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terça-feira, 14 de outubro de 2008

PEDRO CARDOSO: A PORNOGRAFIA É OBRIGATÓRIA NA TELEVISÃO?

PORNOGRAFIA OBRIGATÓRIA
Por Valmir Nascimento Milomen Santos
A Bíblia diz que nos últimos dias até mesmo as pedras clamariam (Lc. 19.40). Outro dia uma pedra clamou. Na verdade foi o Pedro quem clamou. Ou melhor, o Pedro Cardoso, ator da rechonchuda, despencou com um saraivada contra os produtores e diretores que obrigam as atrizes e atores a ficarem nus diante das câmeras da televisão.
Apesar de não saber as reais intenções do Pedro, o seu discurso acertou em cheio nos responsáveis pela pornografia que invade as programações televisivas nesses últimos tempo. Com um discurso afiado ele apontou o dedo em direção aos poderosos noveleiros.
A pornografia, diz Pedro, “tornou-se agora um modo de atrair o público. Temos visto cenas de nudez ou quase nudez em basicamente toda a programação dos programas de televisão”, disparou”. “A constância com que isso aparece tem colocado em exposição a nudez dos atores. É raro um trabalho, seja flme, novela ou programa de humor que não inclua cenas deste tipo.”
Certo está o ator. A falta de capacidade artística por parte dos produtores hoje é compensada pela erotismo que desperta a atenção dos expectadores.
Ele prossegue:
“Eu fiz algumas cenas de nudez muito parcial e me senti sempre muito mal. Esse absurdo causa grande desconforto ao ator e a atriz porque nos obriga a mentir”, citou, recebendo aplausos. “A nudez produz uma sensação erótica. Neste filme, os atores estão vestidos para que os personagens possam estar desnudos.”
“A pornografia está tão dissimulada em nossa cultura que não a reconhecemos como tal. Hoje qualquer diretor, medíocre ou não, se acha no direito de determinar que uma atriz possa ficar pelada numa cena ou parcialmente despida”, disse, ressaltando, indiretamente, que os diretores da TV Globo também apelam para a “pornografia” televisiva.
“É frequente que cineastas de primeiro filme exibam para seus amigos em sessão privê as cenas privadas que conseguiu de uma determinada atriz”, acusa. “Quando os atores se recusam a fazer nudez, os diretores ficam bravos e fazem malcriações, como crianças mimadas, porque se consideram no direito a ela”.
Mas, a maior pancada vem a seguir:
“Até quando nós atores ficaremos atendendo ao voyeurismo e a disfunção sexual de diretores, roteiristas e produtores?”, questiona. “Eu penso num dia que não teremos medo do You Tube ou das sessões nostalgia do Canal Brasil. O dia que não teremos medo que nossos filhos tenham que responder perguntas constrangedoras dos colegas na escola.”
“Um diretor não deveria pedir que faça algo que ele não pediria a uma filha sua. Se essa gente quer nudez, que fiquem nus eles mesmos.”
Essa doeu!
Essas palavras do Pedro são mais uma prova que o erotismo/nudismo/pornografia não tem nada de natural e “artistístico”. Essa é mais uma estratégia imbecil utilizado por homens decaídos a fim de aumentar a quantidade de pessoas que assistem a tais programações, afinal, como disse recentemente um dos próprios noveleiros, Silvio de Abreu, “a moral do Brasil está torta”, e a grande maioria das expectadoras clama por conteúdo imoral.
Não sei se ele sofrerá retaliações na Globo, já que é difícil separar pelo menos um produtor que não utilize o expediente do nudismo em suas obras, mas pelo menos é uma pedra que clama.

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