quando elas eram fiéis ao Senhor. Foi tirado porque elas se tornarem altivas, orgulhosas (Isaías 3.16). Inclusive Deus tirou delas a facilidade de casar e ter filhos (4.1).

Na passagem bíblica do livro de Ezequiel, 16.8-14, vemos Deus fazendo o contrário, Ele abençoa uma mulher dando a ela vestes luxuosas, braceletes, colar, brincos, enfeites de ouro e prata, coroa de rainha!

Logicamente, nunca presenciei um pregador defensor de usos e costumes fazer uso desse texto em pregação (mas o texto é Palavra de Deus!).

Enfim, qualquer exagero, seja de uso enfeites ou outras coisas, nos torna extremistas, assim como o inverso. . O pecado não está em usar enfeites propriamente, mas sim na prática do radicalismo. Qualquer exagero resulta em problemas, seja para mais ou para menos, e é isso que nos impede de conviver com o bom tesouro no interior de nossos corações - a Jóia das jóias, Jesus Cristo.

E.A.G.

A tentativa de imposição de usos e costumes no ano do centenário das Assembleias de Deus no Brasil

O quê é combatido neste artigo? 
Eu combato a imposição de usos e costumes por parte de lideranças evangélicas, entendendo que tal prática é um anátema. 
 
Eu combato a doutrina humana de quem afirma que para ir para ao céu é preciso usar uma espécie de grife de roupas... Ora, esse tipo de fé  não é a mesma que emana da Palavra de Deus. A Bíblia diz que Jesus é o caminho para o céu (João 14.6), quem invocar o nome de Jesus será salvo (Atos 2.21; Romanos 10.13). Não está escrito em nenhuma parte da Bíblia que para ser salvo é necessário adotar costumes impostos por alguma denominação evangélica. O ensinamento sobre usos e costumes não faz parte das Boas Novas apresentadas pelo Senhor.

A obrigatoriedade de seguir uma cartilha de “podes-não-podes”, a firmeza para manter uma identidade denominacional, nunca foi instituída por Jesus Cristo e nem pelos apóstolos da Igreja Primitiva. É clara essa constatação. Ora, não existiam denominações evangélicas no tempo de Jesus e nem dos apóstolos; esta cartillha de imposições não está contida nas cartas pastorais encontradas no Novo Testamento; a cartilha denominacional foi escrita no século 20. 

Entendemos que a imposição de usos e costumes é um fardo, não é prova de santidade do praticante.


• O quê não combatemos neste artigo? 

Defendemos a liberdade e não a libertinagem; a descência e não a indecência. 

Se uma pessoa se sente bem dentro dos padrões da cartilha de imposições denominacionais, vive voluntariamente neste estilo rígido procurando agradar a Deus, tudo bem para ela. Penso assim  lembrando-me de Romanos 14.6.

Mas, essa escolha passa a ser um equívoco, e então merece veemente censura, quando a pessoa considera que tal filosofia religiosa transforma-a em alguém mais santa do que as que não vivem de maneira igual. E que por viver conforme o figurino da igreja que frequenta, então, está salva.

• Caprichos e abuso de autoridade
Para que se mantenha o capricho de líderes, que é a vontade deles em manter a identidade denominacional, criou-se a cartilha de "podes-não-podes". A finalidade dessa cartilha é padronizar os costumes de membros da denominação evangélica.

E para fazer prevalecer os mandamentos dessa cartilha, criada por líderes evangélicos considerados pastores, muitas ovelhas são excluídas do ambiente da congregação, arbitrariamente, sem nenhum amor cristão. Esses líderes parecem amar mais a instituição humana a que pertencem do que amam as almas por quem Jesus Cristo morreu na cruz!

É digno de nota o seguinte: se a ovelha considerada infratora de regras da cartilha de “podes-não-podes” for uma pessoa com poder aquisitivo alto, se ela estiver listada como dizimista da denominação, então as infrações dela serão postas de lado, ela tende a não ser punida como as outras ovelhas pobrezinhas. Eu afirmo isso baseado em informação de um pastor assembleiano, dirigente de igrejas na região oeste da cidade de São Paulo.

• Eisegese assembleiana
A cartilha de "podes-não-podes" criou  novas modalidades de pecados.

Muitas ovelhas que não se curvam aos mandamentos da cartilha de “podes-não-podes” são acusadas de desobedecerem a doutrina de Jesus Cristo. É importante frisar que em nenhuma parte do Novo Testamento existe exclusão igual, esse tipo de ação é atitude estranhíssima dentro da Igreja de Cristo, e totalmente peculiar à denominação em algumas partes do território brasileiro, mas não pertence ao Evangelho, não faz parte do organismo vivo e espiritual que é o Corpo de Jesus Cristo.

Os líderes, querendo sustentar autoridade nesta questão de impor usos e costumes no cotidiano da igreja, fazem exclusões de membros que desobedecem proibições de cortes e pinturas de cabelos, depilação de sobrancelhas, uso de estilo de roupas, uso de jóias ou bijouterias, maquiagem. Para isso, usam textos bíblicos descontextualizados.


É erro grave pensar que desprezar a cartilha de "podes-não-podes" seja pecado; é um erro considerar a cartilha de "podes-não-podes" como doutrina de Jesus Cristo. O Evangelho do Senhor é essencial, insubstituível, é superior aos usos e costumes.
• Motivos de exclusão registrados no Novo Testamento.
Inimizades

Jesus Cristo disse: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” - Mateus 18.15-18.

Nota: Jesus Cristo ensina como tratar quem erra contra nós. Deve ser com amor, com muita benignidade, muita mansidão e humildade. Jesus instrui a usar o respeito, a dar todas as oportunidades para quem está errando se consertar. Primeiro, o cristão precisa tomar a atitude de ir conversar em particular com quem está em erro, depois, caso não houver reconciliação, com duas testemunhas, e, por último, se não houve conserto na relação, levar o caso publicamente para a Igreja.

Sexo ilícito

O apóstolo Paulo escreveu: “Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus” - 1ª Coríntios 5.1-5.

Nota: A mulher envolvida não recebeu exclusão. Mas, o homem sim, ele é apontado como fornicário e abusador da esposa de seu pai! Isso é muito grave, a descrição do caso indica que poderia ser um estuprador.
 

• O anátema dentro da doutrina denominacional assembleiana

E, sem medo de errar, com toda sobriedade, podemos afirmar que, na mente de líderes defensores de usos e costumes, essa cartilha é uma espécie de acréscimo às Escrituras Sagradas . Parece que estes líderes, determinados a excluir ovelhas, fazem a exclusão considerando a cartilha denominacional no mesmo nível de autoridade espiritual que a Palavra de Deus possui.

E, então, nesta prática, extrapolam o que as Escrituras permitem, pois seguem orientações extra-bíblicas quanto ao tratamento dispensado às ovelhas que não são deles, pertencem ao Senhor Jesus Cristo.

E, nessa situação, a Bíblia faz advertências:

“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso” - Provérbios 30.5-6.

“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” - Apocalípse 22.18-19.

• Conclusão
Não estamos fazendo defesa do pecado. Não fazemos defesa de pecado nenhum!

Frisamos que as regras religiosas, inventadas por homens, são iguais panos velhos e sujos, são imprestáveis e nojentas aos olhos de nosso Deus (Isaías 64.6).

A prostituição e lascívia, e outros pecados, são praticados tanto por pessoas que usam quanto pelas que desprezam os usos e costumes denominacionais. A cartilha de "podes-não-podes" não evita que as pessoas pequem, não converte seu praticante em pessoa santa. Só Jesus liberta! Só o sangue de Cristo é capaz de purificar o pecador (1ª João 1.8-9). 


E.A.G.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Mateus 18.18-19 - bastam apenas que dois concordem na terra para ser feito por Deus no céu?

“Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” - Mateus 18.18-19.

Concordância: a etimologia dessa palavra remete ao coração, no sentido de pensar igual ao outro, com bastante união.

Mateus 18.18-19 é um texto bem específico e claro ao falar sobre unidade e comunhão fraternal entre os santos. A união que Deus se agrada é composta por aqueles que o amam acima de todas as coisas e pessoas, por quem ama o semelhante como a si mesmo.

Ao ler os versículos anteriores neste capítulo, encontramos a descrição de como são as pessoas agradáveis aos olhos do Pai que está no céu.

Jesus Cristo aborda a necessidade do cristão ser humilde como as crianças e amá-las (vers. 3, 4, 10); alerta sobre o cuidado para não provocar o tropeço do próximo (vers. 6, 7), sinaliza sobre a necessidade da renúncia e a não praticar desprezo e nem viver em ódio (vers. 8, 9); e ensina como tratar a ofensa de um irmão (vers. 15-17).

No Salmo 133, podemos ler que havendo união dos servos de Deus, ali o Senhor determina que haja a vida e bênção eternas. Deus tem prazer em abençoar quem é seu servo. A unidade dos santos em uma oração de concordância é atendida como de forma automática quando as pessoas que oram são tementes e fazem a vontade do Senhor voluntariamente (João 9.31).

O que é pretexto?

Diz um provérbio: texto sem contexto é pretexto para heresias.

Pretexto: razão aparente que se alega para encobrir o verdadeiro motivo por que se fez ou deixou de fazer alguma coisa.

Em Gênesis encontramos a primeira distorção da Palavra de Deus. Conversando com Eva, com pretexto de prejudicar mas se comportando como se tivesse intenções boas, encobrindo o objetivo que tinha em mente, a serpente distorceu o sentido do que Deus havia dito para Adão sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal, e assim induziu o primeiro casal da raça humana a pecar.

Jesus Cristo criticou escribas e fariseus por usarem desse subterfúgio. Eles iam às casas de viúvas, fingiam que o objetivo era espiritual e oravam, mas a intenção verdadeira de visita era devorar o que as mulheres tinham.

A importância do uso do contexto da Palavra

A Palavra do Senhor manda que façamos tudo em nome do Senhor, e também que não usemos o nome dEle em vão. Êxodo 20.7; Colossenses 3.17.

Existem associações boas e ruins neste mundo, ambas usando o nome do Senhor. É preciso ter discernimento espiritual para entender qual associação usa o nome de Deus fundamentada na vontade dEle e qual usa o nome do Senhor em vão.

Todos os dias, textos bíblicos descontextualizados são usados para fins nada espirituais. A Bíblia Sagrada é repleta de textos que são usados para pretextos fora da vontade divina. Para não cair nas ciladas do diabo, todo cristão precisa contextualizar a leitura bíblica e as mensagens de pregação, porque nenhum texto bíblico é de particular interpretação (2 Pedro 1.20).
 
Quando a unidade representa consenso para praticar o mal

Há quem se reúna para cometer atrocidades, e faz isso usando o nome do Senhor em vão.

Por muitos anos, uma igreja tradicional apoiou a escravidão e segregação racial nos Estados Unidos. Essa igreja tinha uma espécie de associação conhecida como Ku Klux Klan. Homens se vestiam com mantos e capuzes brancos e perseguiam os negros para torturá-los e matá-los. Antes das atrocidades, oravam, faziam uma oração da concordância.

Deus não volta sua palavra atrás, mandou amar, e jamais consentirá com quem se reúna e entre em consenso de oração para praticar o ódio, o mal contra os semelhantes.

Lembremos do Salmo 1 e de 1 Corintios 15.33. Todas as conversações (acordos) que contrariam o mandamento de amor ao próximo são acordos com o uso do nome do Senhor em vão.

Deus não ouve os pecadores. Por quê? Quem não é temente ao Senhor não tem em seu coração objetivos compatíveis com os planos divinos. Aqueles que oram por motivos errados, buscando satisfazer prazeres egoístas, são pessoas que não amam ao próximo, então não estão em condições de serem atendidas (Tiago 4.1-3).

Conclusão

Infelizmente, Mateus 18.18-19 é um texto que tem sido usado como base para ajuntamento de religiosos com objetivos de cometer muitas barbaridades e declarar ações nefastas como se fossem realizadas segundo a concordância de Deus.

Nem todo assunto que é concordado em oração aqui na terra é concordado por Deus lá no céu. Mas, na religião ao redor do mundo, durante séculos, existiram homens com a bíblia na mão produzindo situações perversas, e declarando que agiam em acordo com Deus. E isso ainda acontece nos dias atuais.

Quando um grupo ora ao Pai que está no céu, todos os presentes estão em pleno acordo, mas essa concordância não é compatível com a vontade divina expressada nas Escrituras Sagradas, tal unidade não pode ser considerada uma comunhão em torno do nome de Jesus Cristo. Em reuniões desse tipo Jesus não se faz presente em comunhão, e as orações não são atendidas pelo Pai.

E.A.G.

terça-feira, 1 de março de 2011

REFLEXÃO EM ISAÍAS 3.6-24: A VAIDADE DAS MULHERES EM SIÃO

A passagem é  uma sentença de juízo do Senhor contra mulheres orgulhosas. Trata da condição pecaminosa que existia no interior do coração de sete mulheres ricas, egoístas, que praticavam cultos ao Senhor e ao mesmo tempo a deuses estranhos.

Os capítulos 1 à 4 do livro de Isaías são complementares, possuem um raciocínio crescente, trazem a mensagem sobre o castigo divino e a glória futura sobre os israelitas..

Quando o profeta escreveu essas passagens, Sião era uma sociedade afundada em devassidão. O desprezo pelas coisas santas gerou a ira só Senhor contra a nação de Israel e então Isaías é levado a anunciar o juízo que viria em consequência da filosofia devassa que o povo vivia.

No capítulo 4.1, lemos: “E sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos do que é nosso; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio”

“Sete mulheres para um homem”: O contexto do versículo em foco, põe em vista a situação das mesmas mulheres, do capítulo 3, versos 6 ao 24. As tais mulheres possuíam recursos financeiros. A vergonha delas não tinha origem em escassez e pobreza.

Importante: o termo “cascavelando” (encontrado em 3.16 da versão Almeida Corrigida) é fruto de uma tradução falha de João Ferreira de Almeida. Não existe nos originais das Escrituras tal expressão.

Na cultura hebraica, não havia maior humilhação para as mulheres do que não gerar filhos. Não ter marido e filhos era humilhante e vergonhoso para a mulher judia nos tempos do profeta, elas eram tratadas vergonhosamente, ficavam sujeitas à opressão (Gênesis 30.23; 1º Samuel 1.6). Então, aparentemente, essas sete mulheres desejavam que os filhos desfizessem a imagem de opróbrio que se encontravam.

A guerra suscitou a revolta social, com o quadro dessas sete mulheres agarrando um homem só, Essa situação aconteceu porque o conflito com nações estrangeiras fez sobrevir e dizimar a população masculina de Israel subitamente (3.25; 13.12), deixando as mulheres com a dupla desonra de serem viúvas rejeitadas e destituítas filhos (54.4).

A nota de rodapé da Bíblia de Charles C. Ryrie, diz que as guerras eliminaram tantos homens que, em última análise, as mulheres se dispuseram a sustentar a si mesmas e com isso se casar e escapar da vergonha de não ser mães.

Em 4.2, é anunciando que depois do juízo viria a salvação. Após a caótica luta dessas mulheres, surge no livro de Isaías a primeira menção sobre Jesus Cristo. Ele é mencionado como o Renovo, aquele que é capaz de libertar o ser humano de suas vergonhas e pecados.
 
E.A.G. 

Gunnar Vingren - A brevidade da vida

Gunnar Vingren
Oh! como é tão curta a nossa vida aqui! Também, como é tão certo o comparecer em breve perante o tribunal de Deus, Juíz dos juízes!

Quem poderá afirmar com certeza que ainda amanhã estará com vida? Mais cedo do que possamos pensar, eis que a morte nos surpreende, mostrando-nos a eternidade.

Por que motivo, pois, não pensamos em tão importante assunto? Se o homem refletisse um momento sobre o destino da sua alma e na incerteza do dia do amanhã, é bem certo que em melhores coisas empregaria o seu tempo aqui no mundo.

Então saberia com mais diligência negociar com os "talentos" que Deus lhe confiou, não para enterrá-los, mas para com eles granjear outros para a honra e glória do seu Senhor.

Foi Deus quem nos deu a vida e que também no-la requererá um dia. Que tristeza será aquele que, rejeitando o propósito de Deus para consigo, ter que pronunciar depois entre lágrimas, a sua própria condenação com as seguintes palavras "desprezei a salvação oferecida por Deus; sou eu o único culpado".

Entretanto o que viver para Jesus e for fiel em todas as coisas que lhe foram confiadas, ceifará com gozo a vida eterna.

E.A.G.

Fonte: revista O Obreiro, nº 14, janeiro/março de 1981 (CPAD) via Bíblia de Modo Fácil. 
Nota do Editor: Bíblia de Modo Fácil foi uma comunidade que existiu na extinta rede social Orkut.