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segunda-feira, 28 de junho de 2010

IGREJA SEM PLACA

Bem, antes de tudo o mais, sinto a necessidade de afirmar que a publicação deste texto não é em caráter de apoio. É apenas um post informativo.
__________

R.K. Campbell

Uma descrição das assembleias que se congregam no Nome do Senhor Jesus Cristo, na condição de membros do Corpo de Cristo (e não de uma denominação).

Uma marca deles é que têm procurado retornar aos princípios do Novo Testamento. Crendo que "a igreja do Deus vivo" que foi formada pelo Espírito de Deus consiste num único corpo, composto por todos os crentes em Cristo - que nasceram de novo e nos quais o Espírito Santo -, eles se congregam em seus respectivos lugares simplesmente na condição de membros desse "um só corpo" que há (1ª Timóteo 3.15; Romanos 12.5; 1ª Corintios 12.12-13; Efésios 4.4).

O Espírito de Deus é reconhecido como o presidente e guia legítimo na Igreja, e a Bíblia é considerada como guia e autoridade plenamente suficiente e divinamente inspirada (2ª Timóteo 3.16-17). A Bíblia ensina a estes crentes que todos os verdadeiros cristãos são um sacerdócio real e santo, e que o Espírito Santo tem a liberdade de usar qualquer um que Ele deseje como Seu porta-voz na oração e no louvor (1ª Pedro 2.59; 1ª Corintios 12.11).

Estes crentes reconhecem que Cristo é a cabeça da Igreja e que tem dado dons a Sua Igreja, tais como profetas, evangelistas, pastores e mestres, e que tal "graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo... para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo" (Efésios 4.7-12). Consequentemente, estas assembleias não contam com o ministério de "um homem só", tampouco com o de "qualquer homem", nem um ministério desinado pelos homens, senão que têm um ministério dos dons que o próprio Cristo deu à Sua Igreja.

Estes grupos de crentes não têm nenhum tipo de organização eclesiástica, matriz ou autoridade central, nem bispos, pastores dirigentes, ou um clero ordenado. Por outro lado, também não há independência. Eles funcionam de uma forma conjunta, procurando "guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz" (Efésios 4.3). Crêem que cada assembléia constitui, não uma unidade independente ou autônoma,
mas uma representação local em sua totalidade, pelo que reconhecem as ações de cada assembleia local realizadas no Nome do Senhor, em Sua presença, e segundo a Palavra de Deus, como competente e vinculante em todas as localidades (Mateus 18.18; 1ª Corintios 5.4).

Se num domingo - dia do Senhor - você entrar no modesto local em que estes cristãos se congregam desta forma, os verá reunidos em volta de uma mesa sobre a qual há um pão e um jarro de vinho. Este é o único distintivo notório, pois não verá nenhum clérigo ou ministro, nem algum presbítero ou outro homem encarregado da reunião. Se perguntar qual o programa do culto, lhe responderão que não existe. Se quiser saber quem servirá os elementos da ceia, lhe dirão que qualquer irmão de bom testemunho poderá fazê-lo. Se perguntar quem vai pregar a Palavra, a resposta será que os irmãos não se reuniram nesta ocasião para ouvir um sermão, mas sim para render louvor e adoração ao Senhor e para lembrar dEle em Sua morte. Nesta reunião, os irmãos todos atuam como "sacerdócio santo, para oferecerem sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo" (1ª Pedro 2.5). Depois de observada a Ceia do Senhor, poderá haver ainda uma segunda reunião onde um irmão ministrará a Palavra de Deus.

Mas qual é o proposito deste culto? Trata-se de um sincero esforço por satisfazer o pedido do Salvador na noite em que foi traído: "Fazei isso em memória de mim", e por seguir as instruções dadas mediante revelação ao apóstolo Paulo com respeito à celebração da Ceia do Senhor (Lucas 22.14-20; 1ª Coríntios 11.23-29). O alvo é seguir o exemplo dos primeiros cristãos, os quais "perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações" e que se reuniam "no primeiro dia da semana... para partir o pão" (Atos 2.42; 20.7). No tocante à admissão ao privilégio de participar da Ceia do Senhor, os irmãos não seguem uma prática de comunhão ¨aberta¨ (participação a critério do indivíduo) nem tampouco ¨fechada¨ (participação exclusiva dos
que se reúnem regularmente), mas que é uma participação ¨zelada e responsável¨, isto é, tem-se o ¨cuidado¨da Mesa do Senhor, correspondendo ao caráter santo dAquele cuja morte se comemora.

Estes cristãos reconhecem e põem em prática a presidência espiritual do Espírito Santo. Eles crêem que o Espírito de Deus reparte "particularmente a cada um como quer" (1ª Coríntios 12.11), pelo que qualquer irmão que não esteja sob disciplina tem a liberdade de indicar um hino para que toda a congregação cante, levantar-se para orar como porta-voz de todos, para ler as Escrituras e para agradecer pelo pão e pelo cálice quando se celebra a Ceia do Senhor. Em obediência à determinação do Senhor que "as mulheres estejam caladas nas igrejas", as irmãs não se manifestam como porta-voz da assembleia. Elas também cobrem sua cabeça em reconhecimento à ordem hierárquica estabelecida por Deus na Criação (1ª Coríntios 14.34-25; 1ª Timóteo 2.8-14; 1ª Coríntios 11.3-13).

Por ocasião da reunião para recordação da morte do Senhor e Sua adoração, são recebidas ofertas dos cristãos reconhecidos participantes. Considerando que o sacrifício de louvor está conectado ao sacrifício de ofertar nossos recursos materiais (Hebreus 13.15-16), a coleta da assembleia visando cobertura de seus gastos e contribuição para os servos do Senhor, para a Sua obra e para ajuda aos necessitados geralmente ocorre durante esta celebração. Isto também é coerente com as instruções quanto à coleta para os santos, a ser feita no primeiro dia de cada semana (1ª Coríntos 16.1-2).

No dia do Senhor a maioria das assembleias tem uma reunião para as crianças, conhecida por ¨Escola Dominical¨. São classes bíblicas, por vezes divididas por idades, enquanto que os adultos eventualmente se ajuntam nesta hora para ter um estudo bíblico separado. Geralmente o domingo ainda oferece ocasião para outros tipos de reunião: a ¨reunião aberta¨, para que os servos do Senhor ministrem a Palavra de Deus, ou ¨reunião evangelística¨, para proclamação do Evangelho aos
que ainda não são salvos, ministrada por aqueles especialmente dotados pelo Senhor para pregar as Boas Novas da salvação em Cristo.

É uma praxe que durante a semana ¨os irmãos¨também realizem uma reunião para oração e estudo da Bíblia. Cada irmão tem ali a mesma liberdade para participar como no culto da Ceia.

Com relação à sua designicação, estes crentes preferem o simples título de ¨cristãos¨, ïrmão¨, etc, encontrados na Escritura e aplicáveis a todos os filhos de Deus. Rejeitando qualquer nome denominacional, desejam ser reconhecidos simplesmente como ¨cristãos reunidos ao Nome do Senhor Jesus Cristo¨. Lembram Tiago 2.7, que fala desse "bom nome que sobre vós foi invocado".

Aproveitamos esta ocasião para estender um cordial convite a todo que estiver interessado em ouvir o Evangelho da graça salvadora de Deus, bem como o ministério da Palavra de Deus, para que venha assistir as reuniões destas assembleias. A resposta do Senhor Jesus às almas perplexas que buscavam saber mas foi: VINDE E VEDE" (João 1.39).

Fonte: Depósito de Literatura Cristã

Um comentário:

Anônimo disse...

a paz irmão. Gostei do assunto e as verdades dita mesmo.só uma uma verdade precisa ser esclarecida, é a questão do véu.O véu foi estipulado pelo Apóstolo paulo literalmente,mas com o significado de uma submissão interior . por isso hoje se você tem uma submissão , ´já não precisa do véu exterior que significa submissão.Se você tem a realidade hoje,para que a figura ou o Símbolo?no amoor de cristo.Francisco.