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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A armadura de Deus e o esfriamento espiritual


A armadura de Deus e o esfriamento espiritual. Porta aberta ao horizonte de paisagem bonita.
"Não apagueis o Espírito"
1 Tessalonicenses 5.19.

Por Eliseu Antonio Gomes

Os hábitos que ocasionam esfriamento espiritual 

Até o ano 300 d.C., não havia igrejas construídas. Os cristãos se reuniam em casas, em pequenos grupos. Às vezes, grupos maiores se encontravam ao ar livre para cultos e celebrações especiais. Aquilo que tornava a reunião de cristãos especial naquela época ainda é especial para nós hoje: o encontro com Jesus. 

Para a realidade brasileira, podemos definir o termo igreja assim: alguma congregação religiosa; determinada denominação cristã (Presbiteriana; Batista, Metodista, Luterana, Assembleia de Deus; Católica, Universal). E há quem pergunte a razão de existir tantas igrejas diferentes. Esta pergunta pode ser respondida com outra: por que há tantas marcas de tênis? Adidas, Reebok, Nike. Será que uma delas é a certa e as outras são erradas? As igrejas podem ter diferentes opiniões, por exemplo, quanto à importância do falar em línguas, mas todas as igrejas verdadeiramente cristãs ensinam a confiar em Jesus como Salvador e que a Bíblia é a Palavra de Deus.

Muitos cristãos frequentam a igreja por indução do hábito, por estar presos à rotina de estar no templo, viver vinculado em atividades da liturgia, acostumados a encontrar irmãos e conversar com eles nas dependências do templo religioso. Outros, pela falta de hábito em congregar, não sentem mais prazer em participar de cultos. 

Provavelmente, ao escrever 1 Tessalonicenses 5.19, exposto acima, o apóstolo Paulo tivesse em mente os dons espirituais e quisesse que as pessoas estivessem abertas à manifestação do Espírito, quisesse que os crentes permitissem o uso de dons espirituais em coletividade para que a comunidade cristã fosse edificada na fé.

Fortaleça-se no Senhor e na força de seu poder

"Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo" - Efésios 6.10-11.

Após assistir a um filme de terror, em que a personagem principal é possessa por espíritos malignos, sozinha, a jovem vai para sua cama tomada de medo de que possa ser vítima também. 

Satanás é de fato um ser espiritual com relativo poder, um anjo expulso do céu que deseja corromper e destruir a boa criação de Deus (João 8.44; 1 Pedro 5.8). Todavia. seu poder não é absoluto. Ele tenta persuadir a pecar, usa nossos desejos para seduzir-nos a fazer o que é errado (Tiago 1.13-15). Embora possa tentar-nos, não pode nos obrigar a pecar. É por isto que a Bíblia nos alerta a resistir às tentações  (Efésios 6.10; 1 Coríntios 10.13).

Se você confia em Cristo como seu Salvador, e é uma pessoa convicta a segui-lo, Satanás não tem autoridade para invadir o seu coração e a sua mente (Tiago 4.7). O Espírito Santo, que está em você,  é maior do que ele que está no mundo (1 João 4.4). Quem está em Cristo, tem poder para resistir ao inimigo e vencê-lo, tem facilidade para derrotá-lo em suas investidas (Apocalipse 12.10-12; 20.10).

O inimigo ignóbil que você jamais deve agradar

"Não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes" - Efésios 6.12.

A Bíblia diz, e ela não mente, que temos apenas um inimigo, e este inimigo não tem carne e nem ossos. Sabemos que não reside em São Paulo; não mora no extremo sul do Brasil; não tem casa no nordeste brasileiro. Não tem nacionalidade americana, alemã, israelense. Não usa passaporte e não precisa de aeronaves ou outra espécie de transporte para passear pelo mundo inteiro.

Quem é este ser? É Satanás (Jó 1-6-7)! Muitos não gostam nem de citar a palavra que o identifica, mas se esquecem da recomendação bíblica: "Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; nem deis lugar ao Diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tem necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo" - Efésios 4.26-32.

Quando damos lugar para este ser torpe? Quando consideramos o próximo como se fosse o nosso inimigo, quando não amamos os semelhantes como se eles fossem nós mesmos, quando desprezamos orientações da Palavra de Deus e mesmo assim dizemos que amamos ao Senhor acima de tudo e todos.

Atitude

"Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima" - Hebreus 10.24-25.

O término da chama do Espírito não acontece em uma sequência súbita ou inesperada. Lentamente, o fogo espiritual diminui pelo uso de hábitos ruins, que provocam o esfriamento espiritual. É um péssimo costume não dar ao Espírito a liberdade de agir; tentar fazer a obra do Espírito na força humana. 

Para mudar a situação, em primeiro lugar, é preciso ir ao culto com disposição de prestar atenção ao sermão até ouvir algo que Deus queira falar; em segundo lugar, prestar atenção na letra dos cânticos e nas orações até que ouça alguma coisa que queira dizer ao Senhor. Em terceiro lugar, dispor-se a dizer ou fazer alguma coisa que incentive outras pessoas a também cultuar na congregando.

Conclusão

Sabemos que não estamos lutando contra seres humanos, mas contra forças espirituais do mal, que têm o objetivo de nos afastar de Deus, nos induzindo a extinguir o fervor espiritual. 

Deus nos dá uma armadura espiritual.  Se a usamos, estamos protegidos e no prumo. Quando vestidos dela, somos resistentes. Ao praticar o ensino da Palavra, resistimos com firmeza contra as armadilhas diabólicas. Ao adorar a Deus com o coração por inteiro, combatemos o bom combate contra o desânimo gerado por dias rotineiros e superamos o cotidiano com vigor do céu.

Não atrapalhemos a ação do Espírito Santo em nós. Mantenhamos acesa espiritualmente a atenção na leitura e aplicação da Bíblia, agindo contra as investidas do inimigo. Façamos da verdade o nosso cinturão, da prática da justiça uma couraça e da boa disposição em anunciar o Evangelho e promover a paz o nosso par de calçados (Efésios 6.11-15).

Oremos diariamente com reverência, perseveremos no desejo de receber ensinos da Palavra, mantenhamos a fé genuína através da consagração de nossos corpos, alma e espírito. Assim, a chama do Espírito estará sempre acesa em nosso viver.

E.A.G. 

A Rocha - A Bíblia que Conduz às Escolhas Corretas, Josh McDowell, página 1187, edição 2002, São Paulo (Editora candeias).
Bíblia de Estudo Vida, página 1843, edição 1998, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia Jovem, página 1906, edição 2001, São Paulo (Editora Vida).

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