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sábado, 3 de dezembro de 2016

A caminho da felicidade

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A felicidade se constrói, não acontece por acaso. Nenhuma obra significativa acontece sem planejamento e nenhuma conquista de valor é alcançada sem esforço.

Cumpre-nos agora abrir caminho para a felicidade. Para isso fiz uma seleção de desafios ou metas que nos acompanharão por toda vida. São boas sugestões para resoluções de passagem de ano, porém, são úteis como resoluções diárias.

Escolho ser feliz. Não terei pena de mim mesmo, entregando-me ao derrotismo,mas encararei minha vida como uma obra a ser aperfeiçoada. Escolherei, com a ajuda de Deus, alvos excelentes para mim e os perseguirei.

Reconheço que preciso de Deus para tudo. Confiarei em seu amor e poder para me guiar. Permitirei que os outros me ensinem o que não sei e serei grato pela ajuda deles. Servirei a todos com o meu melhor.

Vou me importar com o que precisa ser corrigido, tanto em mim quanto ao meu redor. Quero reconhecer os meus erros no esforço de sempre melhorar como pessoa, pois sei que sou precioso para Deus e não posso desistir da vida que Ele me deu.

Vou me preocupar também com os que sofrem e farei todo o esforço possível para lhes trazer conforto. Deixarei Deus usar a minha vida para o bem de todos.

Evitarei trazer desconforto desnecessária ao meu próximo Não fugirei do confronto quando preciso, mas evitarei ao máximo oprimir as pessoas.

Resolvo perdoar constante e abundantemente, assim como Deus me perdoa.

Farei limpeza contante de meus pensamentos e intenções, exporei tudo a Jesus e lhe pedirei que me purifique Prestarei conta dos meus atos a pessoas maduras que me ajudarão a viver de modo puro e honesto.

Alinharei minha vida, meus planos à vontade de Deus, para viver em harmonia com Ele, comigo mesmo, com o próximo e com as coisas. Deixarei Deus tratar meus conflitos interiores e me esforçarei para que todos ao meu redor façam o mesmo.

Terei coragem para enfrentar a oposição da maioria quando isso me pressionar a vender meus valores.

Desejo a você a felicidade de uma vida plena, a bem aventurança apresentada por Jesus e a sabedoria para torná-las uma realidade em seu viver diário. Deus o abençoe.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de dezembro, Curitiba (Luz e Vida). 
A caminho da felicidade
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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A felicidade é o plano de Deus para você

Ser bem-aventurado é ter vida plena, realizada, harmoniosa, verdadeira, sem desculpas ou maquiagens. A vida dentro do padrão de Deus é boa. Nosso Criador não é chato, ranzinza ou implicante. Suas leis facilitam a vida e não a complicam. Por isso Jesus nos convida a essas bem-aventuras. Elas revelam um caminho secreto para a vida plena, a restaurarão dos padrões originais que ele desejou para nós. O Pai Celestial não quer que nos arrastemos pela vida, apenas sobrevivendo ao sofrimento e à dor que muitas vezes nós mesmos nos causamos.

Por meio do profeta, Deus fala: "Só eu conheço os planos que tenho para vocês; prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança" (Jeremias 29.11). Deus nos ama e deseja a nossa felicidade. Mas só a encontraremos dentro do plano que ele traçou para nós. Não ouvir os conselhos do Senhor induz ao erro por nosso julgamento limitado. "Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando à morte" (Provérbios 14.12).

O apóstolo Paulo exorta:"Não vivam como vivem as pessoas desse mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês" Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele" (Romanos 12.2). Isso mesmo" A vontade de Deus é boa (justa), agradável (suave, bela) e perfeita (coerente, lógica, harmoniosa). 

A felicidade não está no que nos acontece, nem nos bens adquiridos, nem nas nossas realizações, mas vem do interior. Em cada decisão da vida está presente a opção pela felicidade ou infelicidade. Se escolhemos nossos próprios caminhos e não a vontade do Criador, encontramos a infelicidade, a desarmonia, a ausência de paz. Se optamos pela vontade dele, encontramos a realização do propósito da vida e, com ela, a felicidade.

As decisões que tomamos trazem um duplo efeito sobre nós: primeiro, revelam o que já está dentro de nós, que ocupa o nosso coração: desejos escondidos e vontades interiores, por vezes inconfessáveis. Também revelam um caráter forte e sabedoria quando não decidimos pela conveniência imediata, mas por aquilo que é correto. Em segundo lugar, as nossas decisões moldam o nosso caráter, definem em quem nos tornaremos com o decorrer do tempo. Você acaba se tornando a soma de todas as decisões de sua vida.

Ser feliz é encontrar a harmonia na vida. Somente o Criador pode trazer esta harmonia, e isso acontece somente quando alinho as minhas escolhas ao seu propósito. Nas mãos dele, encontro harmonia de propósito, harmonia relacional com o Criador, comigo mesmo e com o meu próximo e harmonia situacional, pois o meu mundo exterior é reflexo do interior. A felicidade foi planejada por Deus para você" A escolha de confiar na bondade divina, porém, está em suas mãos. Se o deixar conduzir seus caminhos, será bem-aventurado!

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de novembro, Curitiba (Luz e Vida).

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça

Donald Zolan. Menino sentado em pneu, com aparência enfurecida.
A mensagem de Jesus contraria o senso comum. Como pode alguém perseguido e maltratado ser feliz? Essa bem-aventurança é a única que trata de uma ação sofrida, não de uma escolha anterior. Mesmo assim, ela é causada  pela manifestação de caráter.

O que causa a perseguição? Jesus não trata dos que são perseguidos por causa de sua rebeldia, obstinação ou maldade. A causa da perseguição é a justiça. O contraste entre a vida de uma pessoa que pratica a justiça e outra que leva uma vida de pecados e egoísmo é suficiente para incitar perseguições. O contraste condena; é insuportável para os que amam a injustiça. Neste mundo, quem vive e pratica a justiça de Deus enfrenta o ódio do inferno.

Estar sob esse tipo de perseguição revela a capacidade de dizer "não" à pressão da maioria. É preciso força de caráter para permanecer fiel em meio a uma multidão  que já vendeu seus valores. É preciso também uma convicção muito forte para sofrer dano por causa do compromisso com Deus. A perseguição revela coragem para ser e fazer a diferença, bem como a certeza de uma recompensa maior, nem sempre imediata.

Os perseguidos são felizes porque a perseguição revela que eles não pertencem a este mundo, mas o Reino que Deus veio estabelecer aqui: um Reino que não tem fim, eterno.

Sua recompensa esta, tanto aqui quanto em sua morada eterna junto a Deus. Já nesta vida, em meio ao sofrimento, terão a alegria da companhia de seu Senhor e a promessa de que receberão cem vezes mais o que perderam por seu amor ao Reino de Deus. Mas sua verdadeira recompensa já está reservada num lugar de onde nunca lhes será roubada. Felizes são os perseguidos!

E.A.G.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de outubro, Curitiba (Luz e Vida).  

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Bem-aventurados os pacificadores

Bem-aventurados os pacificadores
A paz é tão importante que são feitas passeatas pedindo paz; políticos a discutem e há até um Prêmio Nobel da Paz. Muitos tentaram estabelecer a paz, mas o resultado foi desastroso. O império Romano instituiu a "Pax Romana" aniquilando toda e qualquer resistência. No século 19, curiosamente, deram ao recém-inventado revólver Colt o nome de "Peacemaker" (pacificador). O Império Romano e o revólver falharam porque apenas reprimiram, não mudaram as pessoas. Sob a paz aparente os corações fervilhavam. O Império Romano ruiu em revoluções violentas e o revólver tem servido mais para o crime do que à lei.

Mais que ausência de conflitos, paz é um estado de ordem e harmonia interior. Um pintor retratou a paz como uma rocha à beira-mar e, violenta tempestade. Em uma fenda repousava tranquila uma pomba em seu ninho enquanto os elementos em fúria rugiam. Isso é paz! Mesmo em meio à tempestade possuir tranquilidade interior.

A paz é, sobretudo, relacional: é paz com Deus, consigo mesmo e com os outros. Quando todos os relacionamentos entram em harmonia; onde há dignidade, respeito e principalmente amor, ali há paz, segurança, tranquilidade, silêncio interior e ausência de conflitos. Paz, no conceito judaico, significa saúde, prosperidade, também resultantes de harmonia.

Quem está em paz com Deus e consigo mesmo, pode ser um pacificador. Onde tantos criam abismos que separam as pessoas, o pacificador cria pontes que unem, que reconciliam. Jesus veio para estabelecer essa paz. Por meio dele podemos ter a paz com Deus, com nós mesmos e com o próximo. Jesus, o Pacificador Maior, sujeitou-se a um caminho doloroso para que cessasse a inimizade entre criatura e Criador.

Quando o homem se sujeita a Deus, encontra a paz e passa a ser parte da família de Deus, um filho dEle. Não há nada mais maravilhoso do que ver a criatura, encontrando paz com seu Criador. Felizes os pacificadores.

E.A.G.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de setembro, Curitiba (Luz e Vida).  

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Bem-aventurados os limpos de coração


Menina vestindo roupa rosa brinca na neve próxima de um tronco de árvore.

Antigamente cria-se que as memórias, emoções e vontades estavam no coração. Por isso, falamos coisas como: "Sei isto de cor (coração)!" Hoje atribuímos essas capacidades ao cérebro. O homem, porém, não se limita ao seu corpo físico. Possui também alma e espírito. E é na alma que está o centro do ser: a autoconsciência e o livre-arbítrio. É desse "coração" que Jesus fala, da fonte do ser.

O coração é um oceano profundo onde se esconde emoções, sentimentos, memórias e vontades ignorados até pela própria pessoa. Do coração saem as nossas motivações. O coração é a matriz de nossas decisões, reações e vontades. Este oceano está contaminado pelo pecado, que ataca e arruína a vida em seus diferentes aspectos. Necessitamos de limpeza urgente no coração.

Essa limpeza só pode ocorrer por uma intervenção divina. Jesus veio para dar-nos um coração novo, limpo, purificado, livre da força dominadora de nosso egocentrismo e livre para amar e servir. Jesus outorga sua pureza aos que se sujeitam a Ele.

Porém, enquanto ainda vivemos neste corpo mortal, viveremos a dualidade entre a nova realidade que já se iniciou na vida de quem teve a experiência de receber um "novo coração" e a velha realidade da nossa tendência ao egoísmo que busca as vantagens para si.

Todavia, se vivemos em intimidade com Deus, seu Espírito manifestará cada vez mais a pureza de Cristo em nós até que, no dia final, estaremos livres desa velha natureza que tanto nos incomoda.

A felicidade dos limpos de coração é que "eles verão a Deus". Livres do estrago causado pelo pecado, contemplarão ao Criador. Quando isso ocorrer terão encontrado a resposta a todas as perguntas que os torturaram. A alegria de ver o Senhor os livrará de todas as dúvidas. A imagem e a semelhança de Deus, que o pecado corrompeu, finalmente serão restauradas. Todas as dúvidas acabarão, e o tempo de espera terá chegado ao fim. Felizes são os limpos de coração, porque verão a Deus!

E.A.G.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de agosto, Curitiba (Luz e Vida).

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Bem-aventurados os misericordiosos

Bem-aventurado os misericordiosos; Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff. Misericórdia é a capacidade de colocar-se na pele de quem está sofrendo, procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. O misericordioso perdoa injúrias e ofensas e ainda socorre o ofensor; busca transformar ofensores em amigos e irmãos.
As bem-aventuranças formam um crescendo contínuo, uma cadeia progressiva que descreve como são os filhos do Reino de Deus. Pobreza, choro, mansidão, fome... Reconhecer nossa pobreza evita que a vaidade nos cegue, endureça o coração, impeça-nos de reconhecer os erros e sujeitar-nos ao Criador. Corações endurecidos e rebeldes não concedem misericórdia, nem alcançam a misericórdia de Deus. A graça é para todos os mansos; a lei é para os rebeldes.

O misericordioso perdoa injúrias e ofensas e ainda socorre o ofensor; busca transformar ofensores em amigos e irmãos.

Misericórdia também é a capacidade de colocar-se na pele de quem está sofrendo. É procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. É procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. Jesus é sempre o melhor exemplo:sendo Deus, tornou-se hoem e experimentou na pele todas as nossas dores, para então tomar sobre si o castigo que nos estava reservado e trazer-nos paz com Deus.

Nele vemos a misericórdia e a graça lado a lado. Enquanto sua graça nos alcança como pecadores, sua misericórdia nos alcança como sofredores. O misericordioso é alguém atraído pela dor alheia, desejoso de lhe trazer cura.

A indiferença e a falta de perdão matam a alma por dentro. Elas envolvem a alma numa nuvem negra de mágoas, ressentimentos e depressão. São as causas de muitas e graves enfermidades que, não raro, levam à morte. É como o veneno que alguém ingere esperando que, com isso, os outros morram. A alma presa ao arrependimento não consegue ser feliz.

A felicidade vem para os que, livres do egoísmo, abrem-se para o perdão e o amor. Dedicam-se a minimizar a dor dos outros. aquilo que o homem semear, isso ele colherá (Gálatas 6.7).  Quem age com misericórdia encontrará também a misericórdia em farta medida, tanto de Deus quanto dos homens. A vida será graciosa para eles. Deus mesmo se encarregará disso!

E.A.G.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de julho, Curitiba (Luz e Vida). 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Bem-aventurados os famintos por justiça

Bem-aventurados os famintos por justiça. Formação de pessoas desenha a face estilizada de Jesus Cristo.
Normalmente, justiça significa exigir os próprios direitos. Jesus passa bem longe dessa ideia. Ele fala de uma ânsia violenta pela justiça divina, não pela nossa justiça falha, parcial, baseada em emoções que nos fazem ser benevolentes com os que gostamos ou duros e intransigentes com os que nos desagradam. A ênfase é a fome e a sede. Muitos daqueles a quem Jesus falou faziam uma única refeição por dia. A fome e a sede nos ocupa a mente até que a saciemos.

Devemos ter fome de sermos considerados justos diante de Deus, de sermos santos como Ele o é; que Ele nos santifique e purifique de dentro para fora. Para isso, precisamos chegar ao Senhor como mendigos e permitir que Ele nos transforme por completo.

Devemos ter fome de praticar a justiça com o próximo. Dar-lhes o respeito, a honra, a dignidade e os direitos que lhes são devidos. A justiça para com o próximo nos faz servi-los em amor.

Devemos ter fome de justiça social. Diante da pobreza, da miséria, da ignorância e da opressão, os famintos não se calam, mas se levantam em favor dos menos favorecidos.

Devemos ter fome de justiça de Deus, que busca arrependimento e resgate, não vingança e retaliação. Transformar pecadores em santos é justiça maior do que condená-lo ao inferno!

A felicidade está em que "eles serão fartos"! É o resultado natural para quem tem fome e sede dos caminhos do Senhor. Não devemos ter fome e sede de felicidade. Procuramos sempre felicidade, paz, realização. Pagamos um alto preço para alcançá-la, mas ela nunca chega até nós. A felicidade não está no caminho mais fácil, em se acomodar diante da injustiça, da miséria e do pecado, mas no caminho estreito de arrependimento, serviço e socorro ao próximo. Jesus é esse caminho, em que o nosso pecado foi castigado, e a quem devemos sujeita-nos para poder trilhar o caminho da felicidade.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de junho, Curitiba (Luz e Vida).

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Bem-aventurados os mansos


Os mansos não covardes, não são fracos, não são imbecis. Eles são equilibrados o bastante para exibirem coragem, força e inteligência quando existe objetivo nobre e momentos necessários.
Para encontrar a felicidade, Jesus também nos ensina que devemos ser mansos. A mansidão não nos atrai. Vemos o manso como fraco, tímido, sem personalidade, um pau-mandado. O mundo procura a autoafirmação, jamais a mansidão! Muitos são gentis, subservientes e educados apenas por medo ou carência emocional. Mas a mansidão mencionada por Jesus é bem diferente.

O manso é alguém cujo coração foi tratado  a tal ponto que deixou de agir como escravo, toornou-se príncipe. Ele encontrou o tesouro verdadeiro em seu coração, em seu caráter. Essa é a verdadeira força. Então o manso descobre que é capaz de vencer e subjugar inimigos antes invencíveis. Mas ele não se deixa corromper pela experiência do poder.

O escravo, ao alcançar o poder, torna-se tirano e escraviza todos. Ele pode ser temido, mas não é respeitado. Cedo ou tarde vem a sua ruína e desprezo. Ele pode prevalecer pela violência, esperteza, sagacidade ou por ser duro como o ferro. Mas é somente a força de caráter que fará com que seja respeitado, admirado e seguido.

O manso é um príncipe: serve à comunidade aliviando o sofrimento, não o multiplicando. Ele é gentil e amável, não por falta de opção, mas por escolha. Não se torna violento mesmo diante da provocação e injustiça. Não revida, não é ríspido, olha o ofensor com compaixão e misericórdia. A mansidão genuína exige muita coragem e confiança em Deus para abrir mão dos seus direitos.

Eles dizem, como Jesus: "Não seja o que eu quero, mas o que tu, ó Deus, queres" (Mateus 26.42). Por render-se à vontade de seu Senhor, o manso é grandemente usado. Ele vive para servir, acima de tudo, ao seu Criador.

Ele é feliz porque encontrou descanso em Deus. Não tem outro cuidado senão cumprir a vontade de seu Senhor. Ele herdará a terra. Os violentos deste mundo mundo destroem-se mutuamente e desaparecem, mas os mansos, protegidos por Deus, permanecem. A terra que Deus lhes promete está neste mundo, mas também no céu. Lá reinarão juntamente com o seu Senhor. 

O maior exemplo de mansidão é Jesus, o Filho de Deus, Criador dos Céus e da Terra. Bastava-lhe proferir uma palavra e todos os que o injuriavam morreriam imediatamente, mas, em vez disso, orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" e abriu mão dos seus direitos para se tornar o nosso Salvador.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de maio, Curitiba (Luz e Vida).

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Bem-aventurados os que choram

Bem-aventurados os que choram. Mateus 5.4.  Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff.Ilustração: Xícara de chá com uma margarida e uma joaninha preta e amarela sobre uma das pétalas.

Jesus fala de choro convulsivo de dor e perda *, não das lágrimas geradas por boas emoções. Que ligação tem o choro com a felicidade? Para nós, o choro é fruto de dor e infelicidade extrema.

Para entender melhor, vejamos algumas coisas: estar infeliz é diferente de ser infeliz. "Estar" é algo momentâneo, ligado a um evento; "ser" é essência; permanente. "Ser infeliz indica que toda uma existência se perdeu; não cumpriu sua missão, errou o alvo.  Tragédias ou injustiças nos deixam infelizes, mas não precisam nos fazer infelizes. "Estar infeliz" se refere a um evento específico; não à vida como um todo. Por isso o choro pode ser caminho para a felicidade.

O choro pode ser causado por vários sentimentos, como a compaixão e o arrependimento. Arrependimento é a capacidade de julgamento moral sobre as próprias atitudes e o desejo de se corrigir. Compaixão é interesse pelo próximo e desejo de resgatá-lo. Ser frio e insensível é estar morto por dentro. Comover-se diante do sofrimento, chorar pelas misérias (pessoais e dos outros), revela que ainda há vida em nós.

O choro pode indicar um coração quebrantado, com chances de arrependimento e cura, que ainda se importa, ainda quer mudar e fazer mudança. Quem chora, quase sempre é porque se importa. E se realmente se importa, deseja mudar. Se realmente deseja mudar, pagará o preço, estará aberto a rever suas atitudes e a arrepender-se. Este choro resulta de um coração que se quebranta diante de sua miséria pessoal e da miséria humana. Então, volta-se para Deus, disposto a ser transformado pela graça divina. Os quebrantados encontram a graça de Deus, encontram a ternura divina, o favor não merecido que lhes restaura a esperança, cura as feridas e liberta-os para experimentarem o verdadeiro amor. Sendo amados, podem amar o próximo e ajudá-lo.

Somente quem é capaz de chorar pode ser consolado com a certeza do perdão, a cura e a vitória que Deus lhes dará. Aqueles que experimentam as consolações de Deus tornam-se instrumentos do Criador para trazer o alívio e cura aos que sofrem. Quem experimentou e venceu a dor entende melhor a dor de seu semelhante e o ajuda a vencer. Consolamos com as mesmas consolações com que somos consolados (2 Coríntios 1.3-5). Bem aventurados os que choram, pois não estão mortos, insensíveis e frios; ainda conseguem se arrepender e se compadecer.

* - No Grego, pentheo. Esta palavra significa choro em voz alta, convulsivo, pranto por alguém querido que faleceu.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de abril, Curitiba (Luz e Vida).

sábado, 12 de março de 2016

Bem-aventurados os pobres de espírito

Bem-aventurado os pobres de espírito (  ). Menina descalça, com pés no gramado, vê lagarta sobre folha em planta no jardim. Ilustração de Donald Zolan.
Jesus falou: "Felizes são os pobres de espírito". Estranhamos estas palavras; achamos que felizes são os ricos, belos, habilidosos, inteligentes, os que não precisam de nada, nem de ninguém.

"Pobre", indica alguém que não tem absolutamente nada, Jesus não diz que pobre é santo por ser pobre, mas fala do homem que reconhece que depende de Deus para tudo.

Não é o "ter" e o "fazer" que definem  sua identidade e valor; não são suas posses nem suas habilidades, mas o caráter. Devemos viver para Deus e seu Reino, não para nós mesmos. Jesus nos convida a reconhecer nossa dependência dEle. A felicidade, segundo Cristo, começa quando deixamos tudo para segui-lo. Quando todos os recursos somem e nada mais pode ser retido, quando a salvação não pode vir de suas mãos, então o homem pode encontrar a felicidade. O pobre de espírito entende que sua vida não tem propósito fora do Criador. Não há um só recurso que não tenha origem no Criador; nem sequer existiríamos sem Ele.

"Pobreza de espírito" também indica o reconhecimento de que há em nossa vida, coisas que gostaríamos de apagar. Os humildes de espírito se deixam ensinar; reconhecem que precisam de cura e não justificam seus erros. Reconhecer as suas falhas é o início de um processo de cura e libertação interior. Pobreza espiritual é arrependimento na forma mais profunda.

Os pobres de espírito são aqueles que se rendem a Deus. Para eles, Deus é o real tesouro. Deles é o Reino dos Céus, o qual acontece sempre onde prevalece a vontade divina. Se o ego impera, não há Reino. Somente quem reconhece sua condição de pobreza deseja render-se a Deus e ao seu Reino. E onde a vontade de Deus se cumpre, ali há vida, ordem, paz, propósito e felicidade. Felizes são os pobres de espírito.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de março, Curitiba (Luz e Vida). 

domingo, 31 de janeiro de 2016

Diferentes entendimentos da felicidade e suas consequências

Os antigos criam que a felicidade dependia de um deus ou deuses. Os gregos tinham deuses volúveis e cheios de vícios que ora favoreciam, ora desgraçavam as criaturas, bastando para isso um deslize do infeliz mortal.

Havia a deusa romana Fortuna. Segundo a crença pagã, era quem distribuía as riquezas e determinava os destinos. Mas sempre era representada com os olhos vendados, pois tomava suas decisões completamente ao acaso.

Ainda hoje, muitos têm uma visão de um Deus caprichoso e volúvel com o qual temos de barganhar para ganhar seu favor. "Eu faço o que você quer e você faz o que eu quero!"

Embora cheia de crendices, a Idade Média mantinha valores nobres e elevados do Cristianismo, apontando a felicidade como resultante da relação adequada com Deus. Quebrar esse relacionamento trazia infortúnios. A felicidade significava cumprir sua missão. Foi esta a atitude do apóstolo Paulo, que, mesmo sofrendo lutas, perseguição e morte violenta, foi feliz. Ele disse: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" - 2 Timóteo 4.7.

O humanismo renascentista rejeitou os valores absolutos, centrados em Deus, e transformou o homem na medida de todos os valores. Surge o relativismo ético e moral: "Se interessa ao bem da humanidade, é certo!" A felicidade passou a ser a glória e a perfeição humana. Mas que glória em a criatura senão em seu Criador? Fez-se necessário dar novo sentido ao homem, agora sem Deus como referência. Contudo, o tempo e as guerras mundiais eliminaram todo o idealismo humanista: não somos seres gloriosos, somos feras que devoram outras feras. Assim resta apenas sobreviver e tirar o máximo da vida.

Sobre isso, basta ler sobre o pensamento dos positivistas anteriores às grandes guerras e sua crença na sublimidade humana e compará-los aos existencialistas do pós-guerra. Estes últimos afrmam que o homem é um nada, um vazo sem sentido e sem esperança. Notamos facilmente a mudança de pensamento.

Muitos, então, voltaram-se ao hedonismo, pensamento que diz que o sentido da vida está no prazer. "Comamos e bebamos porque amanhã morreremos" (Isaías 22.13; 1 Coríntios 15.32). O prazer e o capital acumulado tornaram-se a única esperança de felicidade no pós-modernismo.

O Cristianismo, porém, insiste que a felicidade se encontra na relação de amor com o Criador e na realização do propósito da vida que Ele nos deu. Deus não é volúvel, inconstante e cheio de caprichos, mas fiel e constantemente amoroso. Aliás, é o seu próprio Filho quem nos dá a receita da felicidade suprema.

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Nota: A palavra hedonismo tem sua raiz no idioma grego, está ligada à "hedoné", que significa prazer.

E.A.G.

Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de fevereio, Curitiba (Luz e Vida).  Publicado no blog com adaptação.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A felicidade do ponto de vista de Deus

O Senhor pode curar o seu coração e o seu corpo.

"Provai e vede que o Senhor é bom, bem aventurado o homem que nele confia" - Salmo 34.8.

Bem aventurado ou feliz é todo aquele que compreende e pratica a mensagem de Jesus.

A felicidade é um grande enigma. Todos a desejam, mas quase ninguém sabe o que ela é. Há um anseio constante em nós que grita por satisfação. e isso tem sido o ponto central da história humana.

O que é isso que o homem busca tanto e do qual só encontra vestígios? De onde vem esse buraco na alma que nos empurra a uma busca sem descanso? Psicólogos e antropólogos afirmam:

"Felicidade é um (...) truque da natureza concebido ao longo de milhões de anos com uma só finalidade: enganar você (...) é uma cenoura pendurada em uma vara de pescar amarrada no nosso corpo. (...) 'A depressão é um mal de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço' afirma o escritor francês Pascal Bruckner, autor do livro A Euforia Perpétua (...) Felicidade está virando um peso; uma fonte terrível de ansiedade".

Os teólogos afirmam que essa busca é motivada pelo vazio de Deus em nós que nos inquieta e nos rouba a paz - outro conceito ligado à felicidade: Se fôssemos fazer uma soma total de toda a matéria (...) escrita pelos mais renomados psicólogos e psiquiatras a respeito da higiene mental (...) e se pudéssemos expressar concisamente estas porções de conhecimento científico puro, na linguagem dos mais iminentes poetas vivos, teríamos um resumo, embora incompleto e desajeitado, do Sermão do Monte. E se comparados um e outro, o primeiro perderia bastante. Pois, há quase dois mil anos, o mundo cristão tem segurado em suas mãos a solução para suas inquietações e improdutividades. Aqui... encontramos a receita para o sucesso humano com otimismo, mente sadia e contentamento.

Vazio de Deus ou um truque? Apresentamos a definição de felicidade do ponto de vista da maior autoridade no assunto; Jesus, o filho de Deus. Ele falou sobre ela no Sermão do Monte. Nosso desejo é que isso o ajude a não só a encontrar alegrias passageiras , mas também a felicidade como expressão de vida.

O que é a felicidade?

Para compreender a felicidade, devemos tirar os elementos estranhos como quem restaura um quadro antigo coberto de sujeira até surgir a imagem verdadeira. A felicidade é um estado emocional? Não! Emoções fazem parte de nós, de nossa inteligência, mas são mutáveis. A felicidade deveria ser contínua, não apenas surtos ocasionais de prazer, alegria, êxtase ou euforia. A euforia atrapalha e impede a concentração que o digam os apaixonados!). É preciso estabilidade emocional para continuar a vida, estudar, edificar o lar ou educar filhos.

Buscar sempre a euforia me faria perder a vida caçando um fantasma que desaparece ao ser tocado. Seria infantil! A vida só se realiza em algo cujo valor justifique sua existência. Os resultados da vida precisam exceder o valor da própria existência para que esta seja plena e feliz. Se viver somente para prazeres, serei vazio. As verdadeiras realizações são relacionais, envolvem os outros, não objetos, nem mesmo pessoas como propriedade. A felicidade precisa ser compartilhada com alguém, é relacional. Não é possível ser feliz só. Se não viver por algo maior, ainda que me divirta muito, sofrerei enorme vazio existencial.

O caminho da felicidade pode passar pelas crises, pois elas nos amadurecem, fazem-nos sábios e melhores. Não há crescimento sem sofrimento e sacrifícios.

A felicidade é, portanto, ligada ao propósito da existência, subproduto de uma vida que cumpre plenamente a missão que Deus lhe deu. Vai além da emoção passageira, independente das circunstâncias; é satisfação com a própria vida. Perguntar: "Eu sou feliz?" trata do próprio sentido da vida: "Cumpro o meu propósito?" "Estou onde deveria estar?" "Sei quem eu deveria ser ou tento ser quem não sou?" "O caminho que trilho dará sentido à minha existência?" Ao conhecer o meu , saberei o caminho da felicidade. Ao conhecer o meu Criador, conhecerei a felicidade.

Deus o abençoe nessa caminhada!

Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de janeiro, Curitiba (Luz e Vida). 

sábado, 19 de dezembro de 2009

Pais e filhos - educação cristã é salvar almas


"Ouça, ó Israel: O SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR: Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-a como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões".

Deuteronômio 6.4-9
[Nova Versão Internacional]