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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Fidelidade e chamada ministerial

Conto o fato e não cito nomes. As duas pessoas do relato estão em meus relacionamentos online.

Um pastor evangélico pentecostal, muito conhecido dentro e fora do Brasil, inconformado com muitos deslizes gravíssimos da liderança em sua igreja, os quais foi testemunha ocular, passou a protestar internamente alertando para a necessidade do conserto. Não foi ouvido, pelo contrário, recebeu desprezo e foi colocado de lado em suas atribuições. Com o passar do tempo passou a usar a Internet como seu microfone, tentando alertar outros e dessa maneira mudar o caos instalado. Sempre polido, mas contundente. Encontrou muitos apoios em sua insatisfação e solicitação de acertos com Deus.

Em tom amigável, um colega de pastorado aproximou-se dele, à miúda, tal qual um dos “conselheiros” de Jó: “Pense em sua carreira, confrontando os que estão acima de nós o seu futuro não será promissor. Não terá espaço para publicar artigos em periódicos, não receberá convites para palestras oficiais...”.

No meu relato acima, aquele que está pensando apenas no sucesso da carreira dentro da denominação está equivocado. Observo as Escrituras de forma contextualizada para dizer isso.

Eu considero o pastor insatisfeito um profeta autêntico em atividade em nossa geração. E sei que nem todos os cristãos receberam de Cristo a chamada ministerial para ser profeta. Jesus estabeleceu na igreja alguns como apóstolos/missionários, outros, evangelistas, outros, mestres... Outros, pastores (Efésios 4.11).

No Antigo Testamento, os profetas levantaram a voz contra ungidos do Senhor! Não me lembro de nenhum profeta nas páginas bíblicas, na antiga e nova aliança, que tenha sido um bom “relações públicas”. Todos foram chamados por Deus para criticar pessoas equivocadas, que estavam afastados do Senhor. Muitos fizeram inimizades, muitos foram tidos como inconvenientes, perderam bens, perderam a liberdade, e até a própria vida.

Eu acho um erro calar quando temos a quem falar. Vejamos:
• Missionários e evangelistas, público-alvo: aqueles que ainda não aceitaram a Cristo;
• Pastores e mestres: os salvos;
• Profetas: os salvos e quem ainda não tiveram encontro com Jesus.

Enfim, apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres são seres humanos, e mesmo que bem intencionados cometem pecados em suas trajetórias ministeriais. Cabe a cada um de nós fazer exame criterioso de suas falas e atos usando como régua – para discernir a ética, a moral e a espiritualidade de cada um - a Bíblia Sagrada.

Seja ao chamado que o Senhor lhe deu. 

E.A.G.

Um comentário:

Carlos Alberto Bächtold disse...

Louvado seja para sempre o Nome do SENHOR JESUS! Realmente, em nossos dias, quando o Reino de DEUS é mais ferido por pseudo-igrejas e pseudo-cristãos do que pelo próprio cidadão do mundo, é essencial que aqueles que têm o chamado de DEUS, como o teve Jeremias e todos os outros profetas, se levantem e "toquem a trombeta". Que levantem suas vozes, ainda que não sejam ouvidos. Temos que ser fiéis à incumbência que DEUS nos deus. Nas palavras de Paulo, estamos aqui, não para agradar aos homens, e sim ao SENHOR! Jeremias é um exemplo de sucesso ministerial... Embora tenha pregado durante 65 anos a um povo que não o ouviu, e que, no fim o matou, está entre os profetas, pois cumpriu cabalmente seu ministério. Que sejamos fiéis como ele o foi.