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domingo, 23 de maio de 2010

As consequências da ausência de Silas Malafaia na CGADB


Sou uma pessoa que aceitou a Cristo numa Assembleia de Deus – Ministério Belém-SP, cujo presidente dela acumula o cargo de presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Nesta proximidade, posso afirmar com muita certeza que a política eclesiástica implementada na CGADB, está levando a denominação para rumos que não temos muitos motivos para ter alegrias. Afirmo isso porque estou perto de muitas das “coisas que acontecem e aconteceram” neste período dos últimos anos.

É lamentável constatar que muitos líderes assembleianos esqueceram-se de caminhar no Espírito, agem na carne objetivando posições políticas-eclesiásticas dentro da CGADB.

Tenho condições de afirmar com muita convicção que Silas Malafaia era um contrapeso que pressionava a instituição CGADB mais para cima do que para baixo. Esta afirmação nada tem a ver com simpatia ou antipatia, contra ou a favor, de Malafaia ou de José Wellington Bezerra da Costa.

A presença de Malafaia na CGADB pressionando, politicamente, pode ser considerada como o zumbido e a mão do dentista fazendo força com o motor e broca para extrair a cárie de um dente podre. Quem gosta disso? Ninguém, mas é uma experiência necessária à higienização bucal!

Não é à toa que muitos críticos da homilética do Pr. Silas Malafaia estão lamentando seu desligamento da CGADB. Quem fará o papel do dentista, agora?!

Caso não apareça alguém com a mesma coragem do Pr. Silas, fazendo oposição à situação que está estabelecida no interior da CAGDB, infelizmente veremos a putrefação aumentar e haverá uma auto-implosão. Falo da instituição CGADB e não da Assembleia de Deus.

A Assembleia de Deus pouco será afetada, a igreja está imune à auto-implosão da CGADB porque os seus membros, os crentes dos bancos nos templos, estão distantes do ambiente e da rotina dos pastores filiados.

Quem viver verá!

E.A.G.

2 comentários:

daladier.blogspot.com disse...

Prezado Eliseu, você não tem obrigação de concordar comigo, mas o Pr. Silas Malafaia, em que pese o respeito, é apenas mais do mesmo. Não acho ele tão revolucionário quanto parece. Suas denúncias na TV estão mais para política partidária do que para verdadeira mudança nos rumos de nossa denominação, desde que seus passos sejam confrontados com sua retórica. Qualquer um pode discordar de minha opinião, mas ainda não conheci uma liderança que não padeça dos mesmos males do Pr. José Wellington. Eu diria mais: muitas de suas atitudes e decisões são fruto da estrutura assembleiana e evangélica. Caudilhesca, verticalizada e pragmática. A prova? Bem, a prova é a forma como assumiu a AD do Bom Retiro e os passos seguintes.

Eliseu Antonio Gomes disse...

Caro Dalardier

É bom que hajam cabeças pensantes dentro de um mesmo tema. É na diversidade de pensamentos que crescemos mais.

O caudilho, uso o melhor sentido do termo, é próprio de qualquer política, inclusive a eclesiástica. Não creio que o objetivo do Pr. Silas, durante seu tempo na CGADB, tenha sido em algum momento revolucionar.

Penso que o fato de o Pr. Silas ir ao púlpito da AGO em Vitória para denunciar as ingerências da presidência, e depois essas denúncias ficarem bem às claras através do Pr. Samuel Câmara, que conduziu tudo para todo o Brasil via televisão, e contudo não encontrar o número suficiente de pares que tivessem a mesma indignação e ação de repreensão, o fez sair. Sem pressão, mas por desânimo.

"Cansei", foi o que disse. Cansou-se da estrutura assembleiana, onde os líderes têm trocado a filosofia cristã pela secular objetivando manterem-se no poder (Quando procurarão o Poder citado em Marcos 16.15-16?).

A renúncia de Malafaia prova que não tinha o desejo revolucionário.

Creio que ele usou a sua energia, nata, pelas causas que acreditou. Quis mudar o estado de coisas que encontrou, oriundas de algumas mentes mais antigas, mas na base da democracia. Esta energia é usada para todas as causas que surge diante dele, não só para os indigestos assuntos da convenção.

A implosão da CGADB é certa, só não sabemos quando será!

Abraço.