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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Três reflexões sobre Filipenses 4

Humildade, o caminho que nos conduz ai trono de Deus.

“Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” – Filipenses 4.12.

Agora há pouco, aqui no Facebook, troquei postagens com um velho conhecido dos tempos de juventude, trabalhamos numa mesma empresa, congregamos na mesma igreja por muito tempo.

Conversávamos sobre o capítulo 4 de Filipenses, que ele revelou ter sido a pauta de sua ministração no culto da noite de ontem, culto de domingo. Então, me detive com ele em três pontos que eu não tenho visto pregadores se pautarem.

• A briga de Evódia e Síntique (versículo 4):

As duas mulheres eram obreiras valorosas, mas não se entendiam entre si. Paulo mostra-se preocupado com a situação, pede ao pastor delas que administre a crise de relacionamento, que interfira e tome a direção da briguinha como um pacificador.

• O equilíbrio espiritual 

Filipenses 4.8 chama a nossa atenção para a moderação quanto ao planejamento da vida, que deve ser sempre equilibrado. Tocou profundamente meu coração quando me converti e ainda bate forte dentro de mim: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.

• O comportamento durante tempos bons 

O comportamento durante a fartura e a escassez aponta quem realmente somos perante o Senhor (versículo 12).

A prosperidade que Deus dá é dada para compartilhamento, jamais deve ser usada no meio cristão como ferramenta de manipulação, para propósitos egoístas na coletividade da igreja. Recentemente, tive a oportunidade de conversar com uma pessoa que deu uma polpuda oferta para uma congregação da Assembleia de Deus. Nas entrelinhas, deixou escapar uma lamúria, esperava receber uma espécie de compensação do pastor devido ao valor ofertado (apoio para atuar num determinado departamento da igreja). Não sei usar diplomacia, disse: "Você queria comprar o pastor? Cuidado, Deus não se deixa escarnecer! A igreja de Cristo não funciona assim!".

Paradoxal: para o cristão pode não ser fácil viver vida fácil. Existem inúmeros casos na Bíblia Sagrada sobre pessoas, inclusive toda a nação de Israel, que se afastou de Deus no tempo da paz e da fartura. É no momento que tudo vai bem que temos que provar que somos de fato humildes, que amamos mais a Deus do que ao dinheiro, mais pessoas do que coisas.

O assunto é interessante. Paulo declarou que sabia servir a Cristo em tempos de paz, saúde perfeita e abundância. Precisamos saber viver para Deus em 100% de fidelidade no período da prosperidade financeira, amar mais ao Senhor e jamais a Mamom, amar mais ao próximo do que aos bens materiais.

Não tive a oportunidade de ouvir muitos pregadores abordar esse texto bíblico com essa perspectiva, comentar sobre servir a Cristo em tempos de paz, saúde perfeita e abundância. Sempre presenciei a abordagem do lado ruim, a vida de padecer necessidade e passar fome. Por que será? Ainda estou para ver um pregador pregar para quem está vivendo dias de vitórias, dias de fartura e abundância usando Filipenses 4.12. Nos meus quase 30 anos de convertido ainda não vi isso.

A parábola do Bom Samaritano é uma lição sobre isso. Um homem estava caído, ferido, agonizava à beira da morte caído no chão. E passou por ele alguns israelitas que não o socorreram, porque estavam interessados em manter o status social, se importavam mais em cumprir os compromissos da agenda do dia, amavam mais as coisas do que o semelhante. O único coração humildade era o do samaritano, ele parou em sua caminhada de trabalho para atender ao necessitado, teve a iniciativa de prestar todos os cuidados necessários ao sujeito desconhecido. Sobre ele repousa a recomendação de Jesus para que o imitemos. Vide: Lucas 10.25-37.

Conclusão

Viver indiferente ao que Deus determina e estar indiferente às carências do próximo é uma situação de desequilíbrio espiritual, significa não saber usar as bênçãos que Deus tem reservado para nós. Se tal pessoa é incapaz de administrar corretamente o bem-estar, jamais poderá proferir a declaração de Paulo: “posso todas as coisas”.

Enfim, que possamos declarar tal qual o apóstolo: "posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Filipenses 4.13)!

E.A.G. ‪

Um comentário:

Mateus Emilio Mazzochi disse...

Paz do Senhor meu irmão, abordei também um trecho de Filipenses em meu blog. Paulo soube como canalizar seus dons em prol do crescimento/manutenção da obra de Deus, bem como manteve em foco a real motivação para nós, cristãos. Deus o abençoe. http://mateusemiliomazzochi.blogspot.com/2013/07/solucao-de-problemas.html