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segunda-feira, 28 de março de 2022

Coisas que não devemos ensinar

É longa, muito longa, a lista de coisas de que estamos dispensados de ensinar, em casa, na escola, onde for. O apóstolo Paulo escrevendo aos filipenses fez esta admirável declaração: "Já aprendi a contentar-me com o que tenho". Filipenses 4.11. Trata-se de uma declaração arrojada que nem todos os homens podem escrever.

O contentamento, seja, quais forem as circunstâncias, deve ser ensinado e cultivado. A declaração do apóstolo

domingo, 1 de agosto de 2021

Não se preocupe!

Por George R. Foster

Tanta gente anda preocupada. Em dias conturbados como estes que vivemos, não é de se entranhar que em determinados momentos, quase todos têm dificuldades de sair do estresse e ficar com o coração aliviado. Não é porque queremos  e muito menos porque decidimos

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

A Rebeldia de Saul e a Rejeição de Deus


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Saul precisava aceitar que o culto verdadeiro era indicado pelo seu comportamento e não pelos seus sacrifícios. Precisava servir a Deus e não aos seus próprios caprichos, mas demonstrou que era uma pessoa que idolatrava a si mesmo e falhou quanto à necessidade de seguir ao Senhor e a mão do Senhor foi contra ele (1 Samuel 12.13-15).

I - DEFINIÇÃO DE REBELDIA

1. Conceito.

Rebeldia é o mesmo que insubordinação. No caso de Saul, registrado em 1 Samuel 15.1-31, a rebeldia está manifestada em sua decisão de não subordinar-se a Deus quando recebeu ordenanças com relação a executar o juízo divino sobre a hostil nação Amaleque e seu rei Agague.

2. O aspecto bíblico. 

O Livro de Oseias oferece ao leitor em linguagem vívida a descrição do que vem a ser a rebeldia contra Deus. Sacerdotes em Efraim, conhecedores da Palavra, impulsionados pelo fanatismo idólatra e depravada religião embriagante, deixavam de prestar culto ao Todo Poderoso e por seu péssimo exemplo e orientações equivocadas desorientavam o povo e, como consequência inevitável, receberam a reprovação de Deus.através dos oráculos do profeta.

A atitude de rebeldia dos sacerdotes é comparada com uma vaca teimosa que insiste em recusar as ordens de seu dono. Entretanto, mesmo em flagrante rebeldia, Deus quer ser o pastor de Israel e tratá-lo como cordeiro em lugar espaçoso. A contumaz desobediência de Israel também é comparada como uma bezerra que deixou de ser mansa e por abandonar a mansidão é posta para realizar o serviço pesado de puxar o arado, até que à semelhança de um pássaro trêmulo atenda o último chamado de Deus (Oseias 4.16; 10.11; 11.11).

Oseias (11.8 b) escreve de maneira especial sobre o amor de Deus aos israelitas que abandonam a rebeldia: "Meu coração se comove dentro de mim; toda a minha compaixão se manifesta. Não executarei o furor da minha ira; não voltarei para destruir Efraim. Porque eu sou Deus e não homem; sou o Santo no meio de vocês. Não virei com ira."

3. O cristão e a rebeldia. 

Quando o ser humano vive em rebeldia, não há em seu coração o sentimento de arrependimento. Na caminhada cristã, o sentimento de rebeldia é diametralmente oposto ao de arrependimento.

Podemos definir o arrependimento como uma mudança de pensamento e um sincero desejo de que alguma coisa que se fez seja desfeita. No sentido espiritual, arrepender-se é a convicção de pecado, tristeza por ele e o firme desejo de abandoná-lo. É uma tristeza divinamente operada no coração do pecador através do conhecimento da Palavra e pelo convencimento do Espírito quanto à necessidade de mudar de comportamento, pois as atitudes são ofensivas para Deus e nocivas para a alma. O arrependimento sincero é conhecido como conversão, visto que a pessoa arrependida dá meia-volta, troca o caminho do pecado pela aproximação e comunhão com Deus (Atos 20.21).

O arrependimento consumado é a cooperação entre os elementos divinos e humanos. A graça que nos é outorgada pela operação do Espírito é o início do arrependimento, mas para que este seja consumado é necessária a cooperação do homem. Uma vez concedida a graça e concedido o poder de nos arrependermos, a responsabilidade pela consumação recai sobre o próprio pecador (Marcos 1.15; Lucas 13.3; Atos 17.30). 

Amaleque, na tipologia do Antigo Testamento, é um "tipo da carne". A carne pertence à natureza humana que não reconhece a Jesus como Salvador e Senhor. Caracteriza os esforços próprios do ser humano para salvar-se por meio das obras, educação, religião, dinheiro, esforços próprios. Quem cede aos desejos carnais encontra a morte espiritual (Romanos 8.3).

Assim como Saul deixou vivo Agague, rei dos amalequitas, e destruiu todo o povo ao corte de espada (1 Samuel 15.8), muitos cristãos cometem o mesmo ato desobediente, que é obedecer a Deus apenas pela metade. As coisas desprezíveis e consideradas sem valor são destruídas, porém, o que é considerado "melhor" ou "bom" não é eliminado. Mas a ordem que Saul recebeu, o crente em Cristo também recebe e deve cumpri-la integralmente; as atitudes da velha natureza não podem reinar na vida de quem alega que se uniu a Cristo (Colossenses 3.5). 

Deus não se esqueceu da crueldade dos amalequitas e os puniu. Ele jamais esquece do acerto e do erro de ninguém, a menos que os pecados sejam lavados pelo sangue do Cordeiro. Apenas quando o pecador confessa e abandona o pecado é que recebe a misericórdia divina, que é imensa e se renova a cada novo amanhecer na vida do pecador arrependido (Provérbios 28.13; 1 João 1.9; Lamentações 3.22-23). 

II. A REBELDIA DE SAUL 

1. Não cumpria com a ordem divina.

Ao ler Êxodo 17.8-13 e Deuteronômio 25.17-19, somos informados que os amalequitas foram os primeiros a atacar Israel no deserto, após os israelitas saírem do Egito. A razão da enorme ira de Deus sobre os amalequitas foi porque eles atacaram Israel de maneira totalmente covarde, escolheram como alvos aqueles que não tinham possibilidade de reação de igual para igual, agiram com extrema crueldade contra os mais fracos e exaustos. Por conta desta covardia, Deus prometeu a Moisés que os puniria, faria com que fossem esquecidos na face da terra; determinou aos judeus que não esquecessem de cumprir esta responsabilidade assim que estivessem assentados em Canaã (Êxodo 17.14-15; Deuteronômio 25.19).

De fato, Deus deu a Amaleque oportunidade para se arrepender, mas foi em vão, a nação continuou resistente ao Senhor e tornou-se cada vez mais corrupta. Ao passar dos anos, os amalequitas permaneceram como inimigos perpétuos de Israel, empreendendo duros ataques. Ocuparam a região do Neguebe e Sinai, e tempos depois se uniram aos midianitas, para continuar a lutar contra o povo de Deus (Êxodo 17.8-13; Juízes 3.13; 6.33-40). 

Uma das tarefas iniciais dos israelitas, ao entrar na terra de Canaã, era a de expulsar os amalequitas (Êxodo 17.14; Números 24.20; Deuteronômio 25-19; Juízes 12.15). Uma vez após outra o povo de Israel era derrotado diante do poder superior e de suas táticas agressivas. A razão para os fracassos é explicada como consequência da desobediência de Israel (Números 14). O início da queda de Saul veio quando ele se recusou a aniquilar Amaleque, guardou o melhor do gado e das ovelhas, dizendo que serviriam em ritual ao Senhor como oferta de holocausto, e poupar a vida do rei Agague (1 Samuel 15.20-31).

2. Deus se "arrependeu" em relação a Saul.

Deus é Espírito, está acima das variações que atinge as emoções humanas. Quando a Palavra diz que Deus se arrepende, apenas faz uso da linguagem figurada, apresentando-o com características físicas e psicológicas do ser humano com o objetivo de fazer com que o leitor alcance a compreensão da mensagem que o Senhor quer nos entregar. Tal recurso linguístico é chamado de antropopatismo (no grego, "anthropos": homem; "pathein": sofrer), refere-se aos sentimentos humanos, objetos inanimados, poderes da natureza e  seres espirituais. Assim como o antropomorfismo (que refere-se às formas da anatomia do homem), o recurso faz uso de imagens e circunstâncias simbólicas para comunicar algo real. Serve de ponte facilitadora com o objetivo de estabelecer a condição de compreensão da mensagem do Senhor aos seus servos, pois o que o Senhor tem a dizer está acima do que o intelecto do homem é capaz de absorver sem que haja o emprego de expressões que a mentalidade humana conhece.

Deus é imutável porque Ele é perfeito. Toda mudança faz parte de um processo que diferencia o estado de uma condição pior para melhor ou em sentido contrário. Ele não muda de ideia porque Ele é um ser onisciente, tem controle de todas as informações, sabe de tudo que houve no passado, o que há no tempo presente e o que haverá no futuro, nada o surpreende, portanto, não existe situação que o faça arrepender-se (Salmos 147.5). 

Depois que Saul deixou de cumprir a ordem dada por Deus de destruir completamente Amaleque, Deus disse a Samuel "arrependo-me de haver constituído Saul rei" (1 Samuel 15.11). Tal declaração não significa que o Senhor havia mudado de ideia em ter escolhido a Saul como monarca sobre os israelitas, mas expressava o lamento por Saul optar em não cumprir a tarefa que possuía plenas condições de realizar com perfeição mas resolveu rebelar-se contra a vontade divina. Samuel esclarece esta situação ao dizer que "Deus não é homem para que se arrependa" (1 Samuel 15.29).

3. "A rebelião como pecado de feitiçaria."

Não sabemos se Saul decidiu manter Agague vivo porque queria expô-lo ao povo como um triunfo, e com isso tornar sua imagem pública mais popular, ou porque sendo ele próprio um rei, desejou mostrar compaixão a outro rei, dando-lhe o perdão em seu próprio nome, e através dessa atitude conquistar mais estima e fama. Não sabemos se os soldados pediram que poupassem os animais de melhor qualidade porque Saul havia poupado Agague. Mas temos por certo que no exercício de liderança o exemplo do líder influencia enormemente os liderados. 

Se atacar Amaleque fosse uma ação de guerra normal, o fato de os soldados israelitas se apropriarem de resíduos como troféus, pela vitória na batalha, não seria considerado um erro. Porém, o ataque tratava-se de um julgamento divino sobre os amalequitas, havia a determinação de destruir tudo, todos estavam cientes de como deveriam proceder, portanto, tomar do despojo vacas e ovelhas foi visto pelo Senhor como um ato de rebeldia.

Apenas quando a rebelião foi descoberta é que Saul, disse a Samuel que havia trazido à Israel as melhores ovelhas e as melhores vacas de Amaleque para usar como sacrifícios ao Senhor em Gilgal. Porém, o Senhor rejeitou tais ofertas tal qual desprezou a oferta de Caim (Gênesis 4.3-8; 1 João 3.12). 

III. SAUL: UM LÍDER SEM CRITÉRIOS

1. Não sabia esperar. 

Saul possuía uma personalidade vaidosa e era cheio de autoconfiança, ao chegar ao trono se esqueceu que foi Deus quem o exaltou. Desprezou o fato de que era rei apenas porque o Senhor havia sido bondoso com ele. Por causa de seu orgulho e ingratidão, não era um líder com disposição para fazer a vontade do Senhor, suas decisões não se pautaram tendo como base ordens de Deus, não considerou que era monarca sob Israel porque Deus o escolheu (1 Samuel 9.15-16).

Ao ser repreendido por Samuel, por não ter exterminado Agague, os amalequitas e todos os seus bens, sua reação foi lançar a culpa do pecado de desobediência que havia cometido sobre os israelitas, tal qual Adão culpou Eva, e Eva culpou a serpente e Arão ao povo (Gênesis 3.12 e Êxodo 32.22). Diante disso, a resposta de Samuel foi dizer-lhe que seria melhor que tivesse obedecido a determinação divina do que em desobediência se propor a fazer sacrifícios religiosos.

É uma verdade essencial que para Deus o obedecer é melhor do que o sacrificar. Está muito claro nas páginas do Antigo Testamento que o Senhor demonstrou mais prazer no coração obediente do que em qualquer sacrifício de animais. O sistema de sacrifícios nunca foi estabelecido com a intenção de substituir uma vida vivida em obediência, mas na verdade deveria ser uma expressão disso (Oseias 6.6; Amós 5.21-27; Miqueias 6.6-8).

1.2 Aprendamos a exercitar a espera em Deus.

Deus está perto de nós (Atos 17.27). Ele é o nosso Pai celeste e merece nossa atenção, reverência e obediência. Está constantemente presente exatamente onde estamos, sua presença é indiscutível, tanto quanto é indiscutível que há em nós o pulmão, o coração e os outros órgão vitais. Assim sendo, jamais será aceitável acordar todas as manhãs, entrar na rotina diária de cada dia sem buscá-lo em oração. É importante interceder pela família, amigos, pedir para estar sensível ao falar do Espírito Santo e com a mente aberta para entender seus propósitos e cumpri-los em todas as áreas da vida; agradecer por todas as bênçãos recebidas e render-lhe nossa adoração. 

Em oração, é preciso ter a humildade de aceitar sua vontade, rejeitar a disposição de tentar fazê-lo alinhado com os nossos desejos egoístas. Embora Ele nos conheça inteiramente, é importante apresentar nossos sentimentos, necessidades, sonhos e até as frustrações, tendo a certeza que Ele nos ouve e está disposto a nos dirigir aos melhores caminhos, Ele quer prestar socorro e nos fortalecer em momentos que a nossa energia estiver baixa. Como Pai, Deus atende as nossas orações com prazer, mas não devemos tentar fazê-lo "mudar de ideia", pois os seus planos são perfeitos e os nossos cheios de imperfeições.

Embora o ser humano tenha condição plena para exercer a sua vontade livremente, Deus é soberano. Em sua soberania, Ele dá ao ser humano a capacidade de fazer suas escolhas, inclusive pensar e agir como se fosse totalmente independente - embora nunca seremos independentes do Criador, pois o simples fato de precisar respirar é uma situação de dependência completa, é um ato divino encontrar o oxigênio que nos mantém vivos e ativos.

O Universo inteiro está sob a soberania de Deus, nada é executado sem a sua permissão. Quando relembramos o passado, podemos ter a certeza que os fatos ocorridos não saíram fora do seu controle; quando projetamos o que fazer no futuro, podemos ter a certeza que nossos planos só se concretizarão se Ele permitir que aconteçam.

Planejamos muitas coisas, porém, nem sempre pensamos em buscar a orientação dEle, e erramos quando agimos sem esperar conhecer a sua vontade. O fato de o Senhor permitir que sejamos bem sucedidos em alguns projetos, sem que busquemos antes conhecer a sua vontade, não significa que aquele projeto é a sua vontade absoluta. A conclusão do plano é apenas o resultado da vontade permissiva. Só somos realmente abençoados quando vivemos de acordo com sua vontade plena, pois este é o modo de viver que lhe agrada e gera a bênção que nunca acrescenta dores e desgostos (Provérbios 10.22).

2. Saul: o rejeitado.

Deus tem interesse no propósito que há no coração do ofertante (Marcos 12.41-44; Lucas 21.1-4). Ele vê quais são as intenções de cada um de nós. Seja a oferta financeira, a oferta de si mesmo em tempo de serviço em departamentos no templo, de apresentação litúrgica através do cântico ou uso de instrumentos musicais. No caso de Saul, a oferta que ele faria, além do fato estar em curso a ação de desobediência quanto ao uso dos animais, tinha como motivação ser agradável aos israelitas, seu objetivo não era agradar ao Senhor mas ser simpático aos homens (1 Samuel 15.24).

Saul rejeitou a Palavra de Deus e como consequência o Deus da Palavra o rejeitou. No momento em que teve a oportunidade de fazer seu conserto com o Senhor, as suas confissões não foram sinceras, caso fossem Deus o teria perdoado. Suas palavras não eram motivadas por arrependimento, ele pensava em escapar ao castigo e salvar sua honra.

O verdadeiro arrependimento é dirigido a Deus com o coração contrito. Quando Davi pecou, ele confessou "pequei contra Deus"; Saul disse apenas "eu pequei", inclusive não se referiu a Deus como o seu Deus, mas como Deus de Samuel (1 Samuel 15.15) e dirigiu seu pedido de perdão a Samuel e não ao Senhor (Salmos 51.1-19; Samuel 15.24-25).

2.1 Rejeição social e espiritual.

Não confunda humildade com humilhação. Ser humilde é se reconhecer de igual valor ao próximo e reconhecer o Criador como mais importante que tudo e todos; ser humilhado é sofrer contrariedades vexatórias e ser vítima de injustiças. 

Já aconteceu com você de estar em um ambiente e ao falar não ser ouvido ou ser tratado como se não estivesse no local? Já aconteceu de pessoas formarem uma roda de conversa e darem às costas para você, desprezando-o? Se sim, saiba que não deve aceitar este tipo de situação, reaja imediatamente com veemência, mas sem perder o controle emocional. Eu vi isto acontecer com algumas pessoas que abaixaram a cabeça, aceitando este descaso como se fosse natural. Não é. Quem o comete peca por falta de amor ao próximo e quem recebe este tratamento ruim sem reclamar também peca porque a ordem do Senhor é amar o próximo na mesma medida que se ama. Em Marcos 12.33, aprendemos que amar-se como ama o semelhante é uma atitude mais importante do que realizar sacrifícios. Por quê? Porque agir assim é ser um crente obediente ao mandamento do Senhor.

Quando alguém tentou ser humilhante comigo desta maneira, eu o envergonhei perante todos os presentes. Abri a palma de mão direita, em movimento lento e suave, fiz pressão com a palma da mão em suas costas, como se fossem tapas mas dando-lhe empurrões que o fizeram dar três passos para frente, e lhe disse: "por favor, repita o que disse, eu não ouvi perfeitamente." Faça igual, ame-se na mesma intensidade que ama o outro, devemos nos humilhar apenas debaixo da potente mão de Deus (1 Pedro 3.6).

Ora, tal depoimento é dado para que você analise seu comportamento de cristão, reflita se comete ou não este erro de desprezo contra Deus. Será que você não comete rejeição espiritual em determinados momentos de seus dias? Será que, inconscientemente, coloca o Espírito para fora de suas conversas e atividades, dando vazão aos apetites carnais? "O que despreza a palavra perecerá, mas o que teme o mandamento será galardoado" (Provérbios 13.13 - ARC).

CONCLUSÃO

O julgamento de Saul foi estabelecido no dia em que ele desobedeceu conscientemente a Deus com os amalequitas. Os atos de rebeldia de Saul levaram Deus a destituí-lo e a seus descendentes do trono de Israel para sempre. Através de seu comportamento obstinado, observamos com clareza que todas as pessoas que continuamente rejeitam a Palavra do Senhor um dia serão rejeitados por Ele, de modo irreversível.

Não se mede o sucesso de uma missão apenas pelas realizações. O sucesso de um líder não está apenas em suas obras, conquistas e realizações, mas sobretudo em guardar as ordenanças do Senhor e cumpri-las fielmente (1 Samuel 15.33). Como líder militar, a missão de Saul era executar o juízo divino contra o rei Agague e toda Amaleque e falhou, mas a sua volta do campo de batalha, segundo a perspectiva humana, era tida como vitoriosa. Ao falhar em sua tarefa, a vontade divina não caiu por terra, pois o Senhor usou o profeta Samuel para que sua determinação fosse cumprida à risca. Com isso, vemos que não existem pessoas insubstituíveis na Obra do Senhor.

E.A.G.

Compilações:
Manual de Dificuldades Bíblicas - Respostas para mais de 780 passagens polêmicas. Norman Geisler e Thomas Howe. Edição revisada janeiro de 2015. 1ª impressão 2015. Páginas 78 e 140 São Paulo - SP (Mundo Cristão).
Manual Prático de Teologia. Eduardo Joiner. Páginas 326 e 326. 2ª reimpressão março de 2008. Rio de Janeiro - RJ (Central Gospel).
Pastor Christian Mölk. 1 Sam 15:1-35 – Saul och amalekiterna - https://tinyurl.com/y5b24cjx
Quem é quem na Bíblia Sagrada - a História de todas as personagens da Bíblia. Paul Gardner. 19ª impressão. agosto de 2015, página 44. Liberdade/ São Paulo - SP (Editora Vida).

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Fé como um grão de mostarda – parte final


Por Marcel Malgo


Lembremos de 1 João 5.4: "porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé!. Que fé é essa que vence o mundo? É uma fé poderosa, forte, que supera tudo? De modo algum! A fé que vence o mundo é a fé singela, que muitas vezes não se sente; é a fé sacudida e posta à prova, mas assim mesmo firmada no sangue reconciliador e salvador de Jesus Cristo. Essa fé não se apóia no que sentimos ou percebemos, mas naquilo que sabemos, que Jesus venceu o mundo (João 16.33 b), e que de fato somos filhos de Deus. Essa é a fé que remove montanhas!

Como seria bom se compreendêssemos hoje o que significa de maneira bem prática nos contentarmos com a fé simples como um grão de mostarda. Então muitos de nós mudariam totalmente sua vida espiritual teimosa e pouco inteligente. Que de uma vez por todas reconhecêssemos que o caminho da fé é simples; que não se trata de fazer grandes esforços espirituais, porém simplesmente de confiar naquilo que nos é oferecido em Cristo.

Grandes resultados da fé como um grão de mostarda


Em Isaías 42.3 a, está escrito: "Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega". Esta é uma profecia messiânica que é confirmada no Novo Testamento (Mateus 12.20) de uma maneira direta em relação a Jesus Cristo, já se tornou grande fortalecimento para muitos filhos de Deus. Entretanto, essa palavra também é uma figura de uma pessoa que possui fé como um grão de mostarda, pois a cana quebrada ainda não foi esmagada, está apenas quase partida, e uma torcida que fumega ainda não está totalmente apagada. Nesse sentido, esta palavra aponta para a fé mais pequena possível que uma pessoa pode possuir, a fé como de um grão de mostarda.

Você compreende o que o Senhor quer dizer com isso? Talvez você leia esta mensagem com o estado interior de uma "cana quebrada" ou de uma "torcida que fumega". Talvez sinta-se interiormente fraco e miserável, e em seu interior só resta uma fé ínfima, do tamanho de um grão de mostarda. Você se sente assim porque diante da alma se amontoam grandes montanhas de angústias, preocupações e problemas. Todavia, agora, escute bem: o fato de você se sentir como uma "cana quebrada" ou uma "torcida que fumega" prova que em você ainda existe algo. Uma cana quebrada ainda não está amassada e uma torcida que fumega ainda não está apagada. Apesar de todos os montes de dificuldades que talvez neste momento existam à sua frente, você ainda tem uma centelha de fé. e é justamente isso que você tem que ativar agora, uma vez que Jesus diz: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível".

Todos esses montes, problemas e dificuldades podem ser "lançados no mar" se você ativar e aplicar sua pequena fé. Em outras palavras, isso acontece se você simplesmente vier agora a Jesus como você é, embora sua fé seja como um grão de mostarda. Ele não "esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega". Pelo contrário, no Salmo 34.18 está escrito: "Perto está o Senhor dos que têm coração quebrantado e salva os de espírito oprimido".

Uma coisa, contudo, você precisa fazer: você - "a "cana quebrada" e "a torcida que fumega" - tem que buscar a Jesus. Com isso você torna ativa a sua fé como um grão de mostarda. E por meio disso você terá condições de "lançar no mar" todos os montes, preocupações e problemas. Incentivo você a vir ainda hoje, agora, a Ele com o pouco que você tem - com sua fé como um grão de mostarda. Assim o Senhor lhe pode encontrar de maneira totalmente nova, e fazer transbordar sua vida como talvez nunca aconteceu antes!

Nesse contexto, façamos- a pergunta:

Como aconteceu a alimentação dos cinco mil?

Para poder alimentar os milhares de ouvintes, os discípulos já haviam projetado um plano "muito bom": "Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer" - Mateus 14.15. O Senhor, porém, ao ouvir uma proposta assim, optou por fazer algo bem diferente. Ele não necessitava dos estoques de gêneros alimentícios dos arredores para poder alimentar as milhares de pessoas. Ele procurou por alguém que tivesse fé como um grão de mostarda. Ele necessitava de alguém que possuísse pouco, e que tivesse disposição para dar o pouco que possuía. Por meio disso, Ele seria capaz de realizar uma grande obra.

E de fato estava presente "um rapaz" que, como está escrito em João 6.9, tinha "cinco pães de cevada e dois peixinhos", e que estava disposto a Lhe entregar esse pouco! E o que fez o Senhor com isso? "Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam" (versículo 9).

Dessa maneira o Senhor Jesus alimentou cinco mil homens, além de mulheres e crianças, com cinco pães de cevada e dois peixinhos. No entanto, entendamos corretamente; Ele só realizou este milagre porque estava presente alguém - justamente este rapaz - que demonstrou a fé como um grão de mostarda, entregando ao Senhor o pouco que possuía. Que montanhas de problemas e receios foram afastados dos discípulos e ao mesmo tempo lançados no mar! Eles viam montes enormes diante de si, porquanto como seria possível alimentar um número tão grande de pessoas? Eles também já haviam se preocupado em como poderiam afastar estes "montes". Mas Jesus não  necessitava de nada disso. Ele apenas procurou a fé como um grão de mostarda que acabou encontrando nesse rapaz. Dessa maneira todos os montes de dificuldades e impossibilidades "foram lançados no mar".

Seja você, ainda hoje, como este rapaz, consagre ao Senhor o pouco que tem. Traga ao Senhor a sua fé como um grão de mostarda, e Ele virá ao seu encontro de maneira totalmente nova. Entregando o pouco de fé que você possui, Ele terá condições de lançar no mar" as montanhas de sua vida, suas dificuldades e preocupações! Não é o tamanho de nossa fé que faz a diferença, mas a fé como um grão de mostarda num grande Deus!

A definição da fé.
A mostarda como condimento e símbolo de fé cristã.

E.A.G.

Fonte: Chamada da Meia-Noite, março de 1998, páginas 6 a 8. Portal da editora: www . chamada . com . br/

domingo, 4 de junho de 2017

Fé como um grão de mostarda (parte 1 de 2)


Por Marcel Malgo

"Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá" - Lucas 17.6.

Que pensamentos e emoções invadem o nosso coração quando lemos essas afirmações do Senhor Jesus? Estamos de fato firmemente convictos de que isso se cumprirá literalmente com uma ordem nossa, fazendo uma amoreira ou um monte se transplantarem de um lugar ao outro? Ou reagimos justamente ao contrário, simplesmente rejeitando essas afirmações e dizendo que isso não é possível?

Infelizmente, são justamente essas afirmações de Jesus que criam em muitos crentes uma sensação de fraqueza interior, pois quase automaticamente vem o pensamento: "isso não é possível!". Pelas leis da natureza, infelizmente, é o que acontece com todas as passagens das Escrituras; em princípio, sempre despertam dúvida e incredulidade, levando-nos à humilhante constatação de que não entendemos direito o que a Palavra quer nos dizer.

Por isso empenhemo-nos hoje para entender qual é, afinal, o sentido espiritual mais profundo da palavra de Jesus especialmente em Mateus 17.20.

Mas, afinal, que fé é esta, que pode ter um efeito tão impressionante como o deslocamento de um monte? Será que é uma fé imensa, sistemática, objetiva, planejada, convincente, que não vê empecilhos, e que de maneira soberana supera tudo o que se atravessa o seu caminho? Uma fé que move montanhas evidentemente poderia ter estas características. Mas o Senhor Jesus não fala de uma fé desse tipo. Mas, então, que fé é esta, que como Jesus expressa figuradamente - tem a condição de transferir montes? Esta fé capaz de fazer grandes façanhas o Senhor Jesus chama de:

Fé como um grão de mostarda

"E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível" - Mateus 17.20. O que é um grão de mostarda? Em Marcos 4.31, este grão é descrito como a "...menor de todas as sementes sobre a terra". De fato ele mede um diâmetro de apenas 0,95 - 1,1 milímetros. Esse pequeno grão de semente, que tem de ser observado com uma lente se quisermos vê-lo nitidamente, o Senhor considera como exemplo para uma fé que é capaz de mover montanhas.

Por que Jesus considera justamente esse pequeno grão de mostarda como exemplo para uma fé pela qual podem acontecer grandes coisas? Pelo fato desse pequeno grão de semente ser capaz de ilustrar o que significa transportar montes. Esse grão de semente extremamente pequeno, que quase não se pode ver a olho nu, no espaço de um ano se transforma num grande arbusto, numa pequena árvore com galhos de 2,5 a 3 metros. Portanto, como são diminutos os pré-requisitos para um resultado tão grande num minúsculo grão de semente, onde aparentemente nada existia. Mas justamente estas condições mínimas são um exemplo que o Senhor usa para ilustrar uma fé que é suficiente para remover montanhas!

Essa "fé como um grão de mostarda" não aponta de maneira clara para a nossa fé, que muitas vezes é tão fraca e pequena? Mas com isso de maneira alguma quero desculpar nossa repetida incredulidade dizendo simplesmente: afinal, só tenho uma fé pequena, como um grão de mostarda!

Muitos de nós, repetidas vezes, já tivemos a impressão de nossa fé ser assim tão pequena e insignificante, e isto pode provocar dificuldades consideráveis. Mas, assim mesmo, esta é justamente a pequena fé quase imperceptível que, segundo as palavras de Jesus, tem o poder de transpor montes.

É necessário mudar o raciocínio!

Será que, às vezes, não imaginamos algo errado quando pensamos na fé que precisamos ter para vivermos como cristãos verdadeiros? Todos nós nos defrontamos diariamente com situações, perguntas e problemas que se avolumam como montes. Mas não é justamente nesses momentos que aspiramos de todo o coração ter mais fé, ter uma fé maior a fim de vencermos tudo isso? É justamente aqui que muitos precisam aprender a mudar o raciocínio, pois Jesus diz: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá". Em outras palavras: nossa fé não necessita ser particularmente grande para transferir montes - simplesmente é suficiente "termos fé".

Se o grão de mostarda tivesse a possibilidade de se olhar para si mesmo e conseguisse se enxergar, teria tudo para desanimar, pois em si mesmo não teria nada a apresentar. E assim é também, muitas vezes, em nossa vida: olhamos para nós e vemos uma fé relativamente pequena, limitada, e então ficamos desanimados. Mas o grão de mostarda não faz isso. Ele não olha para si mesmo para então desanimar. Não, ele simplesmente se deixa plantar na terra, ali começa a crescer, e finalmente se torna aquilo que deve ser, uma árvore em cujos ramos "aninham-se as aves do céu" (Lucas 13.19).

Ao mesmo tempo é de se considerar que o grão de mostarda não se torna uma árvore porque empreendeu grandes esforços, mas simplesmente torna ativo e aplica o que possui! Oh, como seria bom se compreendêssemos hoje que, com todas as nossas fraquezas, dificuldades e tentações diárias, simplesmente podemos nos aquietar com fé pequenina na mão de nosso Salvador! Que modoficação isso provocaria em nossa vida espiritual!

Eu simplesmente creio que, muitas vezes, caímos no erro de ter conceitos errados acerca da fé. Mas essa fé singela na obra consumada de Jesus de Jesus Cristo que consegue nos levar adiante e que, cada dia, nos conduz para uma comunhão mais profunda com o Cordeiro de Deus, e não, o esforço da nossa alma em crer bastante.

Em nossa vida como cristãos não precisamos nos estender buscando novas formas e grandezas de fé, simplesmente basta ter e usar a fé pela qual fomos  salvos, ou seja, a fé simples no Senhor Jesus Cristo.

Nesse contexto, leia novamente o que Davi diz no Salmo 18.29: "Pois contigo desbarato exércitos, com o meu Deus salto muralhas". Veja também o que ele diz nos Salmos 60.12 e 108.13.

Estas afirmações testificam de uma fé poderosa e vencedora que Davi tinha? Eu penso que não, pois Davi era um homem com fraquezas e erros como nós. Mas esses versículos testemunham que Davi se agarrava com toda simplicidade a seu Deus e por meio dEle podia fazer grandes proezas.

Fé como um grão de mostarda - parte final.
A definição da fé.
A mostarda como condimento e símbolo de fé cristã.

E.A.G.

Fonte: Chamada da Meia-Noite, março de 1998, páginas 4, 6 e 6. Portal da editora: www . chamada . com . br/ 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A metamorfose da borboleta e a transformação de quem renasce em Cristo


A metamorfose da borboleta e a transformação de renasce em Cristo

Na virada de mês acostumei a trocar o templante da minha página do Facebook. Para este mês, escolhi a ilustração de borboletas num jardim.

Borboletas: Borboleta-azul; Borboleta-amarela; Borboleta-branca; Borboleta-amarela-da-amoreira; Borboleta-jandaia; Borboleta-coruja... São tantos os insetos dessa espécie, que com seus pares de asas facilmente encantam seus observadores!

A zoologia adota duas figuras do mar para homenageá-las: peixe-borboleta e arraia-borboleta. A botânica faz igual ao nomear plantas ornamentais Schizantus pinnatus como borboletas. A filosofia diz que as borboletas representam as pessoas mais frágeis entre os fracos.

Mas, quando eu vejo borboletas, penso na transformação que elas passam, de lagarta a seres alados e bonitos. Para ser cristão, é preciso passar por uma metamorfose também, desprezar a natureza do velho homem e adotar a natureza do novo homem, deixar os apetites carnais amortecidos e andar segundo o Espírito Santo (João 3.3).

Veja bem, nem todos os insetos são asquerosos e nos provocam repugnância. Assim como as borboletas, ocorre conosco quando aceitamos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador.

1. O pecado nos torna repugnantes perante Deus

"Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" - Isaías 59.2.

2. Jesus é nosso Advogado fiel, faz com que sejamos pessoas queridas de Deus

“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” – 1 João 2.1.

Queira viver em Cristo sempre, pois Jesus é o único caminho que nos leva para próximo de Deus.

E.A.G.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A mostarda como condimento e símbolo de fé cristã

Por Eliseu Antonio Gomes

O inimigo de nossas almas trabalha para inserir em nossos corações a dúvida. Ele injeta a pergunta: "será que você tem fé suficiente para receber a bênção?"

Não duvide da sua fé, duvide da dúvida, pois está escrito na Bíblia que Deus responde as orações daquelas pessoas que oram com fé, não importando ser uma fé notável ou insignificante. Assim sendo, a atitude mais acertada após orar é guardar na alma o conteúdo que oramos e partir para as nossas obrigações do cotidiano, colocando a incerteza para longe do coração.

Parábolas

Jesus declarou que não é preciso ter uma fé do tamanho do monte Everest para ter orações respondidas, basta que a fé seja do tamanho de uma minúscula semente de mostarda, cujo diâmetro esférico aproximado é de 1 a 2 milímetros (Lucas 17.6).

Em outra oportunidade, Jesus lançou uma pergunta retórica aos seus discípulos: "com o que pode ser comparado o reino de Deus?" Conferir: Marcos 4.30; Lucas 13.18. A pergunta era compreensível, pois a terminologia da palavra "reino" tem conotações políticas, remete ao mundo visível. Em seguida, Jesus explicou com uma parábola, dizendo-lhes que o reino de Deus nada tinha a ver com a política deste mundo, é igual a semente da mostardeira - entre as sementes, a mostarda é a semente que o olho humano tem mais dificuldade de ver, devido seu tamanho pequenino. E continuou a explicar dizendo que o reino de Deus cresce como uma mostardeira, que oferece seus galhos para servir de abrigo aos pássaros e suas sementes como alimento às aves do céu.

História

Existem achados arqueológicos de origem suméria que citam a semente da mostardeira usada em forma de pó, como tempero por volta do ano 3 mil a.C. Desde os tempos dos antigos romanos a mostarda é usada em cataplasma e sais aromáticos para aliviar a dor e a congestão. Conforme alguns escritos gregos apontam, Hipócrates fazia uso na forma de emplastros com finalidade de combater resfriados.

No século 20, a semente desta erva é encontrada como suplemento e realçador do sabor da carne, de salsichas e saladas, hamburguer, torradas e cachorros-quentes; é encontrada combinada ao fabrico de maionese, curry e picles. 

Por possuir valor nutricional importante, propriedades antioxidantes, conter carboidratos, vitamina, gordura, cálcio, ferro, magnésio, zinco, fósforo, potássio, sódio e água, a semente de mostarda é um condimento muito popular em cozinhas de muitas partes do nosso planeta. Ela é acrescentada às receitas de culinária porque dá sabor e aroma especial à comida. Em algumas ocasiões, é cozida antes de ser levada às refeições, sendo transformada no óleo principal da receita ou moída para ser consumida como farinha. De uma ou outra maneira, os grãos de mostarda sempre ganham destaques aos elementos do prato.

Seu aroma e sabor fortes se desenvolvem somente após trituração e umedecimento. Quando misturada com a água ou o vinagre, produz uma reação química que não existia em seu estado natural, criando uma espécie de óleo volátil de cheiro agradável e sabor picante.

Ainda hoje, entre as especiarias, é a terceira mais consumida, perdendo apenas para o uso do sal e da pimenta, é comum na Europa Ocidental usar a mostarda com mel para suprimir a tosse.

No Paquistão, a semente de mostarda é a segunda principal fonte de riqueza do país. Gera 233 mil toneladas de produção ao ano aos paquistaneses.

Comparações

A fé e o reino de Deus se parecem com a semente de mostarda, que não é vista com facilidade. Não é possível perceber com olhos naturais a fé e também não é possível ver o reino de Deus germinar no coração do crente no primeiro lance de observação.

Entretanto é possível analisar a vida cristã das pessoas a partir destas comparações. Quando a semente é colocada em solo fértil ela se transforma em uma enorme planta. A natureza não tem pressa, é necessário regar, esperar que a semente se transforme em broto e cresça viçosa. Se houver cultivo da fé, o resultado será visível, palpável, provado, aprovado, útil e impressionante. A semente da mostarda é associada ao estímulo, incentivo e satisfação. De igual forma é a fé. Mesmo que pequenina, é o tempero que transforma a vida do crente para melhor.

Assim como não há possibilidade de encontrar a raiz, o caule e as folhas dentro de uma semente, não é possível encontrar, sem exame apurado, os resultados da fé e da obediência antes do tempo adequado. A fé se materializa em atos de obediência; o reino de Deus é realidade na vida das pessoas a partir do momento em que elas decidem, voluntariamente, viver em obediência ao Senhor, o Rei dos reis!

Conclusão

"Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" - Romanos 10.16-17.

Antes de experimentar os resultados da fé em atividade, é preciso crer nas promessas de Deus e obedecer suas orientações com boa disposição.

Fé como um grão de mostarda (parte 1 de 2)
Fé como um grão de mostarda (parte final)

E.A.G.

Consultas:
Alimentos Saudáveis, Alimentos Perigosos, impressão 1998, impresso na Itália (Reader's Digest).
el.wikipedia.org/ wiki/Μουστάρδα
en.wikipedia.org/ wiki/Mustard_seed
fr.wikipedia.org/ wiki/Moutarde_(condiment)
it.wikipedia.org/ wiki/Senape

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A sarça na Bíblia Sagrada

A Sarça Ardente, escultura em aço, 30 centímetros de altura, exposta no Museu de Arte de Haifa. Artista: Yitzhak Danziger  (1917-1977), judeu nascido na Alemanha e estabelecido em Jerusalém em 1923.
As plantas espinhosas constituem uma grande parte da flora da Palestina. Nas páginas do Velho Testamento aparecem a sarça e o cardo representados por nove palavras diferentes, e no Novo Testamento por outras três. Em Gênesis 21.15, a palavra usada supõe qualquer arbusto de pequena estatura, mas em Isaías 7.19 eram espinheiros próximos das águas. Ver Lucas 6.44 e Atos 7.80.

Em Êxodo 3.2, é muito provável que a "sarça ardente" de uma moita de acácias. 

A impressionante a chamada de Moisés, para que fosse o libertador de Israel, ocorreu quando ele parou para observar a vegetação no Monte Horebe e viu a auto-revelação do Senhor. O texto bíblico informa que o Anjo do Senhor apareceu para ele. num arbusto, provavelmente a sarça ardente era uma moita de acácias. O Anjo estava envolvido por uma chama de fogo, mas a planta não era queimada por ela (Êxodo 3.1-15; Marcos 12.26; Lucas 20.37 e Atos 7.30-34).

A expressão hebraica diz que era "como", "no modo de" uma sarça ardente que não se consumia. O significado da planta não ser consumida pela chama, revelava a Moisés a santidade divina, o interesse de Deus em providenciar o bem-estar do povo hebreu, que sofria sob o jugo da escravidão de Faraó e deveria ser conduzido à Terra Santa.

Naquela oportunidade, Deus revelou seu nome sagrado - Jeová, o Eu Sou o que Sou e Moisés sentiu medo de olhar para Ele (Êxodo  3.2, 5, 8, 14). Aquela visão extraordinária da chama de fogo, junta-se a outras manifestações sobrenaturais que representam a glória e a santidade de Deus. Veja: Gênesis 15.17; Êxodo 13.21; 19.18; 1 Reis 8.10-11; 2 Reis 1.12; 2.11; Isaías 6.1-6; 2 Tessalonicenses 1.7; Apocalipse 1.14 e 19.12.

E.A.G.

Consulta:
Bíblia Sagrada com Dicionário  e Concordância Gigante - Conciso Dicionário Bíblico Ilustrado, D.Ana e Dr. S..L Watson, página 260, edição 2003, Santo André-SP (JUERP// Geográfica Editora).
Dicionário Bíblico Universal A.R. Buckland & Luckin Williams, página 550, edição 2007, São Paulo-SP (Editora Vida)
O Novo Dicionário da Bíblia, volume III, página 1488, edição 1981, São Paulo-SP (Edições Vida Nova).

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O salmo do profeta Isaías

O inseto coleópteros, da família Coccinellidaejoaninha, popularmente conhecido como Joaninha, é uma das maravilhas de Deus na lavoura brasileira. Além de bonito, é predador de muitos outros insetos nocivos às plantações

Isaías 25.1-12

Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei, e louvarei o teu nome, porque fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza.

Porque da cidade fizeste um montão de pedras, e da cidade forte uma ruína, e do paço dos estranhos, que não seja mais cidade, e jamais se torne a edificar.

Por isso te glorificará um povo poderoso, e a cidade das nações formidáveis te temerá.

Porque foste a fortaleza do pobre, e a fortaleza do necessitado, na sua angústia; refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor; porque o sopro dos opressores é como a tempestade contra o muro.

Como o calor em lugar seco, assim abaterás o ímpeto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim o cântico dos tiranos será humilhado.

E o Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa de vinhos velhos, com tutanos gordos, e com vinhos velhos, bem purificados.

E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem.

Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse.

 E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.

Porque a mão do Senhor descansará neste monte; mas Moabe será trilhado debaixo dele, como se trilha a palha no monturo.

E estenderá as suas mãos por entre eles, como as estende o nadador para nadar; e abaterá a sua altivez com as ciladas das suas mãos.

E abaixará as altas fortalezas dos teus muros, abatê-las-á e derrubá-las-á por terra até ao pó.


(Almeida Revista Corrigida e Fiel)


E.A.G.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Lei da Semeadura entre crentes e descrentes

"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido" - Gálatas 6.7-9 

Ultimamente tenho meditado bastante sobre a Lei da Semeadura, em todos os aspectos dela. A saber,  meditação voltada para minha própria vida, a razão de experimentar sabores e dissabores. E, algumas semanas atrás, conversando com determinada pessoa sobre isso depois ponderei e concluí comigo mesmo algumas coisas.

Primeiro, o pensamento geral: colheremos amanhã o que plantarmos hoje e plantamos no passado, sendo que o pequeno caroço produz uma enormidade de frutos. O mal e o bem voltam multiplicados! 

Em segundo lugar, penso que a semeadura tem origem na Justiça de Deus. Todas as pessoas, os crentes, agnósticos e ateus, são medidos na mesma régua, são pesados na mesma balança. 

Também, cogitei no efeito da semente da incredulidade. É necessário ponderar sobre ela...

"Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé" - Romanos 1.17. 

“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” – Romanos 10.17. 

De acordo com os textos de Paulo, penso que estamos dentro de um processo evolutivo espiritual, temos o privilégio de conhecer múltiplas faces da fé em Cristo e em Deus. Crescemos no plano espiritual de acordo com o conhecimento que adquirimos sobre o relacionamento de Deus conosco, através do contato e recebimento e prática da Palavra de Deus em nossas vidas. 

Vivemos estágios na vida de fé. O patamar mais baixo é o ateísmo. Existe o nível em que alguns creem que serão salvos em Cristo, e de fato serão. Outros, creem na salvação da alma mas não acreditam em curas físicas. Eles chegarão ao céu, mas não receberão a misericórdia do livramento de doenças. 

Este é meu modo de entender sobre as sementes, é o meu pensamento que ainda não considero conclusivo. Continuo a ler a Bíblia Sagrada estudando este tema, orando sobre isso.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Árvores na Bíblia Sagrada

Por Noemi Misael

Não poucas vezes, na Palavra de Deus, somos comparados a árvores. Pois é, vemos que Jesus é a videira e nós, os ramos.  E, se permanecemos nEle, daremos muito fruto. Devemos aprofundar nossas raízes espirituais na fonte de Cristo, de onde recebemos a agua espiritual da vida.

O mundo é um deserto que nunca satisfará o homem consagrado. Quando temos fé e confiança em Jesus Cristo, somos comparados a árvores, sustentadas pela água das nascentes escondidas escondidas sob a terra seca.

Em Jeremias 17.7,8, a Palavra de Deus nos diz: "Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas , que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto".


Na Bíblia, podemos observar uma variedade de árvores. Vejamos:

• Amendoeira (Números 17.8; Eclesiastes 12.5)
• Acácia (Êxodo 36.20)
• Aloés (Salmo 45.8)
• Amoreira (2 Samuel 5.23)
• Carvalho (1 Reis 13.14)
• Cedro do Líbano (Isaías 40.6)
• Figueira (Juízes 9.10)
• Macieira (Cantares 2.3)
• Murta (Isaías 41.9)
• Oliveira (Salmo 58.8)
• Olmeiro (Deuteronômio 34.3)
• Palmeira (Deuteronômio 34.3)
• Romeira (1 Samuel 14.2)
• Sicômoro (1 Reis 10.27)
• Terebinto (Isaías 6.13)
• Zimbro (1 Reis 19.4)

Nesta oportunidade, gostaria de destacar três tipos de árvores que hão de nos ajudar a avaliar, escolher, mudar e decidir o lugar em que estamos plantados. A saber:

Primeira árvore: Pinheiro

Popularmente conhecida como árvore de Natal, é atraente, admirada por muitas pessoas, mas a sua beleza é temporária e sua iluminação, programada. Os pinheiros, portanto, como árvore de Natal, são valorizados somente nesta época do ano, ou seja, em Dezembro. Depois disso, são desprezados. Geralmente, em Janeiro, são jogados no lixo.

Os pinheiros são árvores cultivadas já com o propósito de viverem poucos dias, conforme diz o Salmo 37.35: "Vi o ímpio, cheio de prepotência, a espalhar-se como a árvore verde na terra natal, mas logo passou e já não é; procurei-o, mas não se pôde encontrar". Muitas pessoas ainda vivem no engano do pecado. Dão direitos ao diabo para roubar a sua fé, a sua confiança em Jesus. E, por conta disso, passam a viver de aparências. São atraídas e usadas pelas ofertas deste mundo, por meio das quais, passam a creditar somente em suas posições social, financeira e religiosa. Além disso, aceitam que Deus está em todos os lugares e em qualquer religião.

Essas pessoas são aplaudidas e badaladas por tanta gente que não sabem que este brilho um dia irá se apagar. Sem contar que, não demora muito, essas pessoas logo se decepcionam. Isto é, descobrem que aqueles em quem confiaram não as recenheceram quando tiveram a oportunidade.

Lemos em Jeremias 17.5: "Maldito o homem que confia no homem, que faz da humanidade mortal a sua força!".

Segunda árvore: de outono ou murchas

É aquela que, independentemente da espécie, está plantada, há muitos anos, em um lugar de destaque. É admirada, digna de pôster ou fotos. É reconhecida como uma propriedade que requer autorização para ser podada ou arrancada, se necessário. Mas quando chega a tempestade, esta árvore cai. Por conta disso, surpreende muitas pessoas, fazendo suas vítimas todos quantos procuraram refúgio nela. Aparentemente vistosa, suas raízes, porém, estavam longe da fonte.

Terceira árvore

Essa árvore, amado leitor, pode ter o seu nome ou ser você. Vejamos o que nos diz o Salmo 1.1-3: Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se senta na roda dos zombadores. A satisfação está na lei do Senhor, nela medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes, dá fruto no tempo certo; suas folhas não murcham, tudo o que ele faz prosperará".

Como templo do Espírito Santo, amado leitor, você tem autoridade para alcançar vidas. Em Atos 1.8 lemos: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda Judeia e Samaria, e até os confins da terra". Existem várias pessoas plantadas fora do ribeiro.

Noemi Misael
Deus conta com você, amado, para levar as Boas-Novas aos cativos, cuidar dos que estão com o coração quebrantado, ensinar e consolidar os novos crentes no Reino de Deus. A árvore frutífera crescerá em ambas as margens do rio. Suas folhas não murcharão e seus frutos não cairão. Todo mês produzirá, porque a água, vinda do Santuário, chega até suas raízes. Seus frutos servirão de comida e suas folhas de remédio.

Assim, querido leitor, prossiga para o alvo.

E.A.G.
Fonte: Renovação da Fé, ano 13, nº 50, Janeiro - Fevereiro - Março de 2012. Artigo orginalmente intitulado Uma Habitação Especial. 
Noemi Misael é membro da Igreja Metodista Renovada - sede. Líder de área.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A diferença entre crentes e ateus

Nós cristãos temos Cristo. Somos conhecidos como cristãos porque cremos que Jesus é o Cristo, profetizado que haveria de vir. Todos nós, cristãos, declaramos que Jesus Cristo é Deus, nosso único Salvador e único Senhor; nós cristãos não temos problemas em dizer que como Deus Ele se transformou em ser humano e habitou na terra sem jamais pecar, e que aos 33 anos morreu na cruz por todos os pecadores. Nós cristãos, cremos que Jesus ressuscitou após o terceiro dia sepultado e agora está à direita do Pai lá no céu como mediador de todos nós.

O apóstolo João afirmou que ter a capacidade de confessar isso é uma prova. Provamos com essa declaração, que temos Jesus conosco em nosso coração, e agimos da parte dEle.
"Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho" - 1ª João 2.22.
"Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo" - 2ª João 1.7.
"E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo" - 1ª João 4.3.
Esta confissão é a base da crença do cristianismo genuíno. Para nós, como cristãos, é uma grande lógica aceitá-la. Esta revelação é do Espírito Santo para nós. Confessamos isso crendo ser uma verdade incontestável. Muitos cristãos ao longo dos anos preferiram morrer ao invés de negá-la.
Os ateus riem dessa confissão de fé. Eles zombam porque o espírito do anticristo está neles e é quem move todos os atos deles.
Jesus afirmou: Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar (...) E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus" - Lucas 10.22; 12.8.
O apóstolo Paulo fez uma síntese das palavras de Cristo, e falou em nossa salvação vinculada com esta confissão: "Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu oração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação" - Romanos 10.8-10.
A grande maioria dos ateus acreditam que Jesus Cristo existiu. Eles, porém, negam sua origem divina. Dizem que Ele foi mais um homem, entre tantos homens comuns na raça humana, alguém que se notabilizou em sua geração e na história por ser um grande orador e revolucionário.
Em Mateus 16.13-14, vemos que certa vez, Jesus questionou os discípulos com a seguinte pergunta: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?". Eles disseram que uns o consideravam Jeremias, outros Elias, e outros, outros profetas.
Jesus continuou perguntando, e colocou à prova a fé dos discípulos. "Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus" - Mateus 16.13-17.
Nós, os que cremos em Cristo, somos bem-aventurados! Dentro dessa bem-aventurança, tenhamos paz entre nós.

E.A.G.

Este artigo está liberado para cópias, desde que citados nome do autor e link (HTML) do blog Belverede.

domingo, 4 de julho de 2010

A Tamargueira na Bíblia

Tamargueira da espécie Tamarix Parviflora.
Hotel Stravis, Chora Sfakion, Creta, Grecia.

Por Eliseu Antonio Gomes 

“Plantou Abraão tamargueiras (em hebraico 'eshel') em Berseba, e invocou ali o nome do SENHOR, Deus eterno. E foi Abraão, por muito tempo, morador na terra dos filisteus” - Gênesis 21.33, 34 (ARA).

Segundo alguns especialistas, a Tamargueira citada nas Escrituras seria uma planta de crescimento extremamente lento, de madeira macia, casca adstringente da família das tamarináceas. Composta por cerca de 54 espécies nativas da África do Norte, Mediterrâneo e Oriente Médio. Desenvolve-se como um arbusto ou árvore de pequeno porte em solos onde há água perto da superfície.
O Pequeno Dicionário Bíblico, de Orlando Boyer (19ª impressão pela Editora Vida), descreve a Tamargueira afirmando que “é mais provável que o original se refira a uma espécie de junípero anão e chocho que cresce nas partes mais estéreis do deserto. Arbusto solitário”. E, o Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova – 4ª edição) descreve-a como um arbusto pequeno ou árvore cheia de sulcos das regiões desérticas, com folhas muito pequenas em forma de escamas.

Versões bíblicas usam o termo 'tamargueira' para substituir 'árvore' (eshel). Mas, a transliteração não é padronizada, o mesmo vocábulo também é traduzido como arvoredo, uma fazenda, um campo cultivado, um pomar (casos de 1º Samuel 22.6 e 31.13). Ainda, 'tamargueira' e 'arbusto' são vertidos a partir do termo hebraico 'sïhim' (Gênesis 21.15). 

Em 1º Samuel 22.6, 13 lemos que Saul fez uso da sombra da Tamargueira que havia na colina de Gibeá e que seus ossos foram sepultados sob ela. 

Em Jeremias 17.5-6 está escrito: "Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como o arbusto solitário (Tamargueira) no deserto e não verá quando vier o bem, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável" (ARA).

O botânico alemão G. Ehrenberg afirma que “o maná não era outra coisa senão uma secreção das árvores e arbustos da Tamargueira” (a espécie Tamarix Mannifera). Segundo ele, quando as árvores nativas são picadas pelo cochonilha, um inseto encontrado no Sinai, elas produzem uma secreção resinosa especial, que seria o maná bíblico. Ainda hoje esta resina, de gosto insípido, é encontrada em abundância na península do Sinai, deserto da Arábia e proximidades do Mar Morto. 

Ocorrem três espécies de Tamargueiras nas áreas desérticas do sul da Palestina e de Berseba. São: Tamarix articulata, Tamarix pentadra, e Tamarix tetragyna. A Tamargueira é encontrada nos desertos dos Estados Unidos também, ali a árvore é chamada pelo nome popular, Sal de Cedro. 

A Tamargueira da espécie Tamarix parviflora (foto acima) pode oferecer sombra perfeita sem tirar toda a luz do sol. Traz uma atmosfera muito agradável, suas raízes podem crescer por mais de 80 metros em busca de água, que pode ser salgada, porque pode eliminar o excesso de sal pelas pontas de suas folhas. Quando sua folhagem cai, aumenta a salinidade do solo, reduzindo ainda mais a capacidade de outras plantas continuarem vivas ao seu redor. Sua presença força à ausência de insetos, como as moscas. Ela é altamente adaptada aos climas áridos e solos salinos e pobres em nutrientes. Em muitas áreas onde os cursos de água são pequenos ou intermitentes, ela domina a região, sendo capaz de limitar severamente a água disponível, ou até secar uma fonte de água. É altamente resistente, ao ser queimada, não leva muito tempo para que surjam novos brotos.

Postagens paralelas no ecrã de pesquisas: Árvores na Bíblia Sagrada

E.A.G.

Fonte: Scafia Cretre, Treasury Of Scripture Knowledge; ACTS 242 , Enciclopédia da Bíblia por John Drane (edições Loyola), O Pequeno Dicionário Bíblico, Orlando Boyer (Editora Vida), Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova).

Este artigo está liberado para cópias, desde que mencionados o nome do autor e o link (URL) do blog Belverede.

sábado, 20 de março de 2010

Jeremias - origem, personalidade, a chamada, esboço do livro do profeta

Festival Darom, Adom. Derto do Neguev. Estado de Israel. Bolg Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br | https://www.israel-in-photos.com/he/festival-darom-adom
Anêmonas em Israel.
Entre os meses de janeiro e março os campos florescem ao norte do Neguev.
A origem do profeta

Jeremias nasceu numa pequena aldeia sacerdotal chamada Anatote, que distava uns seis quilômetros a nordeste de Micmás e sudeste de Jerusalém. Anatote estava situada na terra de Benjamim, que foi dada aos filhos de Arão. Era a terra de Abiatar, de quem o profeta foi descendente Por revelação divina, neste lugar Jeremias comprou um lote que tinha pertencido aos seus antepassados (1 Reis 2.26; Jeremias 1.1; 32.7).


Pela sua linhagem, poderia ter exercido o ofício levítico, que lhe teria proporcionado prestígio e segurança, porém trocou o status social e religioso pelo plano de Deus. Flavio Josefo afirmou que em Israel os sacerdotes eram honrados como se pertencessem à nobreza.

Foi contemporâneo dos reis Josias, Jeoaquim e Zedequias (Jeremias 1.3). Exerceu seu ministério profético entre 626 a 586 a.C..

A vida de Jeremias é uma da mais bem retratada no Antigo Testamento, mais do que a de outros profetas, como Isaías, Ezequiel e Profetas Menores.

A personalidade do profeta

O nome Jeremias significa Jeová exalta e Jeová derruba, o sentido pode simbolizar as orações de seus pais a favor da desconsolada nação da Israel, como também todas as aspirações do profeta perante o caos religioso que viu.

Ele foi considerado o mais introspectivo dos profetas. Sua personalidade é a mais claramente descrita no Antigo Testamento. Não é nenhum exagero dizer que para entender o vocábulo profeta é necessário estudar a vida de Jeremias.

Ele sempre buscou agradar, em tudo, aquEle que o salvou e o convocou para a peleja. Por causa disso, não foi nada popular entre seus contemporâneos, pois exortou Judá a se submeter à denominação do inimigo, para que não perecesse nos confrontos de guerra; mostrou ao povo que o ataque da nação estrangeira era um castigo vindo do Senhor; e avisou que Deus disciplinava a nação, uma vez que ela abandonou os preceitos divinos.

Sendo profeta de severos juízos, tinha poucas amizades. Entre seus amigos, havia Aicam, Gadalias, filho de Aicam, Ebede Meleque, e Baruque (Jeremias 26.24; 39.14; 38.7-13; 39.15-18; 36.4-32).

A chamada do profeta

“E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas nossa capacidade vem de Deus” – 2 Coríntios 3.4,5.

A chamada do profeta ocorreu no reinado de Josias (638-606 a.C.), durou até a queda de Jerusalém.

Quando Jeremias foi chamado para o ofício profético identificou-se como “uma criança” (na’ar, Jeremias 1.6). Este vocábulo é ambíguo em hebraico, descreve infância (Êxodo 2.6) e adolescência em seus últimos anos (1 Samuel 30.17). Então não sabemos com certeza a idade de Jeremias, quando Deus o chamou para o ministério profético. Vinte e um anos, talvez. A nossa certeza é que o profeta foi vocacionado por Deus ainda na flor de seus dias.

Três coisas o Senhor fez em relação a Jeremias: conheceu-o, santificou-o e o deu às nações. Quando o profeta ainda não existia, já era conhecido de Deus; quando ainda não era ciente de sua missão, já se achava separado para o ministério; ainda não sabia falar, todavia, o Senhor já o tinha dado aos povos como arauto.

 Quando ele recebeu sua chamada, assustou-se; quis recuar. Diante da recusa de Jeremias, respondeu Jeová: “Não digas: Eu sou uma criança; porque aonde quer eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR. Após tocar seus lábios, diz: “Eis que ponho as minhas palavras na tua boca” (Jeremias 1.7-9). Assim Deus o comissionou e o capacitou.

Sobre a reação de recuo do profeta, escreveu F.B. Meyer: “Jeremias era muito jovem e tentou esquivar-se da grande missão a ele confiada. Os mais nobres sempre agem assim (Êxodo 4.10). Mais adiante, disse Meyer: “Sempre que Deus nos dá uma comissão, assume a responsabilidade da sua execução em nós, conosco ou através de nós”.

Deus nomeou Jeremias como profeta antes de seu nascimento. Esta nomeação foi no sentido de ter um plano e um propósito para a vida dele. Dessa situação, alguns deduzem que o ser humano não tem condições de rejeitar o plano divino. E buscam apoio nas palavras de Paulo (Romanos 9.18) Outros, pensam que mesmo Deus tendo um plano para a vida de todos nós, existe a liberdade de escolha para aceitar este plano ou rejeitá-lo. É a questão do livre-arbítrio.

Jeremias foi apontado como o profeta chorão e profeta solitário. Chorou porque sofreu muito ao ver a apostasia da sua geração. Sua solidão ocorreu porque recebeu a orientação de Deus para não se casar (Jeremias 9.1; 13.17; 16.2).

A história do profeta cobriu um período quarenta anos. Depois da queda de Jerusalém, ele foi forçado a fugir para o Egito, supõe-se que ali tenha morrido por volta do ano 580 a.C.. A tradição judaica afirma que foi apedrejado.

O Livro de Jeremias 

Jeremias é reconhecido como o seu autor. Porém, muitos acreditam que tenha a contribuição de Baruque, do capítulo 26 ao 45.

Data do livro

Não existe uma data específica, aponta-se o período inteiro do seu ministério para se dizer quando foi escrito, portanto, afirmamos que ocorreu entre 626 e 586 a.C.. 

Palavras-chave:

Arrependimento e restauração.

Versículos-chave: 

Jeremias 4.14; 7.23-24; 8.11-12. 

Propósito do livro:

Não existe ordem cronológico dos fatos neste livro. Todo o conteúdo é um conjunto de compilações das profecias de Jeremias para Judá, uma nação à beira da destruição em consequência da idolatria e tantos outros pecados. O profeta condenou as lideranças religiosas e anunciou que ela estava sob condenação divina caso não se arrependesse. Sua mensagem também de esperança era de que a Nova Aliança seria incondicional e que Deus escreveria a sua Lei nos corações humanos, perdoaria e esqueceria os pecados. Tudo isso se cumpriu em Jesus Cristo.

Esboço do livro: 

1.1 - 35.19: As profecias antes da queda de Jerusalém; 

36.1 - 45.5: As provações e o sofrimento de Jeremias;

40.1 - 45.5: As profecias após a queda de Jerusalém;

46.1 - 51.64: As profecias contra as nações estrangeiras;

52.1-34: Apêndice histórico.

Assim como Jeremias, os cristãos são chamados a servir à Nova Aliança, para compartilhar a esperança do Evangelho com aqueles que se encontram espiritualmente perdidos (2 Coríntios 3.6). 

E.A.G.

Compilações: 
O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova);
Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); 
Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); 
A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB);
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB);
Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida);
Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010 (CPAD).