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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Igreja, a definição bíblica desta palavra e o preconceito do mundo contra ela

Artista: Donald Zolan

"Então Jesus chamou as crianças para perto de si e disse: - Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças." - Lucas 18.16 (NTLH).

A palavra Igreja tem como sua raiz etimológica o vocábulo Ecklesia, que significa  "assembleia", "ajuntamento"; "tirados para fora". A primeira vez que aparece no Novo Testamento, foi proferida por Jesus, portanto não é invenção de homens, mas gerada por Deus. A citação encontra-se em Mateus 15.15-17.

Deus tem a sua casa aqui na Terra, é a Igreja. Lugar em que a família cristã desenvolve-se no relacionamento com Ele e com os semelhantes. É local consagrado para buscarmos ao Senhor, onde é possível encontrarmos os irmãos, orarmos uns pelos outros, fazer amizades, vivermos em comunhão. Ambiente que oferece conforto espiritual, conhecimento do plano divino para a vida de cada um, onde podemos compartilhar os dons espirituais, os talentos natos, o serviço cristão. A casa do Senhor é o ponto ideal para celebrar a vida de Jesus e nos prepararmos para lutar contra as crises desse mundo caótico.

É importante enfatizar que Deus é espírito, não mora em templos feitos por mãos de homens, assim sendo, as construções civis não são a casa dEle. A igreja verdadeira é constituída de corações convertidos a Cristo, gente que renunciou à vida em pecado. Nós, os cristãos, somos Igreja quando vivemos em santidade e, em nome de Cristo, estamos reunidos com o objetivo de louvar a Deus em espírito e verdade. Quando pessoas se juntam em nome de Jesus, então Jesus se faz presente entre elas e ali Deus ordena a bênção e a vida eterna. Seja em uma reunião no templo, em uma praça ou residência, entre uma multidão incontável ou numa simples roda à três. (João 4.24; Atos 17.24; Mateus 18.20; Salmo 133).

Porém, para muitas pessoas não-religiosas, o significado do vocábulo Igreja é expressado com preconceito. Associam esta palavra com um estilo de vida religiosa errada, nos modos de viver mais esquisitos que se possa imaginar.

Facilmente, observamos tal desvio de exagero retratado em programas de televisão. Na semana passada, estávamos sintonizando um canal que transmitia um programa de aulas de inglês que usa a música como ferramenta de aprendizagem em um palco repleto de jovens; a música em pauta era "Please don't go" (KC & The Sunshine Band). Em determinado momento, a professora disse para a plateia e aos telespectadores: "cantem com sorriso nos lábios para que não pareçam coral de igreja". Claramente, isto é um flagrante de preconceito religioso, pois passa a ideia de que os louvores entoados nos cultos são uma grande chatice.

Entretanto, as novelas brasileiras, filmes de Hollywood e minisséries em geral, são os meios de comunicação que mais deflagram a discriminação religiosa contra o conceito real do que realmente é a Igreja. Muitas vezes, as artes cênicas são ofensivas ao extremo quando produzem algo fazendo abordagens de alguém que, segundo a ótica deles, representa quem viva uma vida em piedade no seio da Igreja.

Parece-me que escritores, produtores de cinema, autores de folhetins e seriados, não são capazes de criar uma personagem próxima à realidade de alguém que possui fé viva e ao mesmo tempo é cidadão útil à sociedade, alguém que goze de prestígio com o (a) esposo (a) e filhos, seja bem-quisto (a) por vizinhos, apreciado (a) pelo patrão porque tem bons resultados no exercício profissional. Aparentemente, na mente desses produtores, a síntese de felicidade é ser uma pessoa ímpia, a impiedade parece traduzir o prazer de estarem vivos, portanto, mostram alguém infeliz quando esta é uma pessoa ligada à Igreja.

Uma dessas visões distorcidas do que venha a ser a vida de uma pessoa que faz parte da Igreja, está representada na personagem Margaret White, a mãe de Carrie, a personagem central no premiado filme de Brian de Palma, Carrie, A Estranha (na versão original de 1976, encarnada pela atriz Piper Laurie). Aquele fanatismo, encontrado na personagem, não representa alguém que é membro de Igreja, demonstra as exceções agregadas ao roll de membros de uma denominação cristã ou simpatizantes dela.

Penso que na concepção desse pessoal, que cria tais coisas estranhíssimas ao universo da Igreja, o cristão ainda vive debaixo da Lei de Moisés. Eles não sabem que a Igreja está sob o manto da graça divina, que é a melhor situação que um ser humano pode experimentar neste mundo físico (Romanos 6.14). Como não entendem as questões espirituais, constroem personagens à beira de ataques de nervos, gente que tenta empreender esforços demasiados para atender uma lista extensa de regras rígidas, que impedem-na de ser uma pessoa feliz e saudável; não entendendo a espiritualidade, inventam figuras vivendo aprisionadas à alienação, incapazes de pensar usando a lógica, portadoras de mentes atribuladas.

Num futuro, que não temos a data especificada, a Igreja, que é composta de cristãos vivos e outros que já dormem, será apanhada num abrir e fechar de olhos por Jesus Cristo e levada aos ares e em seguida levada até o Tribunal de Cristo, quando todos os salvos “verão a sua face”, receberão o prêmio (galardão) que merecem, serão justamente recompensados por cada serviço prestado aqui na Terra e depois permanecerão com o Senhor para todo o sempre felizes (2 Coríntios 5.10; Apocalipse 22.4).

E.A.G.
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Belverede, Eliseu Antonio Gomes, A Casa de Deus,  30 de dezembro de 2014
Belverede, Eliseu Antonio Gomes, CPAD - EBD Juvenís: O arrebatamento da Igreja: esperança do salvo em Cristo, 19 de outubro de 2012.
Belverede, Eliseu Antonio Gomes, A Igreja e a Lei de Deus, 23 de março de 2015

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