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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Hulda, a mulher que estava no lugar certo



Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A profetisa Hulda (cujo nome em hebraico quer dizer "doninha"), era sábia e prudente. Foi uma mulher que aprouve a Deus usar de modo intensamente significante, entretanto passageiro, para chamar a atenção dos israelitas a respeito dos pecados que vinham cometendo.

A circunstância de Hulda ter sido escolhida pelo Senhor, como sua porta-voz, faz transparecer para nós que, embora Israel fosse uma sociedade patriarcal, Deus também usava as mulheres em função de destaque considerável. Isto mostra que o Senhor usa as mulheres tanto quanto usa homens, no ministério da sua palavra, desde que se consagrem a Ele.

I - QUEM FOI HULDA

1. Hulda.

Hulda foi esposa de Salum, seu marido trabalhava como roupeiro da corte do monarca, uma profissão que o tornava um homem importante naquela sociedade. Viveu na cidade baixa de Jerusalém como uma reconhecida profetisa. Foi escolhida pelo Senhor para trazer uma mensagem de arrependimento em um tempo de apostasia. Aquela época era um momento dramático da história do reino de Judá (639-609 a.C.). O texto bíblico dá a entender que ela reconhecia o seu lugar como profetisa, e só colocou-se em ação no momento em que foi solicitada a agir.

Além de Hulda, a Bíblia registra apenas mais duas profetisas em toda a narrativa do Antigo Testamento: Miriã, irmã de Moisés (Êxodo 15.20), e Débora, que além de profetizar era juíza (Juízes 4.4).

2. Atividade que exerceu.

Podemos afirmar que Hulda era uma senhora de profunda comunhão com Deus em seu ofício incomum ofício de transmissora das mensagens do Senhor.. Se os soberanos ímpios, como Manassés e Amon, não conheceram sua função profética, ela viu Deus trabalhar de maneira evidente para atender suas orações ao levantar o menino Josias com o propósito de promover mudanças de grande impacto no reino de Judá.

Usada por Deus, a serva do Senhor entrou em ação ousada e corajosa quando o rei Josias tomou conhecimento do conteúdo do livro da Lei, que fora perdido na Casa do Senhor ou escondido em algum lugar secreto, provavelmente por algum sacerdote zeloso, que procurou preservá-lo no tempo da apostasia do monarca Manassés.

Avaliamos melhor a atuação de Hulda em Judá bem como o seu testemunho eloquente de mulher de Deus, cada vez que observamos, ainda que de maneira resumida, o pano de fundo histórico que ela vivia. O povo vivia um estilo de vida muito longe de cumprir a vontade do Senhor e não poderia ser abençoado por culpa da sua fraca condição espiritual.

Hulda aparece nas páginas da Bíblia como a profetisa que não se cala, quando é o momento correto de falar. Ela não possuía outra conduta a tomar, senão confrontar a Judá sobre as consequências de seus pecados. Entregou o comunicado que Deus havia determinado que falasse, expressou apavorante profecia contra a nação com a finalidade de que se arrependesse e se voltasse para Deus.

Devido a desobediência de Judá, a mensagem era uma repreensão severa, falava de maldição, não de bênção. Deus faria cumprir sua vontade exatamente como avisou ao monarca, por intermédio de sua serva.

O desempenho de Hulda é considerado por uma parcela de leitores da Bíblia como de uma pessoa coadjuvante. Caso realmente tenha tido ação secundária, porém, o que mais importa é a qualidade vital de seu trabalho e não a extensão de atenção substancial, da parte dos seres humanos, ao seu ministério.

II. HULDA VÊ O TEMPO DO AVIVAMENTO

1. Josias promove verdadeiro avivamento.

Numa época difícil Josias (em hebraico "o Senhor sustenta") assentou-se no trono de Judá, o povo estava vivendo em grande apostasia, buscava os ídolos com entusiasmo, porque o reinado longo de seus perversos antecessores, o avô Manassés e o pai Amon, quase apagaram a ideia da existência do Deus vivo em seus pensamentos. Seu avô reinara por 55 anos; perseguiu as pessoas piedosas e reprimiu a verdadeira religião em Judá. Seu pai governou por 2 anos e deu continuidade às práticas malignas de Manassés; seu reinado foi interrompido por intrigas na corte que culminou com seu assassinato (2 Reis 21. 19-26; 2 Crônicas 33.21-25).

Sua mãe era Jedida, filha de Adaías, de Bozcate (2 Reis 22.1).

Josias começou a reinar com oito anos de idade. Desde então iniciou sua busca ao Deus de Davi. De acordo com 2 Reis, buscou com toda a dedicação, ele era igual a Davi, no sentido de que "fez o que era reto aos olhos do Senhor, e andou em todo o caminho de Davi', ' não se apartou dele nem para a direita e nem para a esquerda" (2 Reis 22.2). Assim como Davi, Josias recolocou a Arca da Aliança no Templo, além disso, determinou que os músicos, descendentes de Asafe, voltassem ao Templo, "segundo o mandato de Davi" (2 Crônicas 35.3, 15).

A busca de Deus por parte do jovem rei era a evidência da obra do Espírito Santo em sua vida.

Quatro anos mais tarde, em 632 a.C., começou a livrar sistematicamente Judá da perniciosa religião falsa. Erradicou o paganismo, em todas as suas formas sincréticas, iniciando por por Jerusalém e Judá, e estendeu suas reformas até o território do reino do Norte. Em 628 a.C., estava com vinte e seis quando acabou com a profanação da terra e a purificou, destruiu os lugares altos, os postes-ídolos (imagens de Aserá), as imagens de escultura e de fundição. Os túmulos dos sacerdotes idólatras foram  profanados e seus ossos, queimados sobre os altares pagãos (2 Crônicas 34.3-7; 1 Reis 13.2). mandou fazer reparos no Templo que, pelo descuido de monarcas e sacerdotes anteriores, havia de deteriorado carecendo de caprichosa reforma.

Enquanto o Templo estava sendo restaurado, o sumo sacerdote Hilquias, achou o livro da Lei, escrito por Moisés, e o levou ao rei e o leu para ele. Quando Josias ouviu a leitura do livro, sabia que a nação estava completamente alheia aos princípios e propósitos dos mandamentos de Deus e as consequências para isso eram irreparáveis. Sabendo sobre as maldições que cairiam sobre seu povo, sentiu-se condenado pelo conteúdo das Escrituras.

A descoberta do livro da Lei - que fora dada "pelas mãos de Moisés" - injetou no coração de Josias grande impulso para promover reformas profundas, as mais profundas que Judá conheceu. O livro descoberto era o Pentateuco, os cinco livros da Bíblia Sagrada.

Os autores de Reis e Crônicas não especificam muito bem a natureza do livro da Lei. Parece provável que se tratava de todo o livro de Deuteronômio, devido às especificações do lugar central de adoração, a destruição dos lugares altos, celebração da Páscoa, maldições resultantes da desobediência e a cerimônia da renovação da aliança (Deuteronômio 12; 16; 27 e 28; 2 Crônica 30-32; 2 Reis 23.2).

Com esta descoberta, e a ciência do monarca sobre o que estava escrito, surgiu daí um novo compromisso com a Palavra de Deus e todo o pais experimentou uma renovação espiritual. 

Então, Josias mandou a Hilquias e aos demais assessores consultar ao Senhor para saber sobre tamanha desgraça, causada pela desobediência de Judá. Imediatamente, enviou oficiais para inquirirem de Deus quanto ao seu significado. O grupo designado procurou a serva do Senhor para interpretar o texto sagrado e saber se o Senhor tinha uma mensagem ao rei e para a nação, dizendo o que fazer.

A resposta de Hulda ao monarca resume a situação de miséria espiritual do povo: idolatria vergonhosa, a ponto de deixarem de adorar ao Deus de seus pais, que os tirou do cativeiro egípcio e os levou pelo deserto abrasador em segurança até Canaã; o povo inclinava-se perante ídolos ou deuses feitos pelas nãos dos homens, provocando a ira do Senhor. A sentença de Deus através de Hulda era o prenúncio do cativeiro de Judá anos mais tarde (2 Crônicas 34.23-25).

De pronto, o Josias tomou as medidas urgentes e necessárias para levar o povo ao arrependimento. Ele próprio fez concerto com Deus de obedecê-lo em seu reinado. Depois levou o povo a fazer o converto com Deus. E, de forma mais concreta, mandou retirar as abominações que o povo adotara em Judá e Jerusalém.

Ao receber a consulta do monarca, em plena crise de Judá e Jerusalém, Hulda foi usada por Deus para profetizar com relação a dois eventos

A Palavra do Senhor, proferida através do ministério de Hulda foi de advertência e condenação, e trouxe ao rei a certeza de que a nação sofreria os juízos divinos. Consistia de dois eventos principais:
a. Previu a destruição de Judá por causa da idolatria (2 Reis 22.14-17). A ira de Deus havia sido acesa e o julgamento viria sobre o povo por causa das práticas idólatras, exatamente como previa o livro da Lei.
b. Previu restauração e prosperidade, no reinado de Josias (2 Reis 22.14-20). A paz durante a vida de Josias, que não viveria para ver a destruição e a desolação resultante da ira de Deus, pois "o seu coração se enterneceu" e ele se arrependeu e voltou-se para o Senhor (2 Reis 22.14-24; 2 Crônicas 34.22-28).
Deus mostrou à Hulda que Josias não seguiu os maus caminhos de seus antepassados, mas humilhou-se diante do Senhor reconhecendo a calamidade espiritual de seu povo ao tomar conhecimento do que estava escrito no livro da Lei.
Então, ela fez saber a Josias que tinha visto o seu coração sincero perante seu Deus, disse aos mensageiros do monarca que Deus viu como Josias se humilhou, ao ouvir a leitura do livro da Lei, e o juízo divino que viria sobre Judá. E, assim. É prometido que o julgamento não aconteceria em seu tempo. Ela anunciou um tempo de restauração e prosperidade para  Judá, que se daria no reinado de Josias (2 Reis 22.18-20), Disse também que Deus daria ao rei livramento e ele desceria ao sepulcro em paz (2 Crônicas 34.26-28).
Josias responde a essa palavra de graça ao redobrar seus esforços em direção ao Senhor.
A profetisa não revelou somente o juízo de Deus contra a rebeldia e o pecado,  mas também anunciou a paz para Josias, porque Deus sabe separar aquele que é bom no meio dos maus; sabe ver o justo no meio da injustiça; reconhece o caráter de homens que não se corrompem no meio da multidão dos corrompidos.

Josias reinou 31 anos, entre 640 a 609 a.C. (2 Reis 22 e 23; 2 Crônicas 34 e 35). Seu reinado finalizou subitamente quando estava com a idade de 39 anos. Ao pensar ser necessário atacar o faraó Neco em Megido, quando este marchava para Carquemis com o intento de ajudar o então decadente Império Assírio. Ali Josias morreu (2 Crônicas 35.20-24). Ele foi o último dos monarcas justos de Judá.

Reflita sobre a razão de Hulda haver profetizado um futuro de paz a Josias e a razão de ele morrer em uma guerra: Hulda profetizou falsamente?

2. Aboliu a idolatria.

Encontrado e lido, o efeito da leitura do livro foi imediato na mente do rei, do sacerdote e dos principais de Judá. Ao se deparar com a lei, se humilhou diante do Senhor, rasgando seus vestidos, numa demonstração pública de que sua intenção era buscar o perdão e auxílios divinos, com o objetivo de tirar a nação da indiferença e da iniquidade.

As mudanças numa nação ou numa igreja só têm efeito se começarem pela liderança (2 Crônicas 34.29, 30). Josias foi sábio e corajoso. Primeiramente, ele próprio fez concerto com Deus para obedecer a sua palavra (2 Crônicas 34.31). Ele entendeu que precisava dar o exemplo de liderança e, antes de propor um concerto do povo com Deus, assumiu o compromisso diante de Deus e do povo de pautar seu reino pelos mandamentos do Senhor (2 Crônicas 34.29-31).

As abominações eram os ídolos perante quem seus pais ficavam curvados, afrontando a santidade de Deus, e também as práticas abomináveis que provocaram a ira do Senhor sobre Israel e Judá, como oferecer sacrifícios humanos aos demônios, incluindo crianças inocentes.

3. Resgatou a Lei do Senhor.

Josias usou da sua autoridade respaldada na palavra do Senhor para obrigar o povo a oferecer o verdadeiro culto ao Senhor. Mandou reparar a Casa do Senhor, que tinha sido desprezada pelos seus antecessores. Depois das reformas necessárias, cumpriu o que Deus determinara. Nesse mesmo ano, conclama seu povo povo para novamente celebrar a Páscoa do Senhor em Jerusalém, com cerimônia sem igual desde o tempo de Samuel. (2 Reis 22..14-20; 2 Crônicas 34.8-1; 35.1-19).

III. HULDA É USADA POR DEUS

1. A dura mensagem de Deus.

O Senhor amava seu povo, por isso iria discipliná-lo. Deus usou Hulda para mostrar ao povo que iria derramar terrível juízo sobre a desobediência do povo. A intenção de Deus em trazer desastre sobre Judá como punição é confirmada pela serva do Senhor. Só havia uma saída capaz de fazer com que Judá escapasse do juízo iminente, o arrependimento sincero.

Segundo o livro de Deuteronômio 28, havia uma profecia proferida por Moisés sobre o povo de Israel que determinava a exaltação ou a humilhação da nação. Quando esta profecia foi proferida o povo de Israel estava próximo de entrar na terra prometida. O conteúdo do texto é claro: o sucesso da nação na nova terra estava condicionado à obediência do povo aos mandamentos de Deus (Deuteronômio 28.1-14; 29.16)
a. A Lei estava perdida dentro do próprio Templo.
b. Sua repercussão levou ao arrependimento do povo.

2. Hulda profetisa para o rei Josias.

É interessante e difícil explicar porque aquele grupo de conselheiros desconsiderou servos de Deus como Sofonias, Jeremias e Habacuque, uma vez que eram contemporâneos de Josias e já atuavam como mensageiros do Senhor. Numa época onde o santo ofício profético era exercido majoritariamente por homens, vistos como referências no ministério profético de caráter nacional,

Hulda era exceção. Talvez, os oficiais foram até ela por ser esposa  de Salum, que exercia profissão de roupeiro convivendo na corte bem próximo ao monarca. Presumivelmente, havia se estabelecido como profetisa do Senhor e era bastante reconhecida porta-voz de Deus em sua geração, era vista como confiável por todos. A sua inspiração profética é justificativa suficiente para os servos do monarca a terem procurado. Seja qual for o motivo de haver sido lembrada, sabemos que o Senhor usou esta mulher com uma mensagem contundente, que revelava o triste cativeiro de Judá, que ocorreria em 586 a.C. (2 Reis 22.14-20; 2 Crônicas 34.23).

Quanto a Jeremias, ao lado dos profetas Sofonias e Habacuque, ajudou ao rei no seu esforço de reconciliar o povo com Deus.  

3. O efeito da profecia sobre Judá e Jerusalém.

Josias percebeu a necessidade de não guardar a nova mensagem do Senhor só para si e reuniu o povo, para ouvir também à Palavra de Deus. Seguindo o estilo de Moisés, "o rei se pôs no seu lugar e fez aliança ante o SENHOR para o seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos,  e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma" (2 Crônicas 34.31.). Aquele que verdadeiramente abriu seu coração à mensagem divina, naturalmente o abrirá para compartilhá-la (Atos 4.20).

CONCLUSÃO

A descoberta do livro dá testemunho da atitude providente e soberana de Deus, cuidando da sua Palavra inspirada, protegendo-a da destruição pelos idólatras e apóstatas. Mostra a importância das Escrituras na vida pessoal e nacional (2 Reis 22.8-20).

A narrativa em 2 Crônicas 34.15 destaca a importância da Bíblia - o Livro dos livros. É necessário que cada cristão encontre este livro todos os dias e medite sobre seu conteúdo dia e noite.

É certo que a condenação cairá com a mesma força sobre o mundo impenitente dos nossos dia, tal qual houve o juízo divino sobre os israelitas em Judá, após o governo de Josias (Apocalipse 14; e 15.7-8; e 16.1-21; e  18. Um dia este mundo será completamente destruído pelos juízos divinos (Apocalipse 19.11-21; 20.11-15). Entretanto, como houve para Josias e para a nação dos seus dias um período de graça e misericórdia, assim também podemos crer que estamos vivendo em tempo de graça, que logo, logo, acabará, e então, chegará o momento em que o grande juiz universal, que hoje intercede por nós diante do Deus Todo Poderoso, se levantará do seu trono e dirá: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda e quem é santo, seja santificado ainda. E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra (Apocalipse 22.11-12).

E.A.G.

Subsídios
A Bíblia de Estudo da Mulher Sábia, pagina 521, edição 2016, Várzea Paulista - SP (Casa Publicadora Paulista).
Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, página 40, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 59 a 65, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro, Elinaldo Renovato, páginas 93 a 97, 99, 100, 1ª edição 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Quem é quem na Bíblia Sagrada - a história de todas as personagens da Bíblia, editado por Paul Gardner, páginas 385 e 386, 19ª reimpressão, São Paulo, 2005 (Editora Vida).

A gaiola de pássaros vista pelo colecionador de aves a partir do ângulo de dentro

Se o colecionador de aves tivesse a sua realidade invertida, seria mais ou menos como nesta ilustração, cujo autor é desconhecido e muitíssimo criativo.


"Socorro, ajudem-me! Tirem-me daqui! Se está cantando é porque está feliz!".

A carta ao líder da igreja em Éfeso, o inverno e o albatroz



Amanhã, chegaremos aos dias gelados de junho.

Na foto, a figura do Albatroz. Ainda é bem viva em minha mente a lembrança de um documentário que pude assistir quando ainda era criança sobre esta ave.

O Albatroz, maior entre todos os pássaros ainda existentes na natureza, é famoso por seu jeito atrapalhado de se locomover quando está em terra e por seus movimentos belos ao voar. Quando conquista seu par romântico, tanto a fêmea quanto o macho, estabelece um relacionamento monogâmico até o final da vida. É caçador, come crustáceos, moluscos, peixes, mas não rejeita comê-los se os encontrar mortos recentemente. Fazem ninhos em ilhas distantes dos continentes. Gosta de viver em colônias com os da sua espécie e não se incomoda em compartilhar o espaço da feitura de ninhos com aves de espécies diferentes.

No meio desta semana, deixando de lado o documentário antigo, assisti uma pessoa falar sobre a previsão do tempo para os próximos dias da atmosfera da cidade de São Paulo. A meteorologista afirmou que uma grande onda de ventos invadirá o céu da capital paulista e farão a temperatura baixar muito. Então, pensei naquelas pessoas que detestam o clima frio e sofrem porque sua saúde é sensível à friagem. Pensei nas criancinhas cujos pais não têm agasalho e calçados suficiente para mantê-las aquecidas.

Ao ouvir sobre o ar gélido, minha mente vagueou mais, fez com que eu me lembrasse do livro Apocalipse, relesse o capítulo 2, versículos 1 ao 7. Por quê? Aquele texto descreve os corações dos crentes frios da igreja em Éfeso, pessoas aparentemente imperturbáveis quando diante de situações perturbadoras. Nesta passagem bíblica, endereçada ao líder da igreja grega, somos informados o seguinte:

Primeiro: Jesus conhece as nossas obras, o tamanho da paciência que dentro de nós. Ele conhece, detalhadamente, qual é o grau de tolerância que exercemos para com as pessoas más. Ele sabe quando observamos e colocamos à prova aqueles que dizem ser o que não são, examina o íntimo de nossos pensamentos sobre essa gente dissimulada.

Em segundo lugar: Cristo é testemunha ocular do quanto sofremos e persistimos trabalhando em favor da expansão do conhecimento de seu nome. Nome que tem plena autoridade para curar enfermos e expulsar demônios. Ele sabe se, como crentes, agimos com disposição ideal ou se deixamos de priorizar o amor a Deus em nossas conversas e atitudes. Se errarmos quanto a isso, quer que mudemos o comportamento equivocado, e lembra que haverá o Dia de Acertos de Contas.

Ah... o Senhor sabe se nós odiamos aqueles que criaram, vivem e ensinam ao povo doutrinas estranhas ao Evangelho – ele odeia essa gente também.

Terceiro: Jesus recomenda aos que o ouvem que prestem atenção na mensagem do Espírito dada ás igrejas. O Espírito promete, aos que vencerem os problemas expostos acima, que dará a eles o fruto da Árvore da Vida, que está plantada no meio do Paraíso de Deus. Com certeza, este fruto é muito saboroso e bastante nutritivo!

Conclusão:

Mesmo que sejamos desajeitados como os albatrozes em nossa caminhada cristã, peçamos graças ao Senhor e nos esforcemos para alçar o voo da fé. Que possamos viver aninhados e aquecidos com nossos irmãos em Cristo, fiéis ao Pai celeste e com a pessoa que escolhemos para viver aconchego matrimonial. Viver sem desprezar as pessoas estranhas que se aproximam de nós, desejosas de fazer parte da irmandade que louva a Deus. E que a nossa comida espiritual seja comporta somente de porções diárias da Palavra de Deus, pois as Escrituras Sagradas são eternamente vivas e eficazes para nos manter fortes e saudáveis, seja em épocas de intenso calor ou frio.

E.A.G.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Os cinco benefícios da água


O hábito de beber água é simples e fácil de colocar em prática e também é muito acessível. Você deve estar pensando “Eu já ouvi isso antes”.

Claro que já ouviu! Beber água é fundamental. Este guia vai lhe ensinar de maneira prática como beber mais água e se manter hidratado 24 horas por dia. Se você já tem o hábito de beber de 3 a 4 litros de água de boa qualidade todos os dias, não precisará ler este material. Precisamos focar e reaprender o básico, porque podemos nos tornar indiferentes sobre esta necessidade de beber água, apesar de sabermos de sua importância.

Como a hidratação com água pode mudar Totalmente a sua vida

Nosso corpo é composto, em média, de 70% de água. Isto que dizer, que um indivíduo de 70 quilos, pode ter até 49 quilos de água espalhados pelo corpo. A água, portanto, é o nutriente mais abundante do nosso corpo. Como exemplo, 85% do cérebro é água, 92% do sangue é água e 87% do fígado é água. Além disso, 70% de seus músculos são formados por água. Para completar, 67% da água que esta em nosso corpo é intracelular. Ou seja, 2/3 do que compões as células é água. Como se pode ver a água tem papel fundamental no nosso corpo.

Vamos então ao tema da desidratação…

Você sabia que a desidratação leve pode diminuir o nosso metabolismo em 3%? Ao considerar isso, você pode ver porque a hidratação pode influenciar na perda de peso. A hidratação adequada é muito importante para todas as funções do corpo e a desidratação é a causa de um grande número de sintomas negativos: sede, depressão, câncer, obesidade, fadiga, bulimia, problemas digestivos, problemas de pele e assim por diante. Isto não quer dizer que a desidratação é a única causa, mas sim um dos fatores causadores.

O simples hábito de beber bastante água, pode ter um efeito profundo em sua vida. Certamente vai ajudá-lo a perder peso, por que a água ajuda a liberar as toxinas do seu sistema e promove o aumento do seu metabolismo. Muitas vezes confundimos a sede com fome, o que acaba em excessos de ingestão de alimentos, que não serão propriamente gastos depois. Uma redução de 5% em fluidos do corpo pode causar uma perda de 25% a 30% da energia na maioria das pessoas.

Aqui estão mais alguns fatos para mostrar o quão importante é a hidratação:

Um estudo de 6 anos publicado em maio de 2002, no American Journal of Epidemiology concluiu que aqueles que bebem mais de cinco copos de água por dia tinham 41% menos probabilidade de morrer de um ataque cardíaco, durante o período de estudo, do que aqueles que beberam menos de dois copos. Beber o equivalente a cinco copos de água por dia diminui o risco de câncer de cólon em 45%. Beber 2 litros de água por dia diminui o risco de câncer de mama em 79%.

Qual a quantidade de água que devo beber?

O ideal são 3 a 4 litros por dia. Eu sei que isso parece muito, mas na verdade não é.

O cálculo oficial recomendado é:

1 litro de água por 30 kg de peso corporal

Por exemplo, uma mulher de 60 kg = 2,0 litros por dia.

OS 5 MAIORES BENEFÍCIOS PARA MANTER‐SE HIDRATADO:

1 – Energia

Quando estamos desidratados a maioria de nós irá ter uma redução de 25% a 30% de energia. A perda de energia é apenas o primeiro sinal pois em seguida sentimos dores de cabeça, confusão mental, fadiga, alterações de humor, redução do metabolismo e perda de motivação. A água é necessária para quase todas as funções metabólicas do corpo. É simplesmente vital manter-se hidratado. Quando estamos desidratados nosso corpo não consegue fazer seu trabalho corretamente e nossa energia e estado mental sofrem com o resultado.

A fadiga normalmente é um sinal de desidratação.

Se você está se sentindo cansado, beba 2 litros de água ao longo dos próximos 90 minutos para ver se os sintomas passam.

2 ‐ Perda de Peso

Nosso cérebro, literalmente, não faz distinção entre as sensações de sede e fome. Ambos são derivados do mesmo lugar, o hipotálamo. Ao vivenciarmos esses baixos níveis de energia as sensações de sede e fome são gerados ao mesmo tempo, e nós, instintivamente, assumimos a necessidade de comer. Em outras palavras, acabamos ingerindo comida mesmo quando o corpo precisa de água. Isso faz a pessoa engordar. 

Recomendo que ao sentir fome, tome um copo de água antes, se a fome passar, o que você estava sentido era sede, na verdade.

3 ‐ Pele limpa e mais clara

Quando você começar a manter-se hidratado e consumir 3-4 litros de água por dia, você também vai começar a notar algumas mudanças dramáticas na sua pele. Problemas tais como a acne, a secura, o eczema e a psoríase, por exemplo, começarão a desaparecer. Por quê? Quando desidratado, o corpo preserva o fornecimento de água aos órgãos críticos, tais como o cérebro e do coração, mas “corta” o fornecimento de a água para órgãos periféricos tais como a pele. Manter-se hidratado também garante que as células do seu corpo são capazes de funcionar de forma eficaz, para a absorção de nutrientes, construção e circulação de sangue e para ajudar o corpo a eliminar toxinas.

4 ‐ Alcalinidade e pH Balanceados

Quando você bebe água limpa e filtrada com um pH entre 8,5 e 9,5 você vai notar que você começa a sentir mais saúde, energia e vitalidade. Nosso corpo está concebido para ser alcalino, mantendo um nível de pH de cerca de 7,365 em nossas células, especialmente no sangue. Quando comemos e bebemos muitos alimentos formadores de ácidos como refrigerantes, açúcares, pães, doces, pizza, batatas fritas, álcool, arroz branco e massas, gorduras trans, fast-food, alimentos refinados, molhos, condimentos, laticínios e carnes, por exemplo, colocamos nosso corpo sob uma incrível pressão para manter esse equilíbrio pH em 7.365. 

Ao hidratar o seu corpo com água de pH elevado (veja como fazer essa água em casa em mais adiante!), você vai ajudar o seu organismo a manter a alcalinidade, liberar toxinas e ácidos do corpo (como leveduras / cândida e bactérias) e além disso a sua energia e vitalidade vai subir de nível. Estar acima do peso também é um problema de acidez, então quando você começar a hidratar e alcalinizar seu organismo, você também vai começar a ver o seu peso diminuir. Ao beber, pelo menos, 4 litros de água alcalina por dia você vai começar a ver grandes melhorias na balança.

5‐ Anti‐Aging

O envelhecimento ocorre quando não eliminamos os resíduos e toxinas gerados internamente no nosso corpo. Este é o processo de envelhecer quando nossas células se oxidam, assim como uma maça fica oxidada em contato com o oxigênio. Antioxidantes são conhecidos como uma forma de retardar o processo de envelhecimento porque eles ajudam a desintoxicar o organismo destes resíduos. Beber água alcalina (água rica em antioxidantes) é uma maneira fantástica para retardar e reverter o processo de envelhecimento.

Veja também este artigo sobre água alcalina, onde esta disponível um super livro digital sobre o assunto para baixar gratuitamente. 

Fonte: Dr. Barakat | drbarakat . com . br/
Nota do Editor: o presente artigo não substitui visita ao ambulatório e orientações médicas mediante consulta.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Xenofobia não é atitude de cristão


Na quinta-feira passada foi sancionada pelo presidente da república a Lei da Migração, com vista a beneficiar o estrangeiro que queira se estabelecer no Brasil. Tal sanção de Michel Temer não observa a segurança nacional, não observa o alto nível de desemprego entre brasileiros. Pergunta-se: Quantos migrantes chegam aqui, além dos haitianos, fugidos das consequências dos desastres naturais? Quantos competirão pelas vagas de trabalho com os brasileiros desempregados? 

Neste tempo tenebroso ouvimos e lemos sobre jovens, cuja origem é a família desestruturada, que estão cooptados para agir segundo a ideologia de grupos terroristas como Al Qaeda, Boko Haram e Estado Islâmico. E nesta situação fica cada vez mais difícil aceitar a convivência com gente estranha e / ou estrangeira.

Mesmo que pareça difícil a convivência, sendo nós cristãos, é nosso dever superar o sentimento de xenofobia, exercitar a fé, agir com amor para com todos, inclusive com aqueles que nos metem medo ou passam diante de nós como se fossem gente invisível aos nossos olhos.

Anotemos o ótimo exemplo de Ananias, que aceitou o pedido de Cristo para encontrar-se com Saulo de Tarso. Tal qual Ananias, temos que sair, mais do já saímos, das nossas situações confortáveis e dos nossos espaços cômodos. Jesus pediu que Ananias orasse em favor de Saulo. Ananias foi. Ananias orou. Saulo se converteu! (Atos 9.1-20). Antes de converter-se, Saulo respirava ódio contra cristãos, era comparável aos líderes fundamentalistas islâmicos que espalham terror em nossa época por países da Europa e África.

Anotemos também a lição transmitida na parábola de Cristo aos discípulos, em Lucas 10.30-35. É nossa obrigação de cristão parar por algum tempo com algumas atividades, muito mais do que já paramos, tal qual fez o Samaritano, com o objetivo de prestar atendimento às necessidades do próximo, que é o estranho que aparentemente nada tem a retribuir pelo bem que lhe prestamos.

E depois de realizar o bem, precisamos agradecer a Deus por todas as oportunidades que pudemos revelar o amor divino através de nossos atos de bondade. Seja em favor do amigo ou do desconhecido, para com o concidadão ou ao estrangeiro, ao que pensamos ser merecedor da caridade ou ao que acreditamos que nada merece de bom.

Exercitemos o nosso cristianismo hoje e sempre.

E.A.G.

Sonhos grandes!



Sobre ter um sonho grande: Outro dia, estava na estrada e passou por mim uma picape. Na traseira estava escrito assim: “Big dream. Hard work”. É verdade, se o sonho é grande a realização deste sonho especial com certeza será bastante complicada. Mãos à obra, então. Não tenha medo de seguir na contramão de muitas opiniões diferentes da sua e nem de derramar o suor do seu rosto por um tempo demasiadamente prolongado. Vá com Deus, mantenha-se firme rumo ao objetivo, até que se torne uma realidade incontestável. 

domingo, 28 de maio de 2017

sábado, 27 de maio de 2017

Depois da conversa online.... Charge do encontro


Crer em Deus está nos genes, afirma neurocirurgião nobel de medicina


Arvid Carlsson, ganhador do Prêmio Nobel da Medicina em 2000 por seus estudos sobre neurotransmissores, em entrevista à agência italiana ACI, falou sobre como a religiosidade é a maneira natural de viver do ser humano.

Discorrendo sobre a capacidade da mente humana compreender o universo, o cientista explicou que "possivelmente quando a primeira célula começou a existir já houvesse uma profunda 'sabedoria'. Quando apareceu um indivíduo composto de mais células, aquela 'sabedoria' ainda estaria presente nos genes, mas as diferentes partes de 'sabedoria' se dividiram em células especializadas".

Sua tese é que "A forma natural de viver é em uma relação com Deus, para quem reza e acredita nele". Questionando sobre sua própria fé, afirmou não seguir nenhuma religião organizada.

Também deu a entender que o ateísmo é uma deficiência: "Eu não sou uma pessoa normal, porque não tenho esse sentimento religioso que, não obstante, considero normal. É um problema meu. Pode-se dizer que é uma forma minha de deficiência".

Para ele, ser religioso é a norma: "Na verdade, isso faz parte de nossos genes", afirmou. Quando foi comparar as diferentes formas de crer, foi categórico: Devo dizer que entre as três religiões monoteístas e sua relação com a ciência, sem dúvida o cristianismo é a melhor".

O Dr Carson é um dos neurocirurgiões mais importantes do mundo atual. Seus estudos contribuíram com o descobrimentos fundamentais na busca de tratamentos que auxiliam a enfrentar as doenças neurodegenerativas, como Parkinson ou Alzheimer.

A Ciência confirma a Bíblia
A prova da existência de Deus em suas mãos
Carta para um ateu
Comunismo, feminismo e ateísmo: as ideologias quando a morte se aproxima
Fé como um grão de mostarda
Os cristãos alienados e os cristãos que dão base à Ciência
Relato de um cientista: boas razões para crer em Deus
Saiba como estudar a Bíblia para a sua edificação

E.A.G

Extraído de: Geração JC, ano 17, nº 117, março abril de 2017, página 39, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
__________

Nota Belverede:

Arvid Emil Carlsson, sueco, nasceu em 25 de janeiro de 1923 na cidade de Uppsala. Neurofarmacologista. Membro da Real Academia Sueca de Ciências desde 1976. Conquistou fama mundial ao pesquisar a ação da dopamina no cérebro, os efeitos dela na doença de Parkinson, e com isso receber o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina. Aos 90 anos de idade, ainda era ativo palestrante e trabalhava para criar um remédio à base de dopamina, com vista a estabilizar e aliviar sintomas de fadiga pós-acidente vascular cerebral (AVC).

A dopamina - neurotransmissor monoaminérgico - está envolvida no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição e memória. A desregulação da dopamina no cérebro está relacionada a transtornos neuropsiquiátricos como Mal de Parkinson e esquizofrenia.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Da janela de Raabe

Wilma Rejane

Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias. Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.” Hebreus 11.30,31.

Jericó situava-se em uma posição estratégica para o controle das vias de acesso que subiam do baixo Jordão até as montanhas da Judeia. Era uma das cidades-estado de Canaã com boa terra, água em abundância e muitas vinhas. Conquistar Jericó era uma das missões de Josué e ele o fez sob orientação Divina: o alto muro que circundava a cidade cai por terra após sete dias de vigília, quando o povo e os sacerdotes israelitas rodearam a cidade. Deus, miraculosamente derruba as muralhas fortificadas, abrindo caminho para Israel despojar a cidade.

Nesse cenário de conquista surge uma personagem gentia chamada Raabe, uma prostituta,  descrita em idioma original como “Zônah”. A casa ou hospedaria de Raabe situava-se em cima do muro da cidade, com  vista privilegiada e uma ampla janela que lhe permitia conhecer a movimentação local. Os espiões de Israel foram até Raabe buscar informações importantes, especialmente porque da janela de Raabe avistava-se os portões da cidade: quem entrava, saía, os horários de calmaria e de maior movimentação. E Raabe considerou os espiões, não como inimigos, mas como servos do Deus que tanto ouvira falar. Para Raabe, aqueles homens estavam em missão Divina e ela sentira-se privilegiada em poder ajudá-los.

Em vez de entregar os espiões para as autoridades de Jericó, Raabe os esconde no teto plano de sua casa, debaixo das canas de linho. Entre os meses de Março e Abril acontecia a colheita do linho em Canaã. O linho era colocado sobre o telhado para secar, após isso era usado para confecção de roupas finas. Raabe cobre os espiões com as canas de linho, depois faze-os descer por uma corda, pela janela. Raabe era uma gentia,  aliás, a primeira gentia a ser abrigada por entre o povo da promessa. A cidade de Jericó foi destruída, incendiada, toda a população dizimada, aquele território ficou como um deserto, mas um remanescente fora salvo por causa da fé de Raabe. 

Fico imaginando o extenso muro de Jericó derrubado  e apenas uma ínfima parte dele, a que sustentava a casa de Raabe de pé, uma janela e um cordão cor escarlata pendurado. Não é maravilhoso saber que os anjos de Deus preservaram a casa de Raabe? Enquanto tudo desmoronava havia um lugar guardado por Deus que não fora abalado, em nome da fé de uma simples mulher , e, claro; da fidelidade de Deus.

Da janela de Raabe

Aquele cordão escarlata era o fio de esperança, o sinal da graça, do amor, do perdão, do encontro com Deus. Da janela de Raabe ela via pessoas, ouvia histórias, quem sabe, buscava a Deus em oração, afinal, Raabe nutria em seu coração a certeza de que havia um Deus real e distinto dos deuses de Canaã: “Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito, e o que fizestes aos dois reis dos amorreus, a Siom e a Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes. O que ouvindo, desfaleceu o nosso coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o Senhor vosso Deus é Deus em cima nos céus e em baixo na terra.”Josué 2.10,11. E um dia aquele Deus vai a seu encontro.

Por que aquela corda era escarlata? Não podia ser a mesma corda comum usada pelos espiões para fugir pela janela? Não, não podia. Aquela corda tinha a cor do sangue, era como o sinal nas portas dos israelitas por ocasião da Páscoa, do Êxodo do Egito. Aquela corda era o “tiqvah”, um nome autêntico para esperança. Vejam o que diz o dicionário Bíblico Strong sobre a corda escarlata pendurada na janela de Raabe.

“ Tiqvah = esperança. Vem do verbo gavah que significa 'olhar esperançosamente numa direção particular, esperar por'. Raabe foi instruída a pendurar uma tiqvah em sua janela, pois essa palavra também é usada para designar corda, linha”. (Strong 08615).

 Raabe:

- Recebeu os espiões
- Fez aliança com eles
- Guardou segredo
- Reuniu a família
-Amarrou o cordão escarlata na janela

Essa sequência também pode ser traduzida da seguinte forma:

- Raabe recebeu a Palavra de Deus
- Creu em Suas promessas
- Guardou-as em seu coração
- Proclamou-as aos seus parentes, intercedeu por eles.
- Se refugiou em Cristo Jesus, a viva esperança de Israel e também dos gentios.
- Foi salva

A queda de Jericó é uma história triste, pois, muitas pessoas morreram em seus pecados e a cidade ficou desabitada por muito tempo: a terra se tornou infértil e as águas amargas, o lugar viveu seu apogeu e também seu infortúnio (Josué 6.26 e 1 Reis 16.34). Anos depois de Raabe, o profeta Eliseu cura as águas de Jericó derramando sal sobre elas (2 Reis 2.19-21). Aprendo que a graça e a misericórdia de Deus trabalha em meio ao caos. Deus restaura o que se perdeu e em meio ao que se perde restará sempre um fio de esperança.

Que Deus nos abençoe.

Bibliografia:
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Plenitude, Tradução João Ferreira de Almeida, São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 1995. 
ALLEN. Clifton. Comentário Bíblico Broadman. Tradução de Artur Antony Boorne 2. ed. rio de Janeiro. JUERP, 1994, v 2, 552 p. 

Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Por ser a nossa única e exclusiva fonte de autoridade, e ser a nossa regra de fé é prática, a Bíblia Sagrada deve ser alvo de estudo. Devocional e sistemático. É muito importante que o crente seja uma pessoa conscientizada a respeito da inspiração  divina, verbal, e plenária da Bíblia Sagrada.

A quantidade enorme de manuscritos antigos, o grande número de versões em outros idiomas e as citações da patrística nos primeiros séculos do cristianismo falam por si como prova da autenticidade dos livros da Bíblia. Nenhuma obra da Antiquidade apresenta hoje tantos manuscritos hebraicos, gregos, latinos e em outras línguas. Temos atualmente em todo o mundo mais de 25 mil manuscritos bíblicos produzidos antes do advento da imprensa no século XV. Em segundo lugar, vem a Ilíada, de Homero, com 457 papiros e 188 manuscritos, perfazendo um total de 645 exemplares. Nenhuma obra da Antiguidade é mais bem confirmada que a Bíblia.

As descobertas dos rolos do mar Morto revelam a credibilidade e a fidelidade dos textos hebraicos do Antigo Testamento. Com exceção do livro Ester, todos os outros livros do Antigo Testamento estão representados em 800 manuscritos. As onze cavernas de Uaid Qumran trouxeram à tona cerca de 200 manuscritos bíblicos, descobertos entre 1947 e 1964. Muitos desses manuscritos não foram produzidos pelos essênios, muitos deles vieram da Babilônia e do Egito. Trata-se portanto, de textos precedentes de várias épocas e de vários lugares.

I - REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

O cristão precisa conhecer e reconhecer a revelação e inspiração da Bíblia Sagrada.

O Cânon bíblico está fechado. A revelação infalível que Deus fez de si mesmo já foi registrada. Hoje, Ele continua falando através dessa palavra. Assim como Deus revelou a si mesmo, e inspirou os escritores a registrar essa revelação, Ele mesmo preservou esses escritos inspirados, e orientou o seu povo na escolha destes, a fim de garantir que a sua verdade viesse a ser conhecida.

Não se deve acrescentar outros escritos ao conteúdo canônico, nem se deve tirar dele  dele nenhum escrito. O Cânon contém raízes históricas da Igreja Cristã, e o cânon não pode ser refeito assim como a história não pode ser mudada.

1. Revelação.

A palavra "revelação" (apocalipsis, em grego) significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido.

Cremos que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade e que seu texto foi preservado e sua inspiração divina é mantida nas 2.935 línguas em que ela é traduzida (segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil).

Dessa revelação divina decorre o fato de ela ser nossa exclusiva fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã.

A Bíblia revela os mistérios do passado como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus (Gênesis 2.1-4; Isaías 46.10; Lucas 21.25-28). Seu conteúdo oferece ensinos espirituais aos que buscam conhecimento, ensinamentos importantes que não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo.

2. Inspiração.

Cânon: a lista de livros já definidos e reconhecidos como divinos para a vida e a conduta do cristão. Cada um dos 66 livros reconhecidos como inspirado por Deus desde a sua origem, apesar da seleção de escritos sagrados só acontecer posteriormente.

Sobre o Cânon e a inspiração, às vezes, os dois termos significam a mesma coisa. O termo "kanõn" se origina do vocabulário hebraico qãneh (cana), usada como "cana de medir" (Ezequiel 40.3, 5; 41.8) e originalmente quer dizer "vara de medir". Na literatura clássica, significa "regra", "norma", padrão". Aparece no Novo Testamento com o sentido de "medida" e "regra moral" (2 Coríntios 10.13, 15; Gálatas 6.16). Nos três primeiros séculos do cristianismo, o termo se referia ao conteúdo normativo, doutrinário e ético da fé cristã, e a partir do quarto século os termos "cânon" e "canônico" ganharam o sentido de textos inspirados por Deus e instrumentos normativos para a vida e a conduta dos cristãos, portanto separados de outras literaturas.

A inspiração divina da Bíblia é um fato singular que ocorreu na história da redenção humana, possui significâncias importantes para todos, principalmente para nós crentes em Deus. É o registro da revelação sob a influência do Espírito Santo, que penetra até as profundezas de Deus (1 Coríntios 2.10-13).

Os 66 livros da Bíblia são divinamente inspirados. Seus escritores foram receptáculos da revelação. Ninguém mais, além deles foi usado por Deus dessa maneira específica.

No tempo dos apóstolos ainda não havia a formação final do Novo Testamento. Quando se reunia para cultuar a Deus, a igreja neotestamentária lia o Antigo Testamento. E quando recebia as cartas apostólicas, as lia nas reuniões semanais. Posteriormente, essas cartas, e os evangelhos, foram paulatinamente aceitos pela igreja como escritos inspirados por Deus. Ora, havia alguns critérios para isso: como a autoria apostólica ou de pessoas que tivessem andado com os apóstolos.

3. A forma de comunicação.

O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem (Jeremias 1.11-13). A frase "veio a palavra do SENHOR A", "veio a mim a palavra do SENHOR" ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, muito provavelmente, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível.

A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gálatas 1.11, 12; 2 Pedro 1.16-18; 1 João 1.3) e do Espírito Santo (Efésios 3.4, 5). Exceto uma única vez no ministério de João Batista, pois ele é o último profeta da dispensação da lei mosaica (Lucas 3.2; 16.16).

II - INSPIRAÇÃO DIVINA

A inspiração divina da Bíblia Sagrada é notável aos crentes que desejam conhecê-la.

1. A inspiração divina.

"Toda Escritura é inspirada por Deus" (ARA). O vocábulo grego, aqui traduzido por "inspirada por Deus", ou "divinamente inspirada (ARC), é "theopneustos". O termo vem da Bíblia, aparece só uma vez em 2 Timóteo 3.16. É um termo composto de duas palavras gregas:  theos (Deus), e pneo (respirar, soprar).

Isso significa que o texto sagrado foi "respirado por Deus" ou "soprado por Deus". Em suma, a palavra "teopneustia" significa "inspiração divina da Bíblia". A palavra define a "inspiração divina"; remete ao fato de que Deus inspirou aos autores bíblicos todas as palavras e ideias.

A expressão "toda Escritura" não se restringe apenas ao Antigo Testamento. A Bíblia inteira é divinamente inspirada, a autoridade dos profetas e apóstolos é a mesma. "para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos (2 Pedro 3.2).

Algumas porções bíblicas são, em especial, um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma  e uma afirmação enfática de que os autores dos livros sagrados foram movidos pelo Espírito Santo para expressar as palavras inspiradas por Deus.

• Pedro esclarece que os autores foram impelidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1.20, 21).
• O apóstolo Pedro coloca as epístolas paulinas no mesmo nível que estão as Escrituras do Antigo Testamento: "Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição" (2 Pedro 3.16).
• Ousadamente, Paulo declara que seus escritos são de origem divina: 1 Coríntios 7.40; 2 Coríntios 13.3; 1 Tessalonicenses 4.8.
2. Uma avaliação exegética.

Estamos acostumados com duas traduções: "toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa é proveitosa" e "toda Escritura é divina e proveitosa" Ambas as versões são permitidas à luz da gramática grega. Mas a primeira é mais precisa, pois a conjunção grega "kai" (e) aparece entre os dois adjetivos "inspirada" e "proveitosa". Isso significa que o apóstolo afirma duas verdades sobre a Escritura, a saber: divinamente inspirada e proveitosa; e não somente uma dessas duas coisas. Dizer que "toda a Escritura é proveitosa" pode dar margem para alguém interpretar que nem toda Escritura é inspirada.

3. Autoridade.

A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina. O selo dessa autoridade aparece em expressões como "assim diz o SENHOR" (Êxodo 5.1; Isaías 7.7); "veio a palavra do SENHOR" (Jeremias 1.2); "está escrito" (Marcos 1.2). Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus (Marcos 7.13; 1 Pedro 1.23-25).

Existem muitas palavras ou frases que a Bíblia usa para se auto-descrever e que sugerem uma reivindicação de autoridade divina. Jesus disse que a Bíblia é indestrutível e que ela jamais passará (Mateus 5.17, 18); ela é infalível, ou "não pode ser anulada" (João 10.35); e ela é suficiente para a nossa fé e prática (Lucas 16.31).

As inúmeras profecias são exclusividade das Escrituras Sagradas e provas visíveis de sua inspiração e autenticidade. Muitas delas já se cumpriram em relação a muitos povos, tanto na Antiguidade, como na atualidade. Um exemplo é a profecia sobre a queda da Babilônia, proferida quando esta vivia dias de glórias e grande apogeu (Isaías 13. 19, 20). Tal previsão se cumpriu completamente.

Também, a Bíblia anunciou de antemão a dispersão dos judeus e profetizou seu retorno à terra de seus antepassados. Após 1.800 anos na diáspora, os israelitas retornam para sua terra, e em um só dia nasceu uma nação (Isaías 66.8). Essa profecia diz respeito á fundação do Estado de Israel logo após a derrocada do nazismo.

Entre tantas outras profecias que se cumpriram cabalmente, e que não enumeraremos aqui por questão prática de espaço e tempo de leitura, lembramos das profecias messiânicas cumpridas em Jesus, desde o seu nascimento de uma virgem em Belém, conforme Isaías 7.17 e Miquéias 5.2, até a sua ascensão, registrada em Salmos 24.7-10.

As profecias contidas na Bíblia faz dela uma coleção de livros sui generis, repleta de poder perene, o compêndio literário que não se assemelha a nenhum outro e que sempre permanecerá acima de qualquer outro já produzido no mundo.

III. INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL

A inspiração plena e verbal da Bíblia Sagrada pode ser explicada.

1. Inspiração plenária.

O apóstolo Paulo deixa claro ao afirmar que "toda a Escritura é divinamente inspirada". Inspiração plenária significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus. A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos. Todos possuem o mesmo grau de inspiração e autoridade.

Paulo ensinava: Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário" (1 Timóteo 5.18). Neste versículo, coloca lado a lado citações da Lei de Moisés (Deuteronômio 25.4) e dos Evangelhos (Mateus 10.10; Lucas 10.7), chamando ambas de "Escritura".

Às vezes, inclusive, "profetas" e "apóstolos" aparecem como termos intercambiáveis 92 Pedro 3.2). O apóstolo Pedro considera ainda as epístolas paulinas como Escritura (2 Pedro 3.15, 16).

A Bíblia que Jesus e seus apóstolos usavam era formada pela Lei de Moisés. os Profetas e os Escritos; essa terceira parte é encabeçada pelos Salmos (Lucas 24.44). O termo "Escritura" ou "Escrituras" que aparece no Novo Testamento refere-se a esse Cânon tripartido, que é o mesmo Antigo Testamento de nossa Bíblia.

2. Inspiração verbal.

A inspiração verbal  significa que cada palavra contida na Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo (1 Coríntios 2.13); e também que as ideias vieram de Deus (2 Pedro 1.21). Deus "soprou" nos escritores sagrados a sua mensagem. Uns produziram som de flautas e outros de trombetas, mas era Deus quem soprava. Assim, eles produziram esse maravilhoso som que são as Escrituras Sagradas.

A Bíblia contém 66 livros, que abrangem o Antigo e Novo Testamento. Passaram-se cerca mil anos para que o Cânon bíblico ficasse pronto. Deus usou cada escritor em sua região, cultura e geração, com seus diversos graus de instrução. Os escritores, desde Moisés até o apóstolo João, não foram tratados como meras máquinas, mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo, respeitosamente. Então, o leitor dos textos bíblicos encontra nos livros a personalidade do escritor, depara-se de livro para livro com muitos estilos de linguagem distintas, uso de vocabulários diferentes em estruturas sintáticas diversificadas.

Apesar do mistério que ronda o modo como Deus fez com que sua mensagem fosse fiel sem destruir a liberdade e a personalidade dos autores humanos, existem algumas coisas que ficam muito claras. Os autores não eram simplesmente secretários que anotavam algo que estava sendo ditado a eles; a sua liberdade não foi suspensa nem negada. Eles não foram usados como engenhocas. As suas palavras correspondiam ao seu desejo, no estilo em que estavam acostumados a escrever.

IV - ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA

É importante estar consciente que a Bíblia Sagrada é a única regra de fé e prática das pessoas que, genuinamente, são crentes em Cristo.

1. "Proveitosa para ensinar".

A finalidade das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus, pois elas "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus (2 Timóteo 3.15).

A Bíblia, expõe a doutrina cristã para a humanidade com o propósito de salvar, corrigir e edificar o ser humano. Foi dada aos homens para ser seguida por todos A verdade contida nela redime e santifica, não expira e nem envelhece. Seus ensinamentos são suficientes para entender a vida sob a lei de Cristo. Lucas 21.33; João 17.17; 2 Timóteo 3.15-17; 1 Tessalonicenses 2.13.

2. A conduta humana.

Uma das grandezas das Escrituras é a sua aplicabilidade na vida diária, na família, na igreja, no trabalho e na sociedade. Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e sabe o que é bom para suas criaturas. E essas orientações estão na Bíblia.

3. As traduções da Bíblia.

Desde os tempos do Antigo Testamento, até hoje, Deus se manifestou e se manifesta a a cada um de seus servos e suas servas no seu próprio idioma. Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem com ose esta fora escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua.  Nós recebemos como nossa. Isso acontece em qualquer país que ela chega. Ninguém tem o conteúdo da Bíblia como "dos outros".Este detalhe prova que ela procede de Deus e atesta que quem escreveu esses livros sagrados eram seres humanos movidos pela inspiração divina.

CONCLUSÃO

Por direção divina, temos hoje os 27 livros reunidos, conhecidos como o Novo Testamento, mais os 39 do Antigo, totalizando 66 livros na Bíblia. Se possuímos exemplar em mãos podemos considerar que isso é um milagre. E devemos agradecer ao seu Autor celeste por nos entregar a sua Palavra. E a melhor maneira de fazer isso é meditar nas Escrituras dia e noite (Josué 1.8), de modo que ela esteja "incorporada" em nossa mente e coração.

Que cada um  queira receber a Bíblia, sem restrição alguma, pois ela é a palavra de Deus, em qualquer idioma em que vier a ser traduzida.

E.A.G.

Compilações:
A Razão da Nossa Fé. Assim cremos, assim vivemos. Esequias Soares, páginas 11-17, 1ª edição 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Bíblia do Pescador, editor geral e autor de comentários Dr. Luis Ángel Diaz Pabón, páginas 1105, 1296 e 1312, 1ª edição 2014, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Ensinador Cristão, ano 18, nº 71, página 36, julho a setembro de 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Lições Bíblicas - Professor - A Razão da nossa Fé. Assim cremos, assim vivemos, Esequias Soares, 3º trimestre de 2017, páginas 5 a 9, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 

quinta-feira, 25 de maio de 2017

As manifestações pacíficas de trabalhadores metalúrgicos na Esplanada de Ministérios e o bando terrorista que atacou policiais e depredou patrimônios públicos


Jessica Nascimento / UOL

Por Eliseu Antonio Gomes

Na quarta-feira passada, dia 25, houve na Esplanada dos Ministérios (Brasília) uma grande marcha de protesto contra as propostas de reformas para as legislações trabalhista e previdenciária elaboradas pelo governo. Porém, houve resultado inesperado aos realizadores do evento: 44 pessoas feridas; oito ministérios governamentais e uma igreja foram alvos de severo ataque; o prédio do ministério da agricultura foi parcialmente incendiado por manifestantes com rostos cobertos. Imagens de televisão mostraram policiais com revólveres em punho lançando tiros para cima e ao solo; e gás de pimenta contra a multidão; policiais foram atacados com paus e pedras por súcias mascaradas. O presidente Michel Temer convocou o Exército para manter a segurança e a ordem - revogando esta autorização no dia de hoje.

Declaração de gente do poder público dão conta que um bando de terroristas agiu em meio aos trabalhadores metalúrgicos. Não acredito que houve apenas uma manifestação desordeira, embora indivíduos tenham se infiltrado e praticado vandalismo e violência contra policiais.

Lá em Brasília, no dia de ontem, pude observar pelas imagens transmitidas pelos canais de televisão, que houve algo diferente. Assisti a presença da Central única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical. Protestaram juntas. No passado, estes dois expoentes do sindicalismo, cujas origens são completamente distintas, se rivalizaram e se mantiveram separados, tanto nas partes física como ideologicamente.

A CUT tem posição política de esquerda. A Força Sindical de direita Ao dizer isso, afirmo grande número de sindicalistas são de extremas direita e esquerda. Seja aos parabéns ou para crítica negativa, tal unidade é fato histórico. Situação digna de nota.

O objetivo das duas centrais sindicais terem marchado unidas é a intenção de fazer maior corpo à pressão contra as propostas de mudança de leis da Reforma Trabalhista e da Previdência. Quem é ou foi do meio metalúrgico sabe muito bem o que representa essa aproximação e união de atividade. Por muitos anos fui trabalhador vinculado à Força Sindical, trabalhei no setor de Métodos e Processos em uma multinacional dinamarquesa, que fabrica peças para navios.

A classe de metalúrgicos, seja o trabalhador filiado ou não aos sindicados da CUT ou Força, tem piso acima da média de outras categorias. O trabalhador mais simples, aquele que realiza os trabalhos braçais como fazer varredura de cavacos no chão de seções das prensas e dos tornos-mecânicos, recebe em média três salários mínimos na Capital de São Paulo O piso salarial soma valor perto dos 3 mil reais, e o empregador não pode pagar menos que isso por causa de acordos assinados com os sindicados, sob as pressões de greves. Além disso, há a obrigação de os patrões manterem a cesta básica mensal e estrutura de convênio médico. Eu me refiro aos trabalhadores em empresas que estão envolvidas com a Força Sindical – mas acredito que aquelas que estão na esfera da CUT possuem tratamento similar.

Então, sem a intenção de defender violência e depredação de órgãos públicos, penso que a maioria das pessoas que foram à Brasília ontem, era composta de trabalhadores que quiseram defender a estrutura sindical da qual estão satisfeitos. Os empresários querem pagar 3 mil ao varredor de cavaco? Quer manter os custos de assistência médica? Não. E, é claro que se houver a derrubada de sindicatos, conforme sinaliza a Reforma Trabalhista - os patrões farão cortes profundos na realidade de trabalhadores metalúrgicos.

Que os políticos envolvidos com a Reforma Trabalhista de hoje tenham olhos abertos aos manifestantes pacíficos da Esplanada dos Ministérios como seus possíveis eleitores de amanhã.´

A mão poderosa da brava gente brasileira no século 21.

E.A.G.

Turbante e véu em documentos no Rio de Janeiro

Havia no Departamento Estadual de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) o veto ao uso de turbantes e véus em fotografias para a Carteira Nacional de Habilitação do motorista, devido ao entendimento interno sobre questões de segurança pública. Com isso, a existência de manter totalmente facilitada a preservação de aspectos físicos de cada cidadão em bancos de dados do órgão público carioca, que compartilha este armazenamento de imagens com outros órgãos de segurança estaduais e nacionais.

A Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) exprimiu no dia 3 de março o aval que permite a emissão de documento de identificação com fotos de indivíduos vestindo véus e turbantes, se a razão do adorno for por motivos religiosos. O governo do Rio de Janeiro determinou que o  Detran-RJ autorize o uso de tecido que encubra a cabeça sem necessitar a comprovação da exigência religiosa.

Os representantes da PGE-RJ informaram ao site de notícias UOL, que o atual limite teve como motivo uma consulta do Detran-RJ, cuja exigência incluía que apenas religiosos ligados a alguma ordem ou igreja tinham a permissão de exibir fotos com esse aspecto nos documentos, bastava apresentar comprovante oficial sobre a exigência eclesiástica para usufruir o direito de utilizar a indumentária.

A PGE esclarece que a imposição não tinha sustentação da Constituição e "afrontava a igualdade entre homens e mulheres". Entretanto está proibido às circunstâncias em que os acessórios cubram o rosto da pessoa ou dificultem "o reconhecimento da fisionomia", como é o caso da utilização da costumeira burca, demasiadamente usada em nações de regra islamita.

As situações que não caracterizam exigência religiosa continuam proibidas: estão vetados a exibição de chapéu, boné e capuz. Cortes de cabelo e penteado não são proibidos, desde que a verificação da identificação pessoal não fique prejudicada.

A consulta do Detran à PGE ocorreu após o fato que envolveu uma estudante impedida de usar seu turbante em sua foto para identidade, em 2016, e que levantou questionamento judicial a respeito do assunto.

Com informações de: Mensageiro da Paz, ano 87, maio de 2017, nº 1584, página 24 (CPAD).

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Val Kilmer declara que está curado de câncer e agradece a todos que oraram por ele


"O amor e a oração me curaram". disse Val Kilmer. “Sou muito agradecido a todos que oraram por mim ao redor do mundo”.

No final de 2016, o ator Michael Douglas declarou que Kilmer, também ator, estava com um câncer de garganta. Rapidamente, o intérprete de Batman em “Batman Eternamente”, negou, dizendo que o amigo estava “mal informado”.

Na realidade, Kilmer passou por um tratamento de câncer na garganta, porém afirma estar sarado. Não por um novo medicamento miraculoso ou um recurso terapêutico inovador, mas pelo “poder da oração e do amor”.

“Sou muito agradecido a todos que oraram por mim ao redor do mundo”, disse. “Muitas pessoas já foram curadas pela oração ao longo de toda a História e muitas pessoas morreram pela medicina moderna.”

Kilmer, 57 anos, combateu por quase dois anos a enfermidade. Ele revelou pertencer a um grupo que abraça a ideia que a ciência precisa caminhar junto com a fé, além disso esclareceu que conheceu Bernard Lown, o inventor do desfibrilador, aparelho responsável por ressuscitar pessoas que sofreram parada cardíaca.

“Perguntei a ele o que um médico deve fazer diante de um doente que teme perder a vida. Sua resposta foi: ‘Amar. O amor cura. Mais do que qualquer outra destreza, eu ensino aos meus estagiários para amarem a vida que eles estão encarregados de salvar’”.

Em seguida, falou sobre sua luta com a fé, que por vezes enfraquecia. “Nos dias de Jesus, não importava se a pessoa acreditava. Hoje continua não importando. Seu amor não se importa com nossos pequenos pensamentos humanos.”

Em fotos divulgadas em 2015, Kilmer foi fotografado usando um tubo na traqueia indicando que passou por uma traqueostomia. O ator não nega que passou por um procedimento cirúrgico, mas que os doutores que o atenderam oravam por ele.

E.A.G.

Com informações de Daily Mail

terça-feira, 23 de maio de 2017

Padre Reginaldo Manzotti e a idolatria usando estátua que católicos aceitam como representação de Maria, mãe de Jesus


Sugestão: leia neste blog outros artigos sobre a Igreja Católica Apostólica Romana.

Em uma das páginas de rede social que possuo, chegou para mim uma foto do Padre Reginaldo Manzotti segurando uma estátua, que a liderança da Igreja Católica Apostólica Romana ensina aos seus fiéis ser a representação de Maria, mãe de Jesus.

Na fotografia, pode-se ler a seguinte mensagem: "Nossa Senhora está passando em tua casa, ele veio te visitar. Você aceita?"

Embora tenha respeito por todas as pessoas ligadas ao catolicismo, não posso concordar com este tipo de afirmação e nem posso dizer "sim" para esta pergunta. A declaração não possui respaldo bíblico e a pergunta é de cunho anticristão.

Não pretendo fazer dessa situação um motivo de discussão religiosa, apenas convido os cristãos católicos a lerem o que está escrito na Bíblia Sagrada sobre a idolatria.

O que é ser idólatra? Idolatrar é substituir a pessoa de Jesus Cristo por outra pessoa ou coisa em nosso coração. É trocar a doutrina de Cristo por doutrinas inventadas por homens. A doutrina de Cristo está exposta com total clareza em todo o Novo Testamento. Que seja lido e acatado por nós.

Estando consciente que idolatrar é substituir a pessoa de Jesus Cristo por outra pessoa ou coisa, toda pessoa que é crente em Deus, precisa tomar como sua única regra de fé e de conduta o conteúdo da Bíblia Sagrada, pois ela é lâmpada para os nossos pés não tropeçarem e a luz que ilumina o caminho que precisamos andar, com objetivo de agradar a Deus (Salmos 119.105). As Escrituras são importantes, quando damos importância ao seu conteúdo, extraímos dela a fé, que nos torna agradáveis perante Deus porque nos faz entender que todas as bênçãos alcançadas provém dEle (Romanos 10.7; Hebreus 11.6).

O apóstolo Pedro, foi interrogado pelo sumo-sacerdote pelo fato de haver sido proibido por ele de ensinar a doutrina de Cristo e não acatar tal ordem dele e insistir em ensinar que Jesus Cristo é "a pedra que os edificadores rejeitaram", "a pedra posta na esquina" por Deus, e que "em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". Conferir: livro de Atos, capítulo  4 e versículos 8 ao 12.

E, em outra ocasião, Pedro disse: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens". - Atos 5.29.

Bem, isto posto, respondi para a pessoa que enviou a fotografia do padre exibindo a estátua. Disse a ela: "Eu não coloco ninguém no lugar que a Palavra de Deus colocou Jesus Cristo. O meu Mediador é Jesus Cristo, conforme está escrito no Novo Testamento. Vamos ler: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1 Timóteo 2.5). Faça conforme está recomendado nas Escrituras Sagradas!".

Outros cristãos evangélicos citaram as seguintes passagens bíblicas para a internauta que enviou a foto do padre segurando a estátua;

• Êxodo 20.3-6. "Não terás outros deuses além de mim. "Não farás para ti nenhum ídolo, ne­nhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor,o teu Deus, sou Deus zelo­so, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e obedecem aos meus man­damentos".

• Levítico 26.1 "Não façam ídolos, nem imagens, nem colunas sagradas para vocês, e não colo­quem nenhuma pedra esculpida em sua terra para curvar-se diante dela. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês".

• João 14.6. "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, se não por mim".

Nos versículos expostos acima, para a nossa apreciação e meditação, vimos que o Filho de Deus é o único Mediador entre Deus e os homens, o único Salvador, o único Caminho para Deus. Não é Maria.

O apóstolo Pedro chama a prática da idolatria de coisa abominável: "Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias" - 1 Pedro 4.3.

O apóstolo Paulo recomendou:

• Matar a idolatria, se ela estiver dentro de nós: "Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Colossenses 3.5.

• Não ser religioso idólatra: "Não vos façais, pois, idólatras..." - 1 Coríntios 10.7 a.

• Esquivar-se para longe: "Portanto, meus amados, fugi da idolatria" - 1 Coríntios 10.14.

No livro de revelações sobre os fatos que ocorrerão no final dos tempos, o apóstolo João trouxe aos leitores da Bíblia Sagrada as seguintes informações preciosas:

"Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte. Apocalipse 21:8.

"Mas, ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira" - Apocalipse 22.15.

Enfim, prezado leitor desta postagem, se você olha para dentro de si e percebe que tem praticado alguma espécie de idolatria, saiba que Deus está pronto para perdoá-lo caso esteja disposto a dobrar seus joelhos e em oração confessar seu erro a Ele e tomar a firme decisão de nunca mais ser uma pessoa idólatra. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" - 1 João 1.9.

E.A.G.