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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Café da manhã no McDonald's


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Sou mãe de três crianças. A mais velha com 14, a do meio 12 e a caçula com 3 anos.
Recentemente terminei a minha faculdade. A última aula que assisti foi de sociologia. O professor dava as aulas de uma maneira inspiradora, de uma maneira que eu gostaria que todos os seres humanos também pudessem ser. O último projeto do curso era simplesmente chamado " Sorrir"...
A classe foi orientada a sair e sorrir para três estranhos e documentar suas reações. Sou uma pessoa bastante amigável, normalmente sorrio para todos e digo oi de qualquer forma. Então, achei que isto seria muito tranquilo para mim.

Após o trabalho ser passado para nós, fui com meu marido e o mais novo de meus filhos numa manhã fria de março ao McDonald's. Foi apenas uma maneira de passarmos um tempo agradável com o nosso filho. Estávamos esperando na fila para sermos atendidos, quando de repente todos ao nosso redor começaram a ir para trás, e então o meu marido também fez o mesmo. Não me movi um centímetro. Um sentimento arrebatador de pânico tomou conta de mim.
Me virei para ver a razão pela qual todos se afastaram. Ao fazer isso, senti um cheiro muito forte de uma pessoa que não toma banho há muitos dias. Estavam na fila dois pobres sem-teto.

Quando eu olhei ao pobre coitado, próximo a mim, ele estava sorrindo. Seus olhos azuis estavam cheios da luz de Deus, estava buscando apenas aceitação. Ele disse, “bom-dia” , enquanto contava as poucas moedas que tinha. O seu companheiro tremia suas mãos, e ficou atrás de seu amigo. Percebi que este segundo homem tinha problemas mentais e o senhor de olhos azuis era seu arrimo

Eu segurei minhas lágrimas, enquanto estava lá, parada, olhando para os dois.

A jovem mulher no balcão perguntou-lhes o que eles queriam. Ele disse "café já está bom, por favor...", pois parecia ser tudo o que eles podiam comprar com as poucas moedas que possuíam. Se eles quisessem apenas se sentar no restaurante para se esquentar naquela fria manhã de março, deveriam comprar algo. Eles apenas queriam se esquentar.
Observando a cena, realmente sucumbi àquele momento, quase abraçando o pequeno senhor de olhos azuis. Foi aí que notei que todos os olhos no restaurante estavam sobre mim, julgando cada pequena ação minha. Assim mesmo, sorri e pedi à moça no balcão que me desse mais duas refeições de café da manhã em uma bandeja separada. Então, procurei em volta e vi a mesa em que os dois homens se sentaram para descansar. Coloquei a segunda bandeja na mesa do senhor de olhos azuis e coloquei minha mão sobre a mão dele. Ele olhou para mim, com lágrimas nos olhos, e me agradeceu. Eu me inclinei e acariciando sua mão disse-lhe “Não fui eu quem fiz isto por você, Deus está aqui trabalhando através de mim para dar a você esperança”.

Comecei a chorar enquanto me afastava deles para sentar com meu marido e meu filho. Sentada na minha mesa, meu marido sorriu para mim e falou “Esta é a razão pela qual Deus me deu você, querida, para que eu pudesse ter esperança”. Ficamos ali, segurando nossas mãos por um momento, pois sabíamos que pudemos dar algo aos outros hoje porque Deus nos tem dado muito.

Aquele dia, me foi mostrada a luz do Doce Amor de Deus.

Retornei à aula na faculdade, na última noite de aula, com esta história em minhas mãos. Entreguei "meu projeto" ao professor e ele o leu. Então, ele me perguntou: "Posso dividir isto com a classe?" Consenti e logo ele chamava a atenção da classe para o assunto. Começou a ler o projeto para a classe e aí percebi que como seres humanos quando estamos sintonizados com Deus nós dividimos esta necessidade de curarmos pessoas e de sermos curados por elas.

Do meu jeito, eu consegui tocar algumas pessoas no McDonald's, meu filho e o professor, e cada alma que dividia a classe comigo na última noite que passei como estudante universitária.

Eu me graduei com uma das maiores lições que certamente aprenderei: aceitação incondicional.
Autoria desconhecida.
Fonte: e-mail.

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