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segunda-feira, 15 de junho de 2009

O CRISTIANISMO E A POLIGAMIA

Pornchai Kittiwongsakul/AFP

UOL / Olho Mágico - Tailândia: Bancoc, mulher caminha defronte outdoor

Os mórmons, usando textos bíblicos fora dos seus contextos, criaram uma doutrina que afirma ser permitido ao homem se casar com mais de uma mulher ao mesmo tempo.

Como podemos fazer apologia bíblica contra esta heresia quando os hereges citam Davi e Salomão, que tiveram milhares de esposas e concubinas? Aos cristãos monogâmicos, geralmente, essa pergunta parece ter uma resposta difícil de ser encontrada com o devido respaldo bíblico. Não deveria ser assim, pois todo cristão deveria ser um apologeta, ter a resposta na ponta da língua quando é questionado sobre a razão da sua fé. É só o conteúdo das Escrituras que nos torna capazes de arrebatar almas de seu futuro nas garras de Satanás.
A poligamia é pecado
Deus nos deu a referência do que é o bom relacionamento sexual quando criou Adão e Eva. Eles formavam o casamento exemplar, dois seres humanos se tornaram um no Senhor.

O ato sexual entre polígamos envolve mais de duas pessoas. O que dizer disso? As três, as quatro, as cinco, as seis, ou as dez pessoas envolvidas são uma só no Senhor? De maneira alguma! Isso é adultério ou fornicação, mas jamais uma relação abençoada por Deus!

A hermenêutica

Mostrar as práticas de Salomão, Davi ou qualquer outros personagens bíblico e considerar isso como base para defender a tese de que poligamia não é pecado é uma falha interpretativa do texto bíblico muito grosseira.

A boa regra hermenêutica ensina-nos que para se criar uma doutrina, uma prática bíblica a ser seguida, é necessário se basear em textos normativos. Citar Salomão e seu harém é apenas lançar mão de um texto narrativo. Sabemos que todos esses homens eram pecadores!

O primeiro assassino e o primeiro polígamo
Gênesis 4.19 registra o primeiro caso de infração às regras do matrimônio. Ver o plano de Deus para o casamento no capítulo 2, versículo 24.

Lameque uniu-se, ao mesmo tempo, com Ada e Zilá. Ele era o sétimo na linhagem de Caim, ou seja, ele era descendente do primeiro assassino.

Deuteronômio 17.17: Deus revela a sua vontade quanto ao casamento dos reis - nenhum rei deveria ser polígamo.
O Criador antevê a História antes dela acontecer. Ele sabia que o seu povo, que era uma nação em regime teocrático (onde Deus governa), quereria imitar os povos pagãos e ser um país com regime monárquico (onde um homem que é colocado como rei é o governante).

Sabedor disso, estabelece regras ao rei. De todas as regras impostas por Deus, os reis israelitas desobedeceram a todas elas, menos voltar para o Egito. Ou seja, a poligamia de Davi e de Salomão não foram praticadas segundo a vontade do Senhor.

Deuteronômio 17. 15-20:

" Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o SENHOR teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos. Porém ele não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito para multiplicar cavalos; pois o SENHOR vos tem dito: Nunca mais voltareis por este caminho. Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem prata nem ouro multiplicará muito para si. Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si num livro, um traslado desta lei, do (original) que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao SENHOR seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para cumpri-los; para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os seus dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel".

A poligamia e a liderança da Igreja
Comentando sobre 1ª Timóteo 3.1-16 e Tito 1.6:
Nestas trechos de cartas pastorais, encontramos as qualificações ideais para que a liderança cristã seja exercida. É ensinado que convém, entre outras coisas, aos bispos (supervisor, no grego), presbíteros (ancião) e diáconos que não sejam solteiros e que sejam fiéis maridos de uma só mulher.
Notemos que o apóstolo Paulo não proibiu aos solteiros e aos viúvos que sejam líderes, aconselhou-os que sejam casados, e, taxativamente, proibiu-os que fossem polígamos.

Concluindo
O casamento é a figura mais bela e profunda aludindo a relação de Jesus Cristo com a Igreja. Jesus é o único Noivo de uma só Noiva, que é a Igreja. Em dia não declarado, Ele virá buscar essa Noiva e a levará para a festa de casamento lá no céu. Confiram: João 3.29; 2ª Corintios 11.2, Apocalipse 21.9, 22.17.

O Pai Eterno enviou o seu Filho unigênito para resgatar a criação da perdição sem-fim. O adultério, a bigamia e a poligamia são ações que maculam a fidelidade do casamento, tanto na esfera física como na espiritual.


E.A.G.

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