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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Crentes evangélicos avessos às igrejas

"Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo" - 1 Coríntios 12.27.

Quando a alma se converte ao Senhor, ela passa a ser membro do Corpo de Cristo, os membros são dependentes uns dos outros.

No passado brasileiro, acostumamos a ver os católicos nominais, aquelas pessoas que se diziam católicos apostólicos romanos, mas não frequentavam as missas. Nos dias atuais, observa-se que muitas pessoas se dizem evangélicos nomimais, gente que diz ter aceitado a Cristo como Senhor e Salvador, porém, rejeitam praticar a fé em movimentos cristãos institucionalizados, vivem sem uma denominação evangélica para ouvir a Palavra de Deus e participar da comunhão no ritual de Santa Ceia.

"Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns..." - Hebreus 10.25.

Uma parte dos crentes desigrejados demonstra estar decepcionada com líderes evangélicos, outra, mostra forte sentimento de rejeição às orientações de lideranças.

É certo afirmar que Jesus Cristo não fundou uma instituição eclesiástista. Mas, abordando a opção de ser cristão e manter-se em isolamento, de antemão, pretendo dizer que ao abrir os Evangelhos facilmente verificamos diante de nossos olhos que Cristo não pretendia o isolamento do cristão; Jesus comissionou os discípulos a anunciar o Reino dos Céus orientando-os a não irem sós, mas de dois em dois pregando as Boas Novas da salvação. Também pediu a eles que se reuníssem no Cenáculo, e ao obedecerem essa ordem eles receberam o batismo com o Espírito Santo.

A ideia de que alguém possa ingressar na Igreja e rejeitar a convivência com seus irmãos de fé é inconcebível. O isolameto anula a oportunidade de crescimento mútuo, a chance de desvendar novos horizontes, novas perspectivas. A prática da vocação que o cristão escolhe progride quando existe o convívio em comunidade. Nenhum cristão é capaz de ter saúde espiritual sem outros cristãos por perto. Para ensinar, antes é necessário ter a humildade de se colocar como aprendiz. Timóteo e Tito recebiam aprendizado pastoral do apóstolo Paulo.

A vida intramural no dia a dia no templo é importante. Através da experiência de relacionamento com pessoas da mesma fé é que surge a chance de ministrar e receber ministrações de conhecimentos básicos à caminhada cristã saudável.

Não considero possível um cristão obedecer à ordem de Cristo de "amar uns aos outros" sem que  outros possam receber seu amor. A proximidade faz com que uns cooperem com os outros em suas necessidades. Juntos têm o cuidado de lidar com as preocupações do próximo e em conjunto apresentá-las a Deus (Gálatas 6.1-2; 1Pedro 5.7).

Reflita mais no Belverede: Crentes desigrejados, certos ou errados?


E.A.G.

3 comentários:

Carlos Roberto, Pr. disse...

Caro Elizeu Gomes,

Graça e Paz!

Excelente seu texto.
Estou postando um link no Point Rhema, no afã de contribuir com a reverberação do assunto.

Um grande abraço,

Pr. Carlos Roberto

Joao Cruzue disse...

Artigo muito proveitoso.

Pior que uma Igreja ruim, é um crente desviado, de tanto falar mal da Igreja.

Abraço,

Anônimo disse...

Eliseu, concordo que o isolamento em qualquer setor da vida não é a melhor opção, todavia, maus entendidos em relação ao tema eclesiologia deve ser repensado para não cairmos onde o catolicismo caiu a muito tempo - formalismo, ritualismo, eclesiolatria por exemplo!

Um bom debate sobre o assunto pode ser visto neste nosso texto;

http://souteologico.blogspot.com.br/2011/05/natureza-da-igreja-questao-dos-sem.html

Abraços