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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

EXISTE ASSEMBLEIANO CESSACIONISTA?


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Denomina-se de cessacionalistas os cristãos que crêem que os dons existiram apenas no período dos primeiros anos da Igreja, na era apostólica.
Grande parte dos pentecostais crêem que para haver um ministério aprovado por Deus o ministro precisa, além dos dons espirituais, ter em sua vida o fruto do Espírito.
Jesus Cristo deixou claro isto. Em Mateus 7.22-23 encontramos a leitura sobre o assunto. Operar os dons não salva o portador deles, é necessário ter a prática do fruto.

Não é fácil lidar com uma pessoa que fala línguas estranhas em alta voz nos cultos de domingo e durante a semana se entrega à carnalidade. Por haver muitos casos na Igreja, alguns portadores de dons dando maus testemunhos, tem surgido um movimento de pentecostais tentando sufocar no meio cristão os dons do Espírito.
É um movimento velado, porém, constante. A minha afirmação é feita com pesar e muita seriedade.

Discernimento

Numa de suas mensagens, o Pr Silas Malafaia narra um fato curioso que o fez evocar 1ª Coríntios 14. Estava ministrando a Palavra e um irmão começou a pular e gritar em línguas estranhas. Ele parou a mensagem e perguntou se havia alguém presente no recinto que estivesse interpretando-o. Ninguém se apresentou como intérprete, então, ele pediu para a pessoa sentar-se calado.
Através do dom de discernimento espiritual, precisamos cuidar destes casos com cuidado. O Apóstolo Paulo alertou a todos que o diabo se transfigura em anjo de luz para enganar até os escolhidos (2ª Coríntios 11.14). O que quero dizer citando isto? Digo que tanto quem demonstra possuir dons quanto quem os censura podem estar agindo por influências erradas. Se não olharmos por nós mesmos poderemos cair no erro.

Se o diabo é imitador de dons, é porque existem os dons originais.

Equilíbrio

No cristianismo existe três vertentes que costumeiramente se chocam: os tradicionais, os pentecostais e os neopentecostais.

1º – tradicionais.

Em seus cultos eles prezam pela exposição da Palavra sem nenhuma manifestação de dons espirituais. Crêem que os dons era apenas para os tempos bíblicos.

2º – pentecostais

No começo do século XX havia valorização dos dons em detrimento da exposição da Palavra, mas após a metade do século apareceu uma vertente dando valor a Palavra. Porém, dentro deste movimento apareceu alguns expoentes que tentam sufocar as operações de maravilhas.

3º – neopentecostais

Saídos do movimento pentecostal, eles são acusados pelos tradicionais e pentecostais de não fazer interpretação correta das Escrituras, e que valorizam demais o uso dos dons espirituais.

A trave e o argueiro

"Não nos cansemos de fazer o bem..." - Gálatas 6.9a.

Precisamos tomar cuidado conosco, tentar analisar se há trave em nossos olhos antes de procurar argueiros nos olhos dos outros.

Jesus Cristo advertiu: "Assim toda árvore boa produz bons frutos, porém toda árvore má produz frutos maus" (Mateus 7.17).

Quais são os bons frutos que nós precisamos ter em nossa vida para não ser reprovado no juízo final? Esses frutos estão descritos em Gálatas 5.22-23: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.

Fazer o bem é o que Deus espera de todos nós. Faça o bem para o próximo, porque esta prática é o exercicio do amor, que é mandamento de Cristo para todos nós.

Fazer o bem vale mais do que entrar pelo caminho dos usos e costumes, pode-e-não pode...

Explicando mais, faço menção de pessoas que estão acostumadas a se posicionar no meio evangélico como "apologetas". Mas eles agem bem diferente do que a Bíblia Sagrada nos ensina sobre como fazer apologia.

A prática bíblica da apologia deve ser praticada dentro do ministério pastoral

Os tais "apologetas" não são autoridades eclesiásticas sobre quem censuram. Nas Escrituras existe esta condição. Paulo, ensinando a Timóteo e Judas, orientava-os a repreender os membros das congregações onde eles eram líderes, não encontramos orientação a fazer apologia em outras congregações fora do raio da autoridade espiritual deles. Em 1ª Timóteo 5.19-20 o "repreender na presença de todos" significa todos da congregação que Timóteo liderava.

Os "apologetas", desprezando a ética. ganham dinheiro com suas "apologias". Escrevem livros e mais livros interpretando a Bíblia Sagrada ao bel-prazer, julgam a vida de quem eles nunca conheceram. E até inventam pecados na vida das pessoas...

Termos como "unção do leão" é invenção desses "apologetas" sem ética. E aplicaram o termo sobre a vocalista do Diante do Trono, Ana Paula Valadão Bessa. O termo nunca foi proferido por ela e nem por qualquer outro irmão da Igreja Batista da Lagoinha, onde ela serve a Deus.

Por causa disso é que eu sou partidário da idéia de que devemos procurar traves em nossos olhos ao invés de ir atrás dos argueiros nos olhos dos outros, e nunca desanimar em fazer o bem a todos.
O pecado contra o Espírito Santo

Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios. Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?” - Mateus 12:24-26.

 
Satanás não expulsa demônios. Temos que ter muito cuidado para não atribuir ao diabo o que o Espírito Santo faz. Se lerem a sequência de Mateus, verão que Jesus diz que quem faz isto está blasfemando contra o Espírito Santo e que isto não será perdoado de forma alguma.

Demônios não podem usar o nome de Jesus! Se existe teatro de exorcismos dentro de algumas denominações, não são demônios usando o nome de Jesus.

O que mais eu tenho notado nas pessoas que se comportam como "apologetas"? Eles se pocionam como críticos de todos, mas não são perfeitos, porque ninguém é... No caso dos milagres, já presenciei "apologeta", sem nenhum escrúpulo, tendo a ousadia de dizer que eram milagres simulados.

Falando da Assembléia de Deus, há alguns pregadores que são vítimas desses "apologetas" só porque seus ministérios possuem os dons de curas. São: Geziel Gomes, Hidekasu Takayma, Abílio Santana, Napoleão Falcão, Paulo Roberto e mais recentemente com Marco Feliciano.
 
Mas, se olharmos no Novo Testamento, os sinais miraculosos foram marcas no ministério terreno de Jesus. Ele superou todos os profetas neste detalhe. Então, não há motivo de criticar os milagres nos ministérios desses homens.
Os "apologetas" tentam alicerçar suas críticas dizendo que as pessoas procuram esses pregadores para receberem curas. Mas, e no ministério de Jesus? As pessoas não o procuraram para serem curadas, também? Jesus as curava sem censurá-las.

Conclusão
 
É pecado ter o dom de curas?

Minha reflexão não visa atacar ninguém. Apenas exponho idéias com vista a trocá-las com quem queira contra-argumentar em paz... Faço isso sendo um observador da atualidade e sendo alguém que lê e medita da Palavra.

E.A.G.

2 comentários:

presbitero lourival disse...

DESCULPEME POIS A MNSAGEM FOI ENVIADA ANTES QUE EU COCLUISSE O COMENTÁRIO, MAS SE JESUS NÃO OPEROU OS PRODIGIOS(MARAVILHAS) E NÃO ESPULSOU OS DEMONIOS COMO DISSE EM MATEUS 7.22,ENTÃO QUEM FOI? SERIA O ESPIRITO SANTO, OU JEOVÁ DO ANTIGO TESTAMENTO? QUANTO AO JUGAR OU SEJA (TRAVE NO OLHO), ISSO NÃO QUER DIZER QUE SE TAMBEM SOMOS PECADORES POIS NÃO HÁ HOMEM QUE NÃO PEQUE E SALOMÃO NO LIVRO DE REIS REFEIU-SE A ISTO EM SUA ORAÇÃO, PODEMOS PELA APOLOGIA EM UM ARTIGO PUBLICADO EM : DEFININDO APOLAGIA BIBLICA E LAVAGEM DE ROUPAS SUJAS. PODEMOS AINDA QUE ERRADOS TAMBEM, VER ERROS E NINGUEM SE JUSTIFICARÁ DOS SEUS ERROS QUE SÃO MENCIONADOS NA BIBLIA. EX: HOMEM CABELUDO SERÁ QUE OS FAMOSOS PODEM PECAR E NÃO SEREM JULGADOS OU SERÁ QUE DEUS MUDOU E NÃO FICAMOS SABENDO.

PRESB. LOURIVAL

Eliseu Antonio Gomes disse...

Amigo

Para ser espirital é necessário ser imapacial. Os críticos de Jesus Cristo o criticavam porque queria preservar sua religiosidade. Eles olhavam as multidões seguindo Jesus e tinham medo de ser prejudicados ao perder o "rebanho". Agiam por interesses pessoais.

Ao fazer um julgamento, este deve ser calcado na Palavra de Deus, isento da opinião humana, objetivando fins que beneficiem a Igreja (Corpo de Cristo) e não o crítico ou ao grupinho desse crítico.

Abraço.