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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Neemias e as portas de Jerusalém

Em 2004, houve um acordo entre palestinos e israelenses para reformar uma  parte do muro próximo ao acesso do portão mougkrampi, nas proximidades conhecida como Muro das Lamentações. 


A vida de Neemias nos fornece um grande exemplo no que se refere ao sacrifício, à consagração e ao apego a um projeto. Ao mesmo tempo, encontramos na pessoa dele as características de alguém que ora e jejua, nunca age impulsivamente e de quem age com bastante determinação.

Copeiro de Artaxerxes I, rei da Pérsia entre 465 a 424 a.C., função na qual era bem remunerado, conceituado, e de alta confiança - pois garantia que o monarca não fosse envenenado -  ao ter conhecimento das consequências da grande destruição dos muros de Jerusalém,  provocada por Nabucodonossor, por volta de 586 a.C., quis abandonar o conforto de sua vida em país estrangeiro, pediu e obteve permissão do rei para deixar a função de oficial do governo e voltar a sua terra natal como empreiteiro designado a reconstruir os muros da cidade empobrecida e cercada de inimigos.

Classificar a vida como sagrada e profana é um prejuízo espiritual, mas é muito comum encontrar quem faça isso na Igreja do Senhor. Considera-se que o ofício de pastores, missionários e sacerdotes são sagrados, enquanto que o de engenheiro, pedreiro, agricultor, e outros, são serviços seculares. Nós precisamos dos dois tipos de trabalhos.

O retorno de Neemias à Jerusalém foi como governador de Judá. Lendo o livro, que podemos concluir fosse um diário pessoal, observamos que o trabalho honesto, por natureza, é sagrado. Nas páginas da Bíblia encontramos diversas situações em que servos de Deus, assim como Neemias, trabalharam na política e serviços fora da esfera do templo, dentro do contexto social. Na agricultura, no serviço militar, na carpintaria, na pescaria, nas tarefas domésticas, etc, e empreenderam ações de glórias ao Senhor. Pessoas de todo o tipo participaram da reconstrução: sacerdotes, ourives, perfumistas, comerciantes, líderes e mulheres (3.1, 8, 12, 17, 32).

Para reconstruir os muros de Jerusalém e congregar o povo judeu como nação, Neemias foi prático, bravo e um talentosos organizador e administrador. Contou com a companhia de Esdras, um estudioso e mestre que se dedicava a aprender e ensinar o conteúdo das Escrituras. O trabalho dos dois eram importantes e igualmente segundo a vontade de Deus.

Os judeus, motivados por um líder forte, em sua quase totalidade se envolveram no projeto restaurador. Quase todos eles foram encarregados de reconstruir o muro na parte que era próximo às suas casas.

No muro, haviam dez portas: porta do peixe, porta antiga, porta do vale, porta do monturo, porta da fonte, porta das águas, porta dos cavalos, porta oriental, porta da guarda, e porta das ovelhas. Cada qual tinha sua finalidade específica, e cada uma delas foi mantida funcionando como era antes da destruição

Neemias resistiu a oponentes poderosos durante 52 dias (1.1 ao 3.32). Lutou e venceu os problemas de falta de unidade interna se mostrando como exemplo pessoal (5.1-19) e enfrentou corajosamente todas as falsas acusações (6.1-14). Ao terminar a restauração da cidade, ele providenciou para que Esdras  lesse a Lei para que através dela conduzisse a vida do povo (8.1-18). Então, Neemias e todo o povo confessaram os seus pecados e renovaram a aliança buscando a aproximação com Deus.  Mas, com o passar do tempo o fervor espiritual diminuiu e novamente Neemias se apresentou como reformador e enfrentou grande oposição (13.1-31).

E.A.G.

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